O diálogo não basta

As dificuldades de Dilma ao contar com uma base governista interessada apenas nas benesses concedidas pelo governo
por Mauricio Dias - CartaCapital:
Debruçado sobre o resultado das eleições para o Congresso, Senado e Câmara, o cientista político Fabiano Santos olha para os números tendo em perspectiva o segundo governo Dilma e se vê tomado de preocupação. Uma dobrada preocupação, diga-se, possivelmente refletindo no mundo acadêmico as mesmas inquietações sofridas pela presidenta, reeleita após uma disputa eleitoral duríssima.
“Dilma terá de cuidar com muito mais atenção das relações com o Parlamento. Mais especificamente com a Câmara dos Deputados”, acentua Santos, numa das salas do Instituto de Estudos Sociais e Políticos (Iesp) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), onde trata do tema com o pesquisador Júlio Canello.
À frente deles, na tela do computador, espalham-se números, porcentuais e votações obtidas pelos 28 partidos, incluindo os seis novos, representados na Câmara dos Deputados na legislatura de 2015. Com esse amontoado de informações Santos e Canello formaram, com a precisão possível, o cenário de governabilidade para Dilma, considerando as relações com o Congresso.
No Senado, a oposição será menor, porém, mais dura. Uma coligação de apenas 18 senadores certamente mais sintonizados.
“A vantagem numérica do governo no Senado pode ser compensada, do ponto de vista das estratégias e processo deliberativo, pelo peso político e experiência de nomes da oposição, como os do próprio Aécio Neves, de José Serra, Tasso Jereissati e Aloysio Nunes Ferreira”, lista Fabiano Santos.
Ao falar sobre a composição da Câmara, ele faz avaliação distinta. Acredita que “o menor peso relativo da coalizão de apoio a Dilma seguramente será revertido com a presença maior do que chamamos centro flexível, isto é, os partidos que não são marcadamente de direita e tendem a aderir ao governo por conta de acordos pragmáticos a um baixo custo para a operação do governo e do Estado em seu conjunto”.
A vitória parece não ter subido à cabeça dela, onde, aliás, estão registradas as crises no começo do primeiro governo. Havia então um quadro muito menos problemático do que agora. Dilma e seus “aliados”, como Renan Calheiros, senador pelo PMDB, já destoam quanto à proposta de reforma política.
Na Câmara, a coalizão do governo, a chamada base governista, cairá de 340 para 304. Ainda é grande e, pelo tamanho, igualmente fragmentada e unida apenas pelas benesses oferecidas pelo Executivo aos aliados.
Júlio Canello acredita que o adversário “seguirá enrijecido”. E explica: “A oposição poderá seguir em sua estratégia de adversário implacável. Para governar será preciso equacionar as agendas do PT e dos vários PMDBs”.
É o quadro que já se projeta nos estertores do atual Congresso.
O ex-presidente Lula foi um dos primeiros a tocar nessa “ferida”. Ele não esconde a preocupação e diz que a convivência de Dilma com o Congresso será agora “cada vez mais difícil”. Não é por outra razão que a própria presidenta pretende montar um núcleo para construir uma ponte com o Parlamento, conforme circula no mundo político. Faz sentido. Dilma, nas afirmações públicas feitas após a vitória, pontuou seguidamente a palavra “diálogo”.
Mas “diálogo” não parece ser fazer a mágica. Ou seja, superar a agressividade da oposição, capitaneada pelo PSDB.
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Comentários

Anônimo disse…
Obrigado !!! Bom domingo !!!

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Anônimo disse…
Obrigado !!! Bom domingo !!!

Obrigado !!! Bom domingo !!!

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Anônimo disse…
Não posso falar o que penso !!!

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Anônimo disse…
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Anônimo disse…
Vivendo o presente !!!

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Anônimo disse…
Vivendo o presente !!!

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Anônimo disse…
A base governista fica na base do toma lá dá cá, pois é dando que se recebe, beneses, troca de favores, balcão de negócios, negociatas !!!

A PRESIDENTE DILMA NÃO PRECISA SE PREOCUPAR, PORQUE TERÁ MAIORIA NO SENADO E NA CÂMARA FEDERAL COM UMA CONDIÇÃO, DESDE QUE FÁÇA TUDO ISSO, COMPRE TODO MUNDO, COMPRE OS PARLAMENTARES, QUE SÃO TODOS COMPRADOS, SÃO TODOS VENDIDOS, SÃO VENDALHÕES, SE VENDEM FACILMENTE !!!

