Pois a nossa presidente Resolveu sair da toca Foi numa festa de índio Discursar dentro da oca Num ritual quase sagrado Fez saudação à mandioca.
Mulheres e homens sapiens Foi dizendo a presidente Pois saibam todos vocês Que estou muito contente De vir saudar a mandioca Que já salvou tanta gente.
Confesso que sua fala Mexeu com minhas emoções Ela disse que a mandioca Salvou civilizações E garantiu a existência De mil e uma nações.
Eu sempre soube que Dilma Entende de economia Mas confesso pra vocês Francamente eu não sabia Que essa nossa presidente Manja de antropologia.
Mas ao rigor da verdade Sem querer fazer fofoca Esse povo brasileiro Anda igualzinho tapioca Sapecado em chapa quente E só levando mandioca.
Mandioca temos de sobra Pra atormentar a nação Tem a mandioca dos juros Cozida com inflação E a da dívida interna Ralada com recessão.
Tem a da incompetência Com a falta de gestão E a mandioca do pibinho Que já matou o pibão. E o maior pé de mandioca Que é a tal de corrupção.
Mandioca temos de sobra Por toda a federação Plantada por um governo Sem plano, nem direção E no fim quem fica é o povo Só de mandioca na mão.
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Pois a nossa presidente
Resolveu sair da toca
Foi numa festa de índio
Discursar dentro da oca
Num ritual quase sagrado
Fez saudação à mandioca.
Mulheres e homens sapiens
Foi dizendo a presidente
Pois saibam todos vocês
Que estou muito contente
De vir saudar a mandioca
Que já salvou tanta gente.
Confesso que sua fala
Mexeu com minhas emoções
Ela disse que a mandioca
Salvou civilizações
E garantiu a existência
De mil e uma nações.
Eu sempre soube que Dilma
Entende de economia
Mas confesso pra vocês
Francamente eu não sabia
Que essa nossa presidente
Manja de antropologia.
Mas ao rigor da verdade
Sem querer fazer fofoca
Esse povo brasileiro
Anda igualzinho tapioca
Sapecado em chapa quente
E só levando mandioca.
Mandioca temos de sobra
Pra atormentar a nação
Tem a mandioca dos juros
Cozida com inflação
E a da dívida interna
Ralada com recessão.
Tem a da incompetência
Com a falta de gestão
E a mandioca do pibinho
Que já matou o pibão.
E o maior pé de mandioca
Que é a tal de corrupção.
Mandioca temos de sobra
Por toda a federação
Plantada por um governo
Sem plano, nem direção
E no fim quem fica é o povo
Só de mandioca na mão.
(*) Alamir Longo
Poeta gaúcho