Domingo (19), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou de um congresso do PC do B. Durante o evento, Lula afirmou que a candidatura à presidência do PC do B não afastará o partido do PT. Durante os governos Lula e Dilma, o PC do B esteve na base governista no Congresso e ocupou ministérios, participando ativamente dos governos petistas. Depois da queda do governo pelo golpe da direita, o partido resolveu lançar uma candidatura própria à presidência pela primeira vez para concorrer em 2018, com a candidata Manuela D’Ávila, deputado federal pelo Rio Grande do Sul.
Seja qual for a intenção da candidatura, ela tem o potencial de tirar alguns votos que iriam para o PT em 2018. Lula, no entanto, fez efusivos elogios a Manuela D’Ávila, dizendo para não estranharem se ele aparecer em um comício da candidata. Apesar da demagogia tradicional de Lula, o candidato que ameaça o golpe da direita e cria um grande problema para o novo regime que buscam construir, em uma de suas declarações colocou de forma sutil um fato incômodo. Lula afirmou: “Tem gente que reclama e fala que sou de extrema esquerda, que o Bolsonaro é de extrema direita e diz que o Brasil precisa encontrar um meio-termo. Que a Manuela seja esse caminho do meio”.
O conteúdo da afirmação é inequívoco. Manuela D’Ávila estará à direita do PT nas eleições, caso sua candidatura seja mantida até lá. Avaliação que está correta. Mais do que à direita do PT, inevitavelmente essa candidatura terminará em um embate com o PT à medida que as eleições se aproximam. Em um cenário em que a direita busca liquidar o PT para consolidar o golpe e remover o petismo como principal obstáculo para a implementação de uma política neoliberal contra os trabalhadores e o Brasil, essa candidatura acaba servindo à direita.
Caso Lula vá para as eleições, o problema da direita consistirá em, se possível, apresentar uma alternativa a Jair Bolsonaro para disputar o segundo turno com Lula, candidatura natural que expressaria a polarização presente hoje no Brasil, e ao mesmo tempo evitar uma vitória de Lula no primeiro turno. Por isso a direita está em busca de um Macron brasileiro. As várias candidaturas de esquerda, como Ciro Gomes e Manuela D’Ávila, teriam o papel de drenar parte dos votos de Lula para ajudar nessa manobra de derrotar o petista no primeiro turno.
Nesse cenário, a candidatura do PC do B não apenas estará à direita do PT, como declarou Lula, mas será uma candidatura que servirá à direita em sua manobra eleitoral, caso o povo tenha seu direito de votar em Lula garantido até o dia da votação. Fonte: Causa Operária.
Seja qual for a intenção da candidatura, ela tem o potencial de tirar alguns votos que iriam para o PT em 2018. Lula, no entanto, fez efusivos elogios a Manuela D’Ávila, dizendo para não estranharem se ele aparecer em um comício da candidata. Apesar da demagogia tradicional de Lula, o candidato que ameaça o golpe da direita e cria um grande problema para o novo regime que buscam construir, em uma de suas declarações colocou de forma sutil um fato incômodo. Lula afirmou: “Tem gente que reclama e fala que sou de extrema esquerda, que o Bolsonaro é de extrema direita e diz que o Brasil precisa encontrar um meio-termo. Que a Manuela seja esse caminho do meio”.
O conteúdo da afirmação é inequívoco. Manuela D’Ávila estará à direita do PT nas eleições, caso sua candidatura seja mantida até lá. Avaliação que está correta. Mais do que à direita do PT, inevitavelmente essa candidatura terminará em um embate com o PT à medida que as eleições se aproximam. Em um cenário em que a direita busca liquidar o PT para consolidar o golpe e remover o petismo como principal obstáculo para a implementação de uma política neoliberal contra os trabalhadores e o Brasil, essa candidatura acaba servindo à direita.
Caso Lula vá para as eleições, o problema da direita consistirá em, se possível, apresentar uma alternativa a Jair Bolsonaro para disputar o segundo turno com Lula, candidatura natural que expressaria a polarização presente hoje no Brasil, e ao mesmo tempo evitar uma vitória de Lula no primeiro turno. Por isso a direita está em busca de um Macron brasileiro. As várias candidaturas de esquerda, como Ciro Gomes e Manuela D’Ávila, teriam o papel de drenar parte dos votos de Lula para ajudar nessa manobra de derrotar o petista no primeiro turno.
Nesse cenário, a candidatura do PC do B não apenas estará à direita do PT, como declarou Lula, mas será uma candidatura que servirá à direita em sua manobra eleitoral, caso o povo tenha seu direito de votar em Lula garantido até o dia da votação. Fonte: Causa Operária.
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