Venezuela e Ucrânia são situações 'absolutamente díspares', diz Dilma

BRUXELAS - A presidente Dilma Rousseff descartou nesta segunda-feira, 24, em Bruxelas, na Bélgica, a hipótese de que o Brasil intervenha na crise política que paralisa a Venezuela e disse que o país vive uma situação "absolutamente díspar" da passada pela Ucrânia na semana passada.
As declarações foram feitas ao término da reunião de cúpula Brasil-União Europeia, realizada na capital belga. Questionada por jornalistas brasileiros sobre a situação política da Venezuela, em especial sobre o cerceamento à liberdade de imprensa - o governo de Nicolas Maduro não vem autorizando a compra de papel-jornal por jornais opositores, o que na prática ameaça a circulação dos diários -, a presidente deu a entender que o Brasil não deve se manifestar a respeito do caso. "O Brasil é um país que defende e sempre defendeu a liberdade de imprensa", limitou-se a afirmar, referindo-se à liberdade de expressão.
A seguir, Dilma afirmou que as manifestações realizadas no Brasil em junho não foram reprimidas com violência - sugerindo que o exemplo brasileiro é diferente dos casos venezuelano e ucraniano. "Temos no nosso registro um momento excepcional que foram as manifestações de junho, em que não houve nenhuma repressão", alegou, sem citar os choques entre a polícia e os manifestantes em diversas cidades, como São Paulo e Rio de Janeiro. "Nós convivemos com a democracia. E quem tem democracia quer sempre mais democracia."
Só então a presidente passou a analisar a situação de Venezuela e Ucrânia. "Não podemos comparar casos absolutamente díspares. No caso da Venezuela, vemos uma situação em que houve…", disse, interrompendo seu raciocínio. "Eles têm uma história. Não cabe ao Brasil discutir o que a Venezuela tem a fazer, até porque seria contra a nossa política externa. Não nos manifestamos sobre a situação interna de nenhum país. Não nos cabe isso."
A presidente destacou ainda as supostas conquistas obtidas pelo país vizinho, sócio do Brasil no Mercosul, durante os governos de Hugo Chávez e Nicolas Maduro - sem citar os nomes dos dois presidentes. "Para o Brasil é muito importante que se olhe sempre a Venezuela do ponto de vista dos efetivos ganhos que eles tiveram nesse processo em termos de educação e saúde para o seu povo", justificou, pregando então um entendimento nacional: "Agora, acreditamos que sempre, em qualquer situação, é muito melhor o diálogo, o consenso e a construção democrática do que qualquer tipo de ruptura institucional".
Segundo Dilma, pior do que um governo contestado pode ser o vácuo de poder e o desmoronamento das instituições públicas. "Quando há o vazio político é possível que o outro ocupe, mas sempre tem um candidato que sempre tenta ocupar: o caos. Com o caos vem sempre a desconstrução econômica, social e política", afirmou.
Nesse instante, a presidente voltou a minimizar qualquer comparação entre a situação em Caracas e o caso de Kiev. "O caso da Venezuela é distinto, não é uma situação igual à da Ucrânia. Sempre tivemos dentro dos órgãos latino-americanos uma posição de dar apoio à democracia, e não vamos abandonar", disse. Fonte: Estadao.

Comentários

Salomão disse…
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Salomão disse…
Franz vê inchaço e sugere que Silval "enxugue" a máquina para ter verba

Prefeito Marino Franz diz ter feito boa gestão porque bancou sua campanha e não devia favores para ninguém
Fotos: Jonathan Fernandes

O prefeito de Lucas do Rio Verde, Marino Franz (PPS), considerado o melhor gestor de Mato Grosso e um dos mais eficientes do país, avaliou, nesta quinta (12), que a máquina estadual está inchada e que o governador Silval Barbosa (PMDB) precisa enxugá-la para que o Estado consiga ter recursos para investir. "O Estado tem que reduzir para ter poder de fogo, ou seja, capacidade de investimento", analisou o gestor, em entrevista ao vivo no RDTV, TV Web do portal RDNews.

Franz avalia que a grande dificuldade da gestão Silval é a falta de caixa, e sugere que os repasses feitos aos municípios sejam revistos, assim como ele fez com o duodécimo da Câmara de Lucas do Rio Verde. Ele conseguiu negociar com os vereadores e reduzir de 8% para 2%, sendo que a diferença foi investida em pontos cruciais como educação, saúde e infraestrutura.

Lucas do Rio Verde tem a melhor gestão fiscal do Estado, o 4º PIB de Mato Grosso com R$ 1,3 bilhão, e é a 8ª cidade brasileira que mais se desenvolve. Também possui um dos melhores Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do país, por isso é o único município mato-grossense que aparece no ranking nacional fora do eixo Rio de Janeiro/São Paulo.

A educação daquele município também é destaque, teve bom desempenho no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB). Quando à saúde ele mesmo avalia: "No que diz respeito ao dever da prefeitura, que é o atendimento básico, fizemos bem feito. O problema é o sistema de regulação do SUS e os hospitais estaduais que estão todos sucateados", reclama.

Para o prefeito de segundo mandato, o segredo de tanto sucesso é o planejamento e a seriedade na gestão pública. Ele conta que bancou suas duas eleições com o seu próprio dinheiro e que, por isso, não deve favores a nenhum partido político.

Graças a essa liberdade conquistada, ele pôde imprimir um modelo de gestão empresarial, sem politicagem. Com isso, acredita que conseguiu quebrar paradigmas. "Faço uma gestão focada em objetivos e metas, que são revistas diariamente. Trabalha comigo quem é competente, quem não for não trabalha", enfatiza Franz. Esse perfil menos político e mais técnico não é muito comum nas administrações, justamente porque os gestores se vêem obrigados a acomodar os indicados pelos partidos da base aliada.

http://rdnews.jusbrasil.com.br/politica/8608529/franz-ve-inchaco-e-sugere-que-silval-enxugue-a-maquina-para-ter-verba