Todo mundo sabe como é pra ter maioria na CASA DO POVO, NO CONGRESSO NACIONAL !!!
Anônimo disse…
São todos FISIOLÓGICOS !!!

Fisiologismo político.

Em todos os governos passados os políticos sempre foram fisiológicos, fisiologismo político, sem a menor cerimônia, sem a menor discrição.

Cada um quer o seu quinhão, quer uma fatia do bolo, quer espaços políticos, quer vantagens, negociatas, beneses, balcão de negócios, arrumadinhos, troca de favores, pois é dando que se recebe, na base do toma lá dá cá.

A presidente Dilma terá que distribuir cargos, MINISTÉRIOS, SECRETARIAS, PRA GOVERNABILIDADE
Anônimo disse…
Tudo se resume a garantir a governabilidade.

A presidente Dilma tem que garantir a governabilidade.

A base aliada garante a governabilidade do governo da presidente Dilma.

A presidente Dilma precisa da base aliada pra garantir a governabilidade, governança do governo Dilma.
Anônimo disse…
Tem que entrar no esquema !!!

Como é que é o esquema ???
Anônimo disse…
Tem que entrar no esquema !!!

Como é que é o esquema ???
Anônimo disse…
ISTOÉ REVELA CONTA DE R$ 64 MILHÕES DO PSDB NA SUÍÇA

Ela se chama "Marília" e foi aberta no Leumi Private Bank, em Genebra; por ela transitaram cerca de R$ 64 milhões das propinas que azeitaram os negócios da Siemens e da Alstom no Brasil; a conta foi também movimentada por homens da cozinha dos governos de Mario Covas, em São Paulo, e até do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso; documentos já estão em poder do Ministério da Justiça e parte dos recursos foi bloqueada por autoridades suíças; e agora: será que tucanos serão denunciados pelo Ministério Público?

247 - Uma conta bancária na Suíça, conhecida como "Marília", foi usada para movimentar as propinas que azeitaram os negócios da Siemens e da Alstom com governos do PSDB, em São Paulo. Por ela, transitaram cerca de R$ 64 milhões em propinas e os recursos foram gerenciados por homens da cozinha dos governos de Mario Covas, em São Paulo, e até do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Este é o tema de uma reportagem bombástica da revista Istoé, que acaba de chegar às bancas. Até agora, o procurador Rodrigo de Grandis reluta em denunciar tucanos indiciados pela Polícia Federal (leia aqui). Será que vai manter a conduta?




Leia abaixo a reportagem de Istoé:




A conta secreta do propinoduto




Documentos vindos da Suíça revelam que conta conhecida como "Marília", aberta no Multi Commercial Bank, em Genebra, movimentou somas milionárias para subornar homens públicos e conseguir vantagens para as empresas Siemens e Alstom nos governos do PSDB paulista




Claudio Dantas Sequeira e Pedro Marcondes de Moura




Na edição da semana passada, ISTOÉ revelou quem eram as autoridades e os servidores públicos que participaram do esquema de cartel do Metrô em São Paulo, distribuíram a propina e desviaram recursos para campanhas tucanas, como operavam e quais eram suas relações com os políticos do PSDB paulista.




Agora, com base numa pilha de documentos que o Ministério da Justiça recebeu das autoridades suíças com informações financeiras e quebras de sigilo bancário, já é possível saber detalhes do que os investigadores avaliam ser uma das principais contas usadas para abastecer o propinoduto tucano. De acordo com a documentação obtida com exclusividade por ISTOÉ, a até agora desconhecida “conta Marília”, aberta no Multi Commercial Bank, hoje Leumi Private Bank AG, sob o número 18.626, movimentou apenas entre 1998 e 2002 mais de 20 milhões de euros, o equivalente a R$ 64 milhões. O dinheiro é originário de um complexo circuito financeiro que envolve offshores, gestores de investimento e lobistas.




Uma análise preliminar da movimentação da “conta Marília” indica que Alstom e Siemens partilharam do mesmo esquema de suborno para conseguir contratos bilionários com sucessivos governos tucanos em São Paulo. Segundo fontes do Ministério Público, entre os beneficiários do dinheiro da conta secreta está Robson Marinho, o conselheiro do Tribunal de Contas que foi homem da estrita confiança e coordenador de campanha do ex-governador tucano Mário Covas. Da “Marília” também saíram recursos para contas das empresas de Arthur Teixeira e José Geraldo Villas Boas, lobistas que serviam de intermediários para a propina paga aos tucanos pelas multinacionais francesa e alemã.

