Dilma: O Brasil não negocia a sua soberania

O Brasil não negocia a sua soberania. Foi o que disse a presidenta Dilma Rousseff nesta quarta-feira (25), em Nova Iorque, em entrevista coletiva, sobre denúncia de violação das comunicações e de dados do governo brasileiro pela Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos. Nesta terça-feira (24), durante discurso de abertura da 68ª Assembleia-Geral das Nações Unidas, Dilma propôs estabelecimento de um marco civil multilateral para a governança e uso da internet e de medidas que garantam uma efetiva proteção dos dados.
“Nada do que foi dito era do desconhecimento das autoridades americanas, nada. Todo processo que desencadeou isso, do qual nós não temos a menor responsabilidade, ele implica necessariamente em uma atitude do país, porque não se transige, nenhum governo pode transigir nem com os direitos civis e a privacidade da população, nem tampouco pode negociar sua soberania”, disse a presidenta.
Dilma afirmou que é possível elevar o patamar das relações entre Brasil e Estados Unidos, mas para isso as condições têm que ser construídas.
“Eu enxergo que essa resposta, de como é que se prosseguirá, é uma resposta que terá que ser construída a partir de medidas que devem ser tomadas. O que nós colocamos sempre é que era necessário, primeiro, para tratar do que tinha ocorrido, desculpas; segundo, para tratar do futuro, uma clara determinação de não acontecer. E isso terá que ser construído porque a relação do Brasil com os Estados Unidos é um relação estratégica para os dois países e não é possível deixar algo como isso sem controle”, afirmou.
Reproduzido do Blog do Planalto.
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Comentários

Anônimo disse…
A mídia noticiou o discurso da Dilma na ONU com a devida formalidade que cabe ao pronunciamento de um presidente. Mas ficou um gosto amargo na boca daqueles que presenciaram a presidente pedir uma regulamentação internacional para a espionagem numa atitude infantil. Ela quer que os Estados Unidos, o país mais vulnerável ao terror, deixe de xeretar o resto do mundo. E se assim o fizer, terá que obedecer as regras que agora o Brasil vai impor. Seria cômico se não fosse sério, claro.
A presidente falou para um plenário cheio, mas vazio de representantes americanos. Nem mesmo Obama apareceu por lá para ouvir o pito brasileiro à sua intromissão na vida dos outros países. Ah, a Dilma também falou que a espionagem fere “o direito internacional, os direitos humanos, a soberania dos países e as liberdades civis”. Discurso bonitinho, mas vazio.