Mídia golpista tenta dar impeachment como favas contadas

Para presidente da CUT, Vagner Freitas, informações sobre corrupção e problemas na economia fazem crescer insatisfação contra governo interino e movimento social está unido: “É o ‘Fora Temer’ que nos unifica”;  Vagner explica por que tem expectativas otimistas: “Agora os senadores vão fazer a mesma coisa que os deputados, mas percebendo que a ideia do golpe não tem mais o apelo popular que tinha. Pelo contrário. Até instituto de pesquisa de empresa grande fica manipulando resultado. A aceitação do governo golpista é baixíssima”, diz
Eduardo Maretti, da RBA - Muitos deputados que votaram pelo impeachment de Dilma Rousseff em 17 de abril estavam de olho nas redes sociais e manifestaram sua posição de acordo com o que “achavam que era do interesse dos seus eleitores”. Naquele momento, as pessoas que foram às ruas pelo afastamento da presidenta compraram a ideia midiática de que “Dilma era o problema da humanidade, do Brasil, que tinha que afastar a Dilma e tudo se resolveria”. Com menos de três meses de governo interino de Michel Temer, as pessoas comuns já percebem que o problema do Brasil não era Dilma, diz o presidente da CUT, Vagner Freitas. “As pesquisas têm demonstrado isso, cada vez mais.”

Os senadores que vão votar o impeachment no Senado, no final de agosto, assim como os deputados, acompanham os humores da população e seus eleitores. Só que o cenário mudou. Vagner explica por que tem expectativas otimistas: “Agora os senadores vão fazer a mesma coisa que os deputados, mas percebendo que a ideia do golpe não tem mais o apelo popular que tinha. Pelo contrário. Até instituto de pesquisa de empresa grande fica manipulando resultado. A aceitação do governo golpista é baixíssima”, diz. “Está acabando a ilusão de que, com o Meirelles (Henrique Meirelles, presidente do Banco Central), com o mercado no centro do governo, se resolveria o problema.”
Além da economia, “a cada momento tem um fato de corrupção novo, dos ministros, do próprio presidente”. Para o sindicalista, “mesmo com a maquiagem feita pela mídia golpista, nem tudo pode ser escondido”.
Vagner fala também da posição da entidade sobre antecipar as eleições. “A CUT não acha que esse seja o centro da política atual. O centro é impedir o golpe. Nossa resolução é clara.” Mas ele ressalva que todas as entidades dos movimentos sociais estão unidas em torno da defesa da democracia e de um ponto comum: “É o ‘Fora Temer’ que nos unifica”.

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