http://www.juniorpentecoste.com.br/2013/11/istoe-revela-conta-de-r-64-milhoes-do.html
Anônimo disse…
Continuação :

O lobista Arthur Teixeira personifica o elo entre os esquemas Alstom e Siemens. Como ISTOÉ já revelou numa série de reportagens recentes, com base nas investigações em curso, Teixeira e seu irmão Sérgio (já falecido) foram responsáveis por abrir as empresas Procint e Constech, além das offshores Leraway Consulting e Gantown Consulting, no Uruguai, com o único objetivo de servir de ponte ao pagamento de comissões a servidores públicos e a políticos do PSDB. Teixeira tinha acesso privilegiado ao secretário de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, e ao diretor de Operação e Manutenção da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), José Luiz Lavorente, o encarregado da distribuição em mãos da propina.




Até 2003 conhecido como Multi Commercial Bank, depois Safdié e, a partir de 2012, Leumi Private Bank AG, a instituição bancária tem um histórico de parcerias com governos tucanos. Em investigações anteriores, o MP já havia descoberto uma outra conta bancária nesse banco em nome de Villas Boas e de Jorge Fagali Neto, ex-secretário de Transportes Metropolitanos de SP (1994, gestão de Luiz Antônio Fleury Filho) e ex-diretor dos Correios (1997) e de projetos de ensino superior do Ministério da Educação (2000 a 2003) na gestão Fernando Henrique Cardoso. Apesar de estar fora da administração paulista numa das épocas do pagamento de propina, Fagali manteria, segundo a Polícia Federal, ascendência e contatos no governo paulista. Por isso, foi indiciado pela PF sob acusação de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Fagali Neto também é irmão de José Jorge Fagali, que presidiu o Metrô na gestão de José Serra. José Jorge é acusado pelo MP e pelo Tribunal de Contas Estadual de fraudar licitações e assinar contratos superfaturados à frente do Metrô.




Para os investigadores, a “conta Marília” era usada para gerenciar recursos

de outras contas destinadas a abastecer empresas e fundações de fachada




Para os investigadores, a “conta Marília” funcionaria como uma espécie de “conta master”, usada para gerenciar recursos de outras que, por sua vez, abasteceram empresas e fundações de fachada, como Hexagon Technical Company, Woler Consultants, Andros Management, Janus, Taltos, Splendore Associados, além da já conhecida MCA Uruguay e das fundações Lenobrig, Nilton e Andros. O MP chegou a pedir, sem sucesso, às autoridades suíças e francesas o arresto de bens e o bloqueio das contas das pessoas físicas e jurídicas citadas. Os pedidos de bloqueio foram reiterados pelo DRCI, mas não foram atendidos. Os investigados recorreram ao STJ para evitar ações similares no Brasil.




O MP já havia revelado a existência das contas Orange (Laranja) Internacional, operada pelo MTB Bank de Nova York, e Kisser (Beijoqueiro) Investment, no banco Audi de Luxemburgo. Ou seja, “Marília” é mais um nome próprio no dicionário da corrupção tucana. Sabe-se ainda que o cartel operado pelas empresas Siemens e Alstom, em companhia de empreiteiras e consultorias, usava e-mails cifrados (leia quadro).

http://www.juniorpentecoste.com.br/2013/11/istoe-revela-conta-de-r-64-milhoes-do.html
Anônimo disse…
Continuação 2 :

RELAÇÃO COM FHC

Um dos beneficiários da propina oriunda da Suíça, Geraldo Villas Boas

mantinha uma conta conjunta com Jorge Fagali Neto, ex-diretor de projetos do

Ministério da Educação (2000 a 2003) na gestão de Fernando Henrique Cardoso




Os novos dados obtidos pelo Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Internacional (DRCI) do Ministério da Justiça dão combustível para o aprofundamento das investigações no Brasil. Além do processo administrativo aberto pelo Cade sobre denúncia de formação de cartel nas licitações de São Paulo e do Distrito Federal, outras duas ações sigilosas, uma na 6ª Vara Federal Criminal e outra na 13ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo, apuram crimes contra o sistema financeiro, lavagem de dinheiro e improbidade administrativa. Além de altos funcionários do Metrô, como os já citados Lavorente e Fagali, as investigações apuram a participação do ex-secretário de Energia e vereador Andrea Matarazzo, em razão de contratos celebrados entre a Companhia de Energia de São Paulo (CESPE) e a Empresa Paulista de Transmissão de Energia Elétrica S.A. (EPTE).




