EUA lideram ranking de bolsas para estudantes brasileiros

O estudante de Biotecnologia da Universidade de Brasília (UNB), Lucas Guimarães, 19 anos, desde mais jovem pensava em aperfeiçoar o inglês estudando fora do Brasil. Quando o governo federal lançou o programa Ciência Sem Fronteiras, em 2011, Lucas pensou na oportunidade de aliar o estudo da língua estrangeira com sua área de graduação.
"Desde que estava no colégio pensava em estudar fora. Só pelo aprimoramento da língua vale a pena. Achei melhor esperar para fazer durante a faculdade e quando soube do programa Ciência Sem Fronteiras, pensei que seria ótima oportunidade. E o melhor, com financiamento", diz.
O estudante de Biotecnologia foi bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), pelo programa do governo federal Jovens Talentos, que busca inserir precocemente os estudantes de graduação no meio científico. Já no terceiro período da graduação, embarcou para os Estados Unidos.
Lucas foi para Baltimore, no Estado de Maryland, em janeiro de 2014. Ele passou um ano fazendo graduação sanduíche na Johns Hopkins University, considerada por levantamento da revista U.S Weekly uma das três melhores universidades dos Estados Unidos.
"Minha primeira e única opção foi os Estados Unidos porque eles têm um campo de pesquisa científica muito bom. Lá é um pólo muito grande de conhecimento", explica o estudante, que resume sua viagem de intercâmbio durante a graduação como uma experiência de amadurecimento. "Pela primeira vez estava morando sozinho, tendo que administrar meu dinheiro, comida, abrir conta de banco e pagar despesas. Voltei mais responsável", revela.
Em dois anos, Lucas se forma na graduação e está certo de que a experiência no Exterior é uma vantagem para se posicionar no mercado de trabalho em sua área. "Até pelo nível de inglês, que era avançado e passa a ser fluente, estou certo de que é um diferencial. Tive matérias mais específicas e o fato de passar por uma experiência em uma universidade no Exterior conta pontos."

Ranking
Os Estados Unidos lideram o ranking de países onde brasileiros estudam por meio do programa Ciência Sem Fronteiras, que promove intercâmbio com nações de diversos continentes. Até março deste ano, foram mais de 78 mil bolsas de estudo, sendo mais de 22 mil para a nação comandada pelo presidente Barack Obama.
O segundo local mais procurado pelos estudantes é o Reino Unido, com 9.115 bolsas, seguido pelo Canadá, com 6.531 estudantes brasileiros. O ranking do Ciência Sem Fronteiras segue com a França (6.456), Austrália (5.959) e Alemanha (5.661).
Do total de bolsas, grande parte se destina à graduação sanduíche no Exterior, ou seja, por um período os estudos são no Brasil e por outro em país estrangeiro. São mais de 61.500 bolsas que se enquadram neste caso, 78% das mais de 78 mil bolsas concedidas.
Sobre o programa
Criado em julho de 2011, o Ciência Sem Fronteiras busca promover consolidação, expansão e internacionalização da ciência e tecnologia, inovação e competitividade brasileira por meio do intercâmbio. O programa é resultado de parceria entre os ministérios da Educação (MEC) e da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Hoje, mais de 30 mil estudantes brasileiros estudam no exterior por meio do programa.
Mensalidades para bolsas no exterior tem valor a partir de U$S 870, para estudantes de graduação. O benefício tem valor aumentado de acordo com o grau de escolaridade, sendo, portanto, valores mais elevador para pós-graduação, mestrado e doutorado.
Os estudantes também recebem auxílio deslocamento (variando de acordo com o continente), auxílio material didático, seguro-saúde, auxílio-instalação (de acordo com o nível de grau de escolaridade e região geográfica).
Reconhecimento
Dois estudantes brasileiros são exemplos de sucesso do programa Ciência Sem Fronteiras. Ex-bolsistas de graduação sanduíche, Manoel Felipe Sousa, Henrique Araújo Monteiro e Diogo Perin da Silva entraram para a Dean's List, lista de honra que contempla os melhores alunos das instituições americanas.
Fonte: Portal Brasil com informações do Ministério da Educação e Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.

 

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