O vereador Deodato Ramalho, líder do PT na Câmara de Fortaleza, respondeu hoje, terça-feira, 13 de setembro, às inverdades proferidas pelo prefeito Roberto Cláudio, quando esteve participando da sessão da Câmara da última quinta-feira, dia 08 de setembro. Durante a visita, Deodato Ramalho foi categórico ao questionar RC em três pontos: porque da desestruturação do Programa Núcleo da Assistência à Saúde da Família (Nasf)? Qual a razão de a Prefeitura não cobrar por meio de fiscais dos abusos cometidos contra taxistas que trabalham como “rendeiros”? E também por qual razão o município deixa que os transportadores de resíduos sólidos “criem” verdadeiros aterros clandestinos para os restos de construção civil?
Sobre a questão envolvendo o Núcleo da Assistência à Saúde da Família (Nasf), RC acusou a gestão de Luiziane Lins ter “desmontado” e desarticulado o programa antes do fim de sua gestão. Mas Deodato levou à tribuna da Câmara documentos comprovando que esse desmonte ocorreu já na gestão de RC e Gaudêncio Lucena (PDT/PMDB). “”
Rendeiros explorados
Outro item abordado pelo vereador Deodato Ramalho foi a omissão do prefeito, quanto ao comércio clandestino de vagas de taxi, sem nenhuma fiscalização do município. “Com total beneplácito da Prefeitura de Fortaleza, há comércio clandestino de vaga de taxi”, denunciou Deodato, lembrando que os prejudicados são rendeiros que precisam pagar uma taxa absurda para poder usar a concessão pública que, ao invés de beneficiar os trabalhadores. “Mais da metade dos trabalhadores de táxi da cidade são rendeiros”, reiterou Deodato.
O vereador reclamou ainda da falta de fiscalização dos órgãos da prefeitura e do envolvimento do presidente do Sindicato dos Taxistas, o qual é candidato à vereador na chapa de RC. “Os rendeiros se submetem a um trabalho de pura exploração, a um trabalho semi-escravo e que lamentavelmente a prefeitura não fiscaliza”, finalizou Deodato Ramalho.
Ilegalidade nos resíduos
Quanto à gestão de resíduos sólidos produzidos a partir da indústria da construção civil, além de fugir da pergunta sobre a realização de terraplanagem clandestina com resíduos pesados, RC tentou engambelar, falando sobre ecopontos da construção civil em Fortaleza, inclusive com ingerência política na fiscalização.
“Hoje o gabinete do prefeito e a Secretaria de Meio Ambiente desfaz embargos da fiscalização, desmoralizando os fiscais”, revelou Deodato, reclamando do desmonte feito da época em que era o secretário da pasta e não deixava esse absurdo ocorrer na cidade.
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