Na documentação encaminhada pelo DRCI ao MP de São Paulo, a pedido do promotor Silvio Marques, também constam novos dados bancários de vários executivos franceses, alemães e brasileiros que tiveram algum tipo de participação no esquema de propinas. São eles os franceses Michel Louis Mignot, Yves Barbier de La Serre, André Raymond Louis Botto, Patrick Ernest Morancy, Jean Pierre Antoine Courtadon e Jean Marcel Jackie Lannelongue e os brasileiros José Amaro Pinto Ramos, Sabino Indelicato e Luci Lopes Indelicato, além do alemão Oskar Holenwger, que operou em toda a América Latina. Na Venezuela, Holenwger é citado junto a Mignot, La Serre, Morancy e Botto em investigação sobre lavagem de dinheiro, apropriação indébita qualificada, falsificação de documentos e suposta corrupção de funcionários públicos do setor de energia.




O apoio das autoridades de França e Suíça às investigações brasileiras não tem sido tão fácil, e a cooperação é mais recente do que se pensava. O Ministério da Justiça chegou a pedir o compartilhamento de informações ainda em 2008 – auge da investigação da Siemens e da Alstom. Mas não foi atendido. Os franceses lembraram que, nos termos do acordo bilateral, a cooperação só pode se desenrolar por via judicial. Dessa forma, foi necessário notificar o Ministério Público Federal para que oficiasse junto à 6ª Vara Criminal Federal e à 13ª Vara da Fazenda Pública. O compartilhamento só foi efetivado em dezembro de 2010.




A Suíça, ainda em março de 2010, solicitou a cooperação brasileira na apuração das denúncias lá, uma vez que parte do dinheiro envolvido nas transações criminosas teria sido depositada em bancos suíços. Os primeiros dados, relativos à empresa MCA e ao Banco Audi de Luxemburgo, chegaram ao Brasil em julho de 2011. Foram solicitadas ainda oitivas com determinadas testemunhas, o que foi encaminhado ao MPF em São Paulo e à Procuradoria Geral da República (PGR). Paralelamente, a Polícia Federal abriu o inquérito nº 0006881-06.2010.403.6181, mas só no último dia 25 de julho o procurador suíço enviou às autoridades os dados bancários solicitados, por meio de uma decisão denominada “conclusive decrees”, proferida em 14 e 24 de junho. Foi com base nisso que a Suíça já bloqueou cerca de 7,5 milhões de euros que estavam na conta conjunta de Fagali e Villas Boas, no Safdié. Tratou-se de uma decisão unilateral suíça e a cifra não é oficial – foi fornecida ao Ministério da Justiça por fonte informal. A Suíça só permite o uso dos dados enviados em procedimentos criminais.

Por: Brasil 247

http://www.juniorpentecoste.com.br/2013/11/istoe-revela-conta-de-r-64-milhoes-do.html
Anônimo disse…
Propina tucana desviada do Metrô-SP é de R$ 1,925 BILHÃO, equivalente à 275 mensalões

Os valores da corrupção tucana no Metrô-SP, cantada em verso e prosa, é de R$ 577 MILHÕES, porém, feita a correção desde 1995, - (governo Mário Covas) - segundo o jornal Estadão, a cifra bate na casa dos R$ 1,925 BILHÃO. Se a imprensa da província, não fosse vendida, estaria estampando nas primeiras páginas, e telejornais, que o valor sem correção, equivale à 82 mensalões, e corrigidos, equivale a nada menos que 275 mensalões. Escândalo (aquele), que os próprios tucanos, dizem ser "o maior escândalo desde a proclamação da República". Muita....muita cara de pau.




Superfaturamento de cartel do trem em SP e no DF teria chegado a R$ 577 mi Governos teriam gastado 30% a mais em cinco licitações alvo de fraudes, de acordo com documentos obtidos pelo Estado; primeiro contrato dividido entre empresas do setor metroferroviário teria sido o da Linha 5-Lilás do Metrô




Bruno Ribeiro e Marcelo Godoy - Estadão




Os governos de São Paulo e do Distrito Federal podem ter gastado até 30% a mais, ou R$ 577,5 milhões, em cinco contratos suspeitos de serem alvo de cartel entre empresas nacionais e estrangeiras do setor metroferroviário. A suposta fraude foi denunciada pela alemã Siemens ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Documentos obtidos pelo Estado mostram que, com o esquema, esses contratos chegaram a R$ 1,925 bilhão (em valores atualizados).




O Estado procurou as empresas, mas só nove das 20 se manifestaram. Em nota, a Siemens informou que, desde 2007, faz esforços para aprimorar sua administração e coopera integralmente com as investigações. Ao todo, 44 executivos - de presidentes a gerentes - de empresas de 11 países foram acusados de participação nas tratativas mantidas para impedir que a disputa dos contratos levasse à prática de preços menores do que os oferecidos pelas empresas.




De acordo com documentos da Siemens a que o Estado teve acesso, o grupo se considerava blindado por pelo menos um de seus contratantes: a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). A suspeita é de que agentes públicos tenham recebido propina das empresas para fazer vista grossa ao cartel durante os governos dos tucanos Mário Covas (1995-2001), Geraldo Alckmin (2001-2006) e José Serra (2007-2010).




Os papéis da Siemens mostram que um de seus executivos manteve um diário no qual escreveu, em 8 de julho de 2002: "Enquanto a Alstom mantiver seu preço acima do preço da Siemens, e a CPTM bloquear qualquer ataque, a Siemens será vencedora." Trata-se de referência direta à negociação para a divisão entre as empresas dos contratos para a manutenção de trens S2000, S2100 e S3000.

http://www.juniorpentecoste.com.br/2014/02/propina-tucana-desviada-do-metro-sp-e.html
Anônimo disse…
Continuação :

Além deles, a lista de licitações viciadas inclui o fornecimento de material para a Linha 2-Verde do Metrô no trecho Ana Rosa-Ipiranga, para a Linha 5-Lilás no trecho Largo 13-Santo Amaro, para a manutenção dos trens s2000, s2100 e s3000, para a manutenção de trens do projeto Boa Viagem (CPTM, contrato de R$ 276 milhões) e para a manutenção de trens do Distrito Federal. Em um sexto caso - a manutenção de trens dos projetos 320 e 64 da CPTM -, a ação do cartel só não deu certo porque a espanhola CAF, uma das acusadas, não chegou a um acordo, ganhando as licitações com preço menor.




Funcionários. A ação do cartel ainda se estendeu aos contratos da Linha 4-Amarela do Metrô. O acerto entre as empresas começou depois de a Siemens conseguir contratar dois funcionários da multinacional francesa Alstom.




Segundo documento da Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), do Ministério da Justiça, os dois funcionários "possuíam formação técnica relacionada a serviços de manutenção de trem e metrô e, à época da licitação, trabalhavam na manutenção do Metrô DF, serviço que era prestado pela Alstom, IESA E TCBR". Como o edital exigia "que o licitante vencedor apresentasse qualificações", que eram detidas pelos dois funcionários, a Alstom teve de entrar em acordo com a Siemens. Em troca, a empresa alemã seria subcontratada nos trechos 1 e 2 da Linha 4.




O acordo entre as empresas previu que dois consórcios disputassem o contrato. Deveriam oferecer preços entre 94,5% e 95% do valor previsto pelo governo do Distrito Federal. Quem vencesse subcontrataria o perdedor em até 48% do contrato, que ficou na época em R$ 77,3 milhões (R$ 103,4 milhões atuais).




Acertos. Além de e-mails e do diário do executivo da Siemens, o Cade, os procuradores da República e os promotores do Ministério Público Estadual têm em mãos os depoimentos de seis executivos da empresa alemã, que confessaram a prática de cartel de 1998 a 2008.




O primeiro contrato dividido entre as empresas foi o da Linha 5-Lilás, contratado pela CPTM. O acerto entre elas foi feito em reuniões no escritório da Mitsui e da TTrans, em São Paulo. Entre os dias 1.º e 6 de junho de 2000, formou-se o consórcio Sistrem. Ele reunia todas as empresas que haviam sido pré-qualificadas pela CPTM para fornecer o material ferroviário ao governo. As empresas decidiram quais os preços que cada uma apresentaria.




Assim também foi feito na primeira licitação de manutenção de trens: os vencedores foram o consórcio Cobraman (Alstom, a canadense Bombardier e a CAF), que obteve o contrato para os trens S2000; a Siemens (trens s3000); e o consórcio Consmac (s2100), formado por Alstom e CAF, que subcontratou a Bombardier, a japonesa Mitsui e a chilena Temoinsa.

http://www.juniorpentecoste.com.br/2014/02/propina-tucana-desviada-do-metro-sp-e.html
Unknown disse…
Anônimo disse...

Tudo se resume a garantir a governabilidade.

A presidente Dilma tem que garantir a governabilidade.

A base aliada garante a governabilidade do governo da presidente Dilmafrases Com Desenhos .

A presidente Dilma precisa da base aliada pra garantir a governabilidade, governança do governo Dilma.