Dilma pede seu mandato de volta

Na tarde desta quarta-feira (24) a defesa da presidenta Dilma Rousseff pediu a concessão de uma liminar anulando o processo de impeachment. O pedido foi encaminhado ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. O caso ficou com Moraes porque ele substituiu Teori Zavascki, morto em janeiro em um acidente suspeito de avião. Zavascki estava com o processo de impeachment e chegou a negar um pedido similar.
O advogado da presidenta, José Eduardo Cardozo, alega que há fatos novos e por isso pede a reconsideração do pedido de liminar. Cardozo afirma que: “A cada dia se evidencia mais a ilegitimidade e a impossibilidade do atual presidente da República permanecer no exercício do mandato para o qual não foi eleito, e em que foi indevidamente investido por força de um processo de impeachment escandalosamente viciado e sem motivos jurídicos que pudessem vir a justificá-lo”.
Cardozo também apontou o fato de que o Congresso aprovou o impeachment contra Dilma “sem que tenha sido praticado qualquer ato que configure crime de responsabilidade.” E argumenta que Michel Temer teria reconhecido em uma entrevista à TV Bandeirantes um desvio de conduta de Eduardo Cunha ao acolher o pedido de impeachment.
A anulação do impeachment é uma pauta central para o movimento contra o golpe. O golpe derrubou Dilma, a presidenta eleita precisa ser reconduzida ao governo para que o golpe seja derrotado. A volta da Dilma representa o restabelecimento da soberania do voto popular. O golpe roubou o voto de 54,5 milhões de eleitores. Fonte: Causa Operária.

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