Governo do PSDB de Michel Temer reprime com violência protesto de servidores. Dois servidores do Detran são algemados e presos em Cuiabá.
ENOCK CAVALCANTI
Jornalista Livre
Servidores Departamento Estadual de Trânsito do Estado de Mato Grosso que estão em greve deste setembro e faziam protesto diante do Palácio Paiaguás, em Cuiabá, tiveram um dia de cão nesta terça-feira, 31 de outubro. Eles foram mais uma vez até a sede da administração comandada pelo tucano Pedro Taques (PSDB) cobrar pela negociação que o governador se recusa a instalar e foram recebidos com gás lacrimogêneo e spray de pimenta, além de feroz repressão por parte dos soldados da PM destacados para dispersar o protesto.
Três das lideranças dos servidores em greve, os servidores Catherine Matos, Marcos Antônio Moreira Alves e Israel Lima. e Israel foram detidas pela Polícia Militar, depois de ficarem perto de uma hora detidos dentro de uma viaatura da PM, foram encaminhados para o Cisc Planalto, onde foram identificados e acabaram sendo soltos, depois da intervenção dos deputados estaduais Allan Kardec Benitez (PT) e Janaina Riva (PMDB) e também de lideranças dos Fórum Sindical, que congrega os sindicatos de todas as categorias dos servidores do Executivo estadual.
A sindicalista Daiana Renner, que preside o Sinetran, sindicato dos servidores do Detran-MT, classificou a ação da PM do governo de Pedro Taques como truculenta e criminosa. A agressão da PM aos manifestantes do Detran foi documentada em video que circula nas redes sociais. Um dos manifestantes aparece levando uma chave de braço de um policial militar, enquanto a servidora Catherine é atacada com spray de pimenta e também acaba sendo presa.
O sindicalista Oscarlino Alves, presidente do Sisma (servidores da Saúde) e um dos coordenadores do Fórum Sindical classificou a agressão aos manifestantes como um atentado contra o direito de greve dos trabalhadores, garantido pela Constituição. "Além de atacar os direitos de todos os trabalhadores, com a famigerada PEC do Teto de Gastos, o governo de Pedro Taques resolveu também implantar em Mato Grosso a Lei do Porrete contra quem defende com energia os seus direitos", protestou Oscarlino.
A greve é legal
A greve dos servidores do Detran começou no dia 11 de setembro e atinge todas as unidades da autarquia em Mato Grosso. O governo do PSDB se nega a negociar com os grevista e considera a greve política, alegando que não tem recursos para melhorar o salário da classe.
Pedro Taques também recorreu ao Tribunal de Justiça para que a paralisação fosse declarada ilegal. Só que o Tribunal de Justiça negou o pedido do governo, negando-se a autorizar Pedro Taques a cortar ponto dos servidores.
Outro lado
Por meio de nota, a Polícia Militar informou que os procedimentos tomados durante a manifestação foram legais e foram motivados pela necessidade de liberação da via pública. Conforme a PM, antes do atrito, os servidores haviam sido avisados sobre a proibição de bloquear a rua desde o início do protesto. O uso de produtos químicos e as detenções, conforme a nota, ocorreram após várias tentativas de negociação e recusa dos manifestantes e obedecer aos pedidos. Veja a nota na íntegra:
A Polícia Militar informa que adotou medidas legais e necessárias ao restabelecimento da ordem e desobstrução de via de acesso ao Palácio Paiaguás e outros pontos do Centro Político Administrativo (CPA), obstruída em protesto de servidores grevistas do Detran-MT.
Os grevistas foram orientados a não obstruir a via tão logo chegaram ao local. O uso de composto químico e as detenções somente ocorreram depois de reiteradas tentativas de negociação e a recusa no sentido de liberar o tráfego ora impedido por cadeiras e faixas expostas na pista.
Assessoria de Imprensa da Coordenadoria de Comunicação Social da PMMT
ENOCK CAVALCANTI
Jornalista Livre
Servidores Departamento Estadual de Trânsito do Estado de Mato Grosso que estão em greve deste setembro e faziam protesto diante do Palácio Paiaguás, em Cuiabá, tiveram um dia de cão nesta terça-feira, 31 de outubro. Eles foram mais uma vez até a sede da administração comandada pelo tucano Pedro Taques (PSDB) cobrar pela negociação que o governador se recusa a instalar e foram recebidos com gás lacrimogêneo e spray de pimenta, além de feroz repressão por parte dos soldados da PM destacados para dispersar o protesto.
Três das lideranças dos servidores em greve, os servidores Catherine Matos, Marcos Antônio Moreira Alves e Israel Lima. e Israel foram detidas pela Polícia Militar, depois de ficarem perto de uma hora detidos dentro de uma viaatura da PM, foram encaminhados para o Cisc Planalto, onde foram identificados e acabaram sendo soltos, depois da intervenção dos deputados estaduais Allan Kardec Benitez (PT) e Janaina Riva (PMDB) e também de lideranças dos Fórum Sindical, que congrega os sindicatos de todas as categorias dos servidores do Executivo estadual.
A sindicalista Daiana Renner, que preside o Sinetran, sindicato dos servidores do Detran-MT, classificou a ação da PM do governo de Pedro Taques como truculenta e criminosa. A agressão da PM aos manifestantes do Detran foi documentada em video que circula nas redes sociais. Um dos manifestantes aparece levando uma chave de braço de um policial militar, enquanto a servidora Catherine é atacada com spray de pimenta e também acaba sendo presa.
O sindicalista Oscarlino Alves, presidente do Sisma (servidores da Saúde) e um dos coordenadores do Fórum Sindical classificou a agressão aos manifestantes como um atentado contra o direito de greve dos trabalhadores, garantido pela Constituição. "Além de atacar os direitos de todos os trabalhadores, com a famigerada PEC do Teto de Gastos, o governo de Pedro Taques resolveu também implantar em Mato Grosso a Lei do Porrete contra quem defende com energia os seus direitos", protestou Oscarlino.
A greve é legal
A greve dos servidores do Detran começou no dia 11 de setembro e atinge todas as unidades da autarquia em Mato Grosso. O governo do PSDB se nega a negociar com os grevista e considera a greve política, alegando que não tem recursos para melhorar o salário da classe.
Pedro Taques também recorreu ao Tribunal de Justiça para que a paralisação fosse declarada ilegal. Só que o Tribunal de Justiça negou o pedido do governo, negando-se a autorizar Pedro Taques a cortar ponto dos servidores.
Outro lado
Por meio de nota, a Polícia Militar informou que os procedimentos tomados durante a manifestação foram legais e foram motivados pela necessidade de liberação da via pública. Conforme a PM, antes do atrito, os servidores haviam sido avisados sobre a proibição de bloquear a rua desde o início do protesto. O uso de produtos químicos e as detenções, conforme a nota, ocorreram após várias tentativas de negociação e recusa dos manifestantes e obedecer aos pedidos. Veja a nota na íntegra:
A Polícia Militar informa que adotou medidas legais e necessárias ao restabelecimento da ordem e desobstrução de via de acesso ao Palácio Paiaguás e outros pontos do Centro Político Administrativo (CPA), obstruída em protesto de servidores grevistas do Detran-MT.
Os grevistas foram orientados a não obstruir a via tão logo chegaram ao local. O uso de composto químico e as detenções somente ocorreram depois de reiteradas tentativas de negociação e a recusa no sentido de liberar o tráfego ora impedido por cadeiras e faixas expostas na pista.
Assessoria de Imprensa da Coordenadoria de Comunicação Social da PMMT
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