Min. Helena Chagas é chamada a explicar apoio maciço ao PIG

A ministra-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Helena Chagas, recebeu na manhã desta quinta-feira o requerimento do deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS), protocolado na véspera, junto ao Gabinete da Liderança do Partido dos Trabalhadores na Câmara dos Deputados, para que ela explique aos parlamentares petistas os critérios utilizados para o direcionamento da mídia publicitária do Governo Federal. No documento, Pimenta solicita a realização de um seminário, em data a ser definida, sobre a Democratização dos Meios de Comunicação no Brasil e que, além da ministra Helena Chagas, também sejam convidados representantes de blogueiros, das rádios comunitárias, além de representante das mídias regionais do Brasil.
– Quero levar para dentro da bancada do PT este debate. Já estamos há mais de 10 anos com Governos populares neste país, com o presidente (Luiz Inácio) Lula (da Silva) e agora com a presidenta Dilma (Rousseff), mas em praticamente nada se alterou a concentração das verbas publicitárias do Governo Federal para os grandes meios de comunicação, em detrimento de uma política de afirmação de uma mídia regional e de formas alternativas de informação – criticou Pimenta.
Outra discussão que o deputado tem levantado é o processo de judicialização, orquestrado pelos grandes grupos de comunicação “com apoio de um Judiciário conservador”, para asfixiar e calar pelo bolso (mesmo método utilizado na época da ditadura) jornalistas independentes e profissionais com atuação em mídias alternativas, como sites e blogs. O episódio mais recente desse processo de judicialização foi contra o site VioMundo, do jornalista Luiz Carlos Azenha, condenado a pagar R$ 30 mil ao diretor de Central Globo de Jornalismo, Ali Kamel.
Mais um presente
Não bastasse amealhar mais de 70% de todas as verbas públicas de publicidade do governo federal, as grandes empresas do setor de jornais, revistas, livros, rádio, televisão e internet receberam mais um presente da presidenta Dilma, que reduziu as contribuições sociais das empresas. Segundo o jornalista Altamiro Borges, coordenador do Instituto Barão de Itararé, centro de estudos especializado em mídia, “na sua perigosa política de desoneração da folha de pagamento, o governo Dilma anunciou nesta semana um presentão para os donos da mídia. Globo, Veja, Folha e Estadão, entre outros veículos, nem festejaram a bondade presidencial, já