Os candidatos obedientes da esquerda pequeno-burguesa

Quanto mais se aproxima a eleição, mais vai ficando claro o significado político dos candidatos da esquerda pequeno-burguesa, principalmente Guilherme Boulos do PSOL e Manuela D’Ávila do PCdoB. Não colocamos Ciro Gomes nesse mesmo roll pois trata-se não de uma candidatura de esquerda mas de uma candidatura tipicamente burguesa que tem apenas a peculiaridade de procurar se apresentar como de esquerda para angariar votos do eleitorado de Lula.
Mas, voltando ao problema das candidaturas da esquerda pequeno-burguesa, Boulos e Manuela se comportam de maneira lastimável diante da perspectiva de conseguir alguns votos, mesmo sabendo que terão uma quantidade ínfima de votos. Esse comportamento é o efeito candidato, que precisa se apresentar como o mais agradável possível diante da imprensa golpista, na tentativa de conseguir votos de todos os lados possível. Por isso, nas diversas vezes em que aparecem na imprensa, acabam despejando um programa político que nem de longe lembra a esquerda.
Foi assim, por exemplo, que Boulos, ao ser questionado sobre se o PSOL era antissemita respondeu que o seu partido “reconhece o Estado de Israel”, contrariando uma reivindicação democrática tradicional da esquerda, que é a exigência do fim daquele Estado genocida, colocado no Oriente Médio de maneira artificial pelo imperialismo para exercer o controle da região através do massacre dos palestinos. Na mesma onda do “vote em mim”, Boulos declarou em sua entrevista para o Roda Viva na TV Cultura que não “devemos demonizar os empresários”. São inúmeras declarações desse tipo.
Manuela também não ficou para trás e ao ser questionada sobre o aborto, justo ela que procura se apresentar como “a candidata mulher”, deu um milhão de voltas e tudo o que conseguiu dizer foi que em seu governo o problema será “discutido”.
Esses são apenas alguns poucos casos sobre o comportamento da esquerda pequeno-burguesa. Diante de uma eleição, vale tudo pelo voto. E para aqueles que acham que é exagero, acompanhe o processo eleitoral porque a coisa vai piorar e muito conforme se aproxima o pleito e a presença desses candidatos se torna cada vez mais frequente.
Esse comportamento explica também porque evitam ao máximo de defender Lula e denunciar o golpe: para conseguir alguns votinhos e um espaço na imprensa golpista é preciso ser um bom menino, obediente e evitar falar coisas que incomodam demais. Fonte: Causa Operária. #LulaLivre

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