Secretário de Cid é investigado por crime no Ceará

Arialdo Pinho teria cometido favorecimento ilícito a empresa que tem o genro como sócio.
BRASÍLIA - O governador cearense, Cid Gomes (PROS), enfrenta problemas com um de seus principais colaboradores, o secretário da Casa Civil, Arialdo de Mello Pinho, homem de sua extrema confiança, que coordenou suas campanhas políticas. Pinho é suspeito de participar de um esquema de favorecimento ilícito a uma empresa que tem o genro dele como sócio. Ele chegou a ser considerado a opção de Cid para disputar sua sucessão, mas a hipótese não ganhou força, por enquanto.
Na tarde de segunda-feira, a juíza Nádia Pereira, da 13ª Vara da Fazenda Pública de Fortaleza, determinou a quebra dos sigilos bancário e fiscal de Pinho; do genro dele, Luís Antônio Valadares, dono da Promus Promotora de Crédito e Cobrança Extrajudicial; do sócio deste, Bruno Barbosa Borges, proprietário da ABC Administradora de Cartões de Crédito, e de mais quatro pessoas.
A juíza deu liminar a um pedido do Ministério Público, que acusa o secretário e os outros empresários de favorecimento ilícito. Pelas investigações, a Promus e a ABC têm sócios semelhantes e não poderiam emprestar dinheiro ao funcionalismo e, ao mesmo tempo, gerenciar as transações — prática, aliás, vedada no próprio edital.
Na concorrência vencida pela ABC, a empresa seria responsável apenas por cuidar do controle da margem de endividamento dos servidores, e receberia R$ 2 por cada empréstimo. Porém, os sócios dela, incluindo o genro do secretário da Casa Civil, por meio da Promus, passaram a fazer o controle das operações de crédito em si. Isso foi possível porque a Promus fechou contrato com o Bradesco, um dos dois bancos que têm autorização para conceder os empréstimos — o outro é a Caixa Econômica Federal.
Pelo contrato, o Bradesco concedeu à Promus a exclusividade para escolher correspondentes bancários que poderiam atuar em nome do banco. O lucro é muito maior: 17% sobre o valor de cada empréstimo, em vez de apenas R$ 2.
A Casa Civil não quis se pronunciar sobre o caso porque, de acordo com a assessoria de imprensa, o secretário está de férias, viajando. A assessoria do governador Cid Gomes disse que ele também não falaria sobre o assunto.
Esta não é a primeira vez que Pinho se envolve em polêmica no Ceará. No ano passado, o deputado federal Eudes Xavier (PT-CE) denunciou uma suposta troca de e-mails entre o governador, Pinho e o secretário de Segurança Pública, Francisco Bezerra, na qual tratariam da contratação, com dinheiro público, de uma empresa internacional de espionagem para investigar um desafeto da família Gomes.
Depois da denúncia, o governador desqualificou a acusação. O PSB chegou a fazer uma representação contra Eudes por quebra de decoro parlamentar, mas a denúncia não foi acolhida no Conselho de Ética da Câmara. Por CHICO DE GOIS - O Globo.

Comentários

Anônimo disse…
Enquanto os otários correm para arrecadar grana para livrar a cara do bandoleiro Genoíno, ele aluga uma casa de 450 M² em Brasília para "cumprir" prisão domiciliar.
E tem militonto burro cérebro lavado que mora de favor na casa da sogra e fez depósito para ajudar o quadrilheiro.

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