A única maneira de impedir que a greve dos caminhoneiros seja usada pela direita é a CUT chamar uma greve geral

Mesmo a imprensa golpista noticiando que o governo do mordomo de filme de terror realizou acordo com um grupo de caminhoneiros em greve, que se dizem lideranças, esqueceram de avisar todo o restante dos trabalhadores que necessitam de combustível para sobreviver que a greve terminou.
O caminho da solução do problema se mostrou mais difícil do que a versão oficial tentava apontar. Segundo os dados governamentais, 60% das interrupções rodoviárias continuaram. O movimento, organizado pelo WhatsApp, se mostrou mais complexo e descentralizado. E foi capaz de atrair o apoio de setores diversos, da direita à esquerda, da classe média ao grande produtor rural, ainda que a crise de abastecimento tenha continuado, com postos se dividindo entre filas quilométricas e o vazio pela falta de combustível em várias cidades .
O golpe tem tudo a ver com o petróleo, conforme foi denunciado por Snowdem, quando da descoberta do pré-sal, e também demonstrado pela série “o mecanismo” da Netflix de que a luta pela corrupção na Petrobras é o motivo de toda essa crise.
A greve dos caminhoneiros abriu uma crise no golpe, pois estão em dúvida se vão para uma decisão mais violenta contra os grevistas ou se continuam em negociação.
A regulamentação dos preços dos combustíveis pelo mercado internacional elevou absurdamente os preços de todos os derivados de petróleo no Brasil, que está deixando a população inconformada com a alta dos preços somada a toda a crise gerada pelos golpistas traduzidas por exemplo pela alta taxa de desemprego que passa de 13%.
A ideia de que essa greve foi um locaute também não colou, pois a massa de trabalhadores que aderiu ao movimento vai além dos donos das empresas de caminhão. Nem com a força física que estão utilizando em alguns locais do pais vai modificar a situação da greve e de indignação com todo esse cenário.
É uma verdadeira greve de fato que está em andamento.
O golpe de Estado quer encontrar uma saída para a crise. Derrubar o governo Temer, eleger um presidente de forma indireta ou um golpe militar, todas as opções estão sendo avaliadas. Mudar o poder político seria a solução? Quem terá autoridade para resolver a crise?
Um processo eleitoral em 2018, daria legitimidade para a crise do golpe, mas a ausência da participação de Lula materializa a fraude desta eleição e abre outra grande crise.
A extrema direita está alavancando uma propaganda de rua para incentivar a intervenção militar. A imprensa golpista vai se aproveitar dessas manifestações direitistas para aumentar o volume dos pedidos de intervenção.
A esquerda precisa influenciar a classe trabalhadora na luta contra o golpe, contra a entrega da Petrobras, e colocar para a correr a direita golpista.
É uma situação propícia para levar adiante uma greve que englobe todos os setores organizados e convocar os trabalhadores e a juventude a sairem às ruas em todo o País.
Começando pelos petroleiros, passando pelo transporte público e chegando até às fábricas. Os trabalhadores têm uma chance de impor uma dura derrota à direita e liquidar de uma vez por todas o governo golpista.
Para isso é preciso que a maior organização de luta dos trabalhadores brasileiros, a CUT, convoque seus milhares de sindicatos a mobilizarem e decrete a greve geral. Fonte: Causa Operária.

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