MÉDICOS E MÉDICOS




Tenho participado de discussões nas mídias sociais a respeito da vinda de médicos formados em universidades além do território nacional.
 Interessante é que agora começam a ser desvelados alguns vícios que se mantinham escondidos e que serviam para privilegiar castas.
 Sempre fui contra uma entidade regular o direito de exercer profissão, seja ela qual for.
 No caso de profissões de nível superior, legítimo é o direito da habilitação por uma universidade.
Entidade de classe é para atender interesse da sua classe ou categoria profissional.
Assim é o Conselho Federal de Medicina uma entidade que legitimamente defende os interesses de uma categoria.
 Quando digo interesse não tem nada de errado.
Até ai, compreensível.
 Quando se posicionam contra a vinda de médicos do exterior, me perdoem a analogia, é a mesma coisa que acontece quando o Estado para atender uma demanda e baixar o custo, importa uma determinada mercadoria.
Naturalmente o setor produtivo nacional não irá ficar contente, pois, a escassez é sinônimo de maior valorização do produto, ou seja, aqueles médicos que são contra a vinda de estrangeiros trabalharem no Brasil, simplesmente temem a redução do custo do seu serviço por haver uma maior oferta
É uma relação econômica o que está sendo discutido.
 O curso de medicina, com exceções, sempre foi visto por aqueles que pretendem ingressar na faculdade como rentável.
 Esse é o viés.
 Como todo negócio de venda de serviços, a concentração da oferta está junto aos locais de maior circulação de pessoas ou concentração de riquezas, em outras palavras, na maioria absoluta das vezes, nas grandes cidades.
Não se trata de um problema de qualidade de vida o motivo de profissionais médicos não desejarem ir aos sertões, mas tão somente de perspectiva de lucro.
 O valor ofertado pelo governo Dilma, ainda que interessante, não consegue demover das grandes cidades, profissionais que não se dispõe a trabalhar com outra faixa social diferente da sua.
  Precisa ser entendido que eles estão pouco se lixando para a ida de médicos estrangeiros ao interior, temem a queda do valor dos seus serviços e principalmente que esses profissionais venham oferecer um atendimento qualificado.
 Toda a argumentação criada para barrar o direito do acesso do pobre ao atendimento médico cairia por terra.
 Inexiste conflito de médicos brasileiros versus médicos estrangeiros, mas tão somente de interesses protecionista de mercado.

E, cá entre nós, considerar saúde apenas como produto de mercado fere a dignidade humana e por isso, pode-se dizer a pessoa que procura atendimento de saúde pouco se interessa que língua fala, que ideologia professa, quer apenas alguém capacitado para lhe restituir a saúde. 
Hilda Suzana Veiga Settineri

Comentários

Unknown disse…
Porque os medicos dos hospitais tucanos de SP recebem da SECONCI e nao do governo? ---- A SECONCI è uma organizacao de engenheiros que explora medicos, PODE? ----
SERÀ LAVAGEM DE GRANA PUBLICA? Serà que corre os 30% do PROPINAO? ou SERÀ ESCRAVIDAO DOs MEDICOS PELOS TUCANOS? Vejam ______ Em 2006, o SECONCI-SP se qualificou como Organização Social pelo Município de São Paulo, passando a administrar três Unidades de Assistência Médica Ambulatorial (AMA´s), neste ano as Unidades, estava sob a administração da Superintendência do Hospital Vila Alpina – Unidade de Negócio SECONCI-SP, permanecendo nesta gestão por dois anos. Atendendo ao Edital publicado no Diário Oficial da Cidade de São Paulo de interesse público 01/2008-NTCSS-SMS-G Núcleo de Contratações de Serviços de Saúde, cujo objeto era o gerenciamento das Unidades de Saúde existentes no Território Penha/Ermelino Matarazzo a OSS SECONCI encaminhou uma proposta técnica, sendo aprovado em Março de 2008, com a assinatura de mais uma Parceria com a Secretaria Municipal de Saúde – SP, denominado Contrato de Gestão, neste mesmo ano, atendendo às exigências contratuais de a empresa vencedora ter no Território em que atua sede própria, foi criada a Superintendência de Atenção à Saúde – SAS SECONCI-SP, mais uma das Unidades de Negócio do SECONCI, que assumiu a responsabilidade de administrar e gerenciar Unidades de Saúde no Território Penha/Ermelino Matarazzo, bem como o gerenciamento das Unidades de Assistência Médica Ambulatorial – AMAS, por se tratar de uma parceria com a Secretaria Municipal de Saúde do São Paulo- SMS-SP, estratégia esta desenhada pela Direção e Conselho Administrativo do SECONCI. Através do Contrato de Gestão a Superintendência de Atenção a Saúde - SAS se faz presente em mais de 40 Unidades de Saúde (UBS’s, CAPS’s, AMA’s, Ambulatórios de Especialidades, Centro de Especialidades Odontológicas) do Território Penha/Ermelino Matarazzo. Através do Termo de Convênio a SAS/SECONCI realiza o gerenciamento de três AMAS Tradicionais na região de Vila Prudente/Sapopemba, sendo elas: AMA Vila Oratório, AMA Vila Califórnia e AMA Hermenegildo e uma AMA Hospitalar na região Mooca/Aricanduva, AMA Ignácio Proença de Gouvêa.