Por Igor Fuser, no jornal Brasil de Fato:
O Brasil enfrenta, nas eleições presidenciais deste ano, o risco de um brutal retrocesso político, com o eventual retorno das forças de direita – representadas, principalmente, pelo candidato tucano Aécio Neves – ao governo federal. Nesse caso, teremos uma guinada rumo a um país mais desigual, mais autoritário, mais conservador. Engana-se quem imagina apenas uma reprise do que foram os tempos de FHC. Para entender o que pode vir por aí, é melhor pensar no Tea Party estadunidense, no uribismo colombiano, na direita ucraniana.
Limitando este exercício de imaginação apenas à política externa, é aposta certa supor que uma das primeiras medidas de um governo Aécio seria a expulsão dos profissionais cubanos engajados no programa Mais Médicos. Também imediata seria a adesão do Brasil a um acordo do Mercosul com a União Europeia nos termos da finada Alca, cujas “viúvas” – também conhecidas como o Partido dos Diplomatas Aposentados – recuperarão o comando do Itamaraty, ávidas por agradar aos seus verdadeiros senhores, as elites e o governo dos Estados Unidos.
O Mercosul, se sobreviver, voltará a ser apenas um campo comercial, destituído do projeto político de uma integração mais profunda. A Unasul e a CELAC, esvaziadas, se tornarão, sem a liderança do Brasil, siglas irrelevantes, enquanto a moribunda OEA – o Ministério das Colônias, na célebre definição de Fidel Castro – ganhará um novo sopro de vida. Quanto ao Brics, articulação central no combate ao domínio unipolar do planeta pelo império estadunidense, sofrerá um baque, com a deserção (oficializada ou não) do seu “B” inicial.
Golpistas latino-americanos, já assanhados após os triunfos em Honduras e no Paraguai (ações antidemocráticas combatidas com firmeza por Lula e Dilma), ganharão espaço, certos de contar com a omissão ou até o apoio de um governo brasileiro alinhado com os ditames de Washington. Que o diga a performática Maria Corina Machado, líder da atual campanha de desestabilização na Venezuela, recebida com fanfarra pelo governador Geraldo Alckmin e por uma penca de jornalistas tucanos, no programa Roda Viva.
Governos e movimentos sociais progressistas, na América Latina e no mundo, perderão um ponto de apoio; as forças das trevas, como o lobby sionista internacional, ganharão um aliado incondicional em Brasília. Isso é apenas uma parte do que está em jogo nas eleições brasileiras. Espantoso é que, no campo da esquerda, tantos pareçam não se dar conta.
O Brasil enfrenta, nas eleições presidenciais deste ano, o risco de um brutal retrocesso político, com o eventual retorno das forças de direita – representadas, principalmente, pelo candidato tucano Aécio Neves – ao governo federal. Nesse caso, teremos uma guinada rumo a um país mais desigual, mais autoritário, mais conservador. Engana-se quem imagina apenas uma reprise do que foram os tempos de FHC. Para entender o que pode vir por aí, é melhor pensar no Tea Party estadunidense, no uribismo colombiano, na direita ucraniana.
Limitando este exercício de imaginação apenas à política externa, é aposta certa supor que uma das primeiras medidas de um governo Aécio seria a expulsão dos profissionais cubanos engajados no programa Mais Médicos. Também imediata seria a adesão do Brasil a um acordo do Mercosul com a União Europeia nos termos da finada Alca, cujas “viúvas” – também conhecidas como o Partido dos Diplomatas Aposentados – recuperarão o comando do Itamaraty, ávidas por agradar aos seus verdadeiros senhores, as elites e o governo dos Estados Unidos.
O Mercosul, se sobreviver, voltará a ser apenas um campo comercial, destituído do projeto político de uma integração mais profunda. A Unasul e a CELAC, esvaziadas, se tornarão, sem a liderança do Brasil, siglas irrelevantes, enquanto a moribunda OEA – o Ministério das Colônias, na célebre definição de Fidel Castro – ganhará um novo sopro de vida. Quanto ao Brics, articulação central no combate ao domínio unipolar do planeta pelo império estadunidense, sofrerá um baque, com a deserção (oficializada ou não) do seu “B” inicial.
Golpistas latino-americanos, já assanhados após os triunfos em Honduras e no Paraguai (ações antidemocráticas combatidas com firmeza por Lula e Dilma), ganharão espaço, certos de contar com a omissão ou até o apoio de um governo brasileiro alinhado com os ditames de Washington. Que o diga a performática Maria Corina Machado, líder da atual campanha de desestabilização na Venezuela, recebida com fanfarra pelo governador Geraldo Alckmin e por uma penca de jornalistas tucanos, no programa Roda Viva.
Governos e movimentos sociais progressistas, na América Latina e no mundo, perderão um ponto de apoio; as forças das trevas, como o lobby sionista internacional, ganharão um aliado incondicional em Brasília. Isso é apenas uma parte do que está em jogo nas eleições brasileiras. Espantoso é que, no campo da esquerda, tantos pareçam não se dar conta.
Comentários
ESTÁ FALTANDO OXIGENAÇÃO, OXIGÊNIO, ÂNIMO.
ESTÁ FALTANDO ENTUSIASMO NO GOVERNO DA PRESIDENTE DILMA.
LULA É MAIS ANIMADO, ENTUSIASMADO, DO QUE A PRESIDENTE DILMA.
LULA É CARISMÁTICO, POPULAR, O POVO GOSTA DE LULA, O POVO QUER LULA DE NOVO.
POTAQUEPAREU!!!
Se confirmada a sentença, quem paga é o povo, porque estes comunistas filhos da puta são sustentados pelo governo do PT, e o panfleto vermelho também.
Ciro diz que Eunício parece "biruta de aeroporto"
Irmão de Cid Gomes declarou que senador e pré-candidato tem se associado "a tudo que representa o retrocesso" e ironizou as recentes críticas do PMDB à gestão estadual
O secretário estadual da Saúde, Ciro Gomes (Pros), disse ontem que o senador e pré-candidato ao governo Eunício Oliveira (PMDB) está parecendo uma “biruta de aeroporto” em razão de suas conversas com adversários do governador Cid Gomes (Pros).
Segundo Ciro, Eunício “tem se associado a tudo que representa o retrocesso ao estado do Ceará” e, por isso, “é muito remota” a possibilidade de ele ser o nome da aliança para a sucessão de Cid.
Ciro participou ontem à noite de encontro com os partidos governistas, no Marina Park Hotel, onde expôs dados sobre realizações e demandas do Estado na área da saúde. Falando à imprensa antes da palestra, Ciro ironizou o discurso atual do PMDB, o qual, depois de entregar os cargos que ocupava no governo, do Estado, no início de maio, começou a criticar setores como segurança e saúde.
“O PMDB esteve até muito recentemente junto conosco, ao longo desses sete anos e meio, pro bem e pro mal. Se eles agora estão enxergando alguns defeitos, a população vai perguntar onde é que eles estavam quando esses defeitos aconteciam e eles não apontaram”, disse Ciro.
“Por outro lado, é sempre normal que uma pessoa possa examinar suas possibilidades e depois fazer uma autocrítica e perceber que talvez tenha errado no caminho. Vamos ver”, completou.
Luizianne Lins
O POVO perguntou a Ciro se ele via possibilidade de Eunício ser o candidato da base ao governo.
“Possibilidade mesmo é muito remota. Explico por que: ele, nos últimos meses, tem se associado a tudo que representa o retrocesso ao estado do Ceará. Parece esses sinais de aeroporto, a chamada biruta de aeroporto: ora vai pra cá, ora vai pra lá, ora afirma isso, ora afirma aquilo. E o cearense precisa de rumo, precisa de firmeza. Tanto mais nesses tempos bicudos que estamos vivendo”.
Indagado sobre quem personificaria o retrocesso, Ciro citou a ex-prefeita de Fortaleza, cujo grupo no PT já sinalizou que não descartaria apoiar Eunício contra Cid. “Você tem, por exemplo, essa fração representada pela Luizianne Lins, que é um negócio que seria trágico, se não fosse engraçado.”
Procurada pelo O POVO, Luizianne disse: “Vindo da boca do Ciro Gomes para mim é um elogio, porque hoje ele é o que há de pior na política cearense, e botou a perder o governo do irmão dele”.
Já Eunício disse que nada tinha a declarar sobre os comentários de Ciro.
http://www.opovo.com.br/app/opovo/radar/2014/06/04/noticiasjornalradar,3261396/ciro-diz-que-eunicio-parece-biruta-de-aeroporto.shtml
Cid foi melhor que o presidenciável na educação
O senador Armando Monteiro Neto, que é ex-aliado de Eduardo Campos, afirmou que o governador do Ceará, Cid Gomes, teve gestão melhor que a do presidenciável na educação
O pré-candidato ao governo de Pernambuco, senador Armando Monteiro Neto (PTB), declarou, nesta segunda-feira, 5, que o governador Cid Gomes (PROS-CE) foi melhor que o pré-candidato à presidência, Eduardo Campos (PSB), na gestão da Educação. Monteiro Neto é ex-aliado de Campos, em Pernambuco.
"O Ceará, nos últimos 10 anos, avançou de forma significativa: nos anos iniciais do ensino fundamental ocupa a 12. colocação no Brasil e Pernambuco é o 18 (...) Nos anos fundamentais do fundamental o Ceará é o sétimo no País e nós (PE) somos o vigésimo segundo; e no ensino médio nós estamos em décimo quinto enquanto o Ceará está em oitavo lugar na média nacional". "É possível melhorar", disse o senador.
Mesmo quando estavam no mesmo partido, Cid e Campos sempre foram desafetos políticos, mas a relação piorou quando o pernambucano anunciou sua candidatura à presidência. Cid e seu irmão, Ciro Gomes, decidiram deixar o PSB e filiaram-se ao PROS, pois preferiram apoiar a reeleição da presidente Dilma Roussef.
http://www.opovo.com.br/app/politica/2014/06/05/noticiaspoliticas,3262302/cid-foi-melhor-que-o-presidenciavel-na-educacao.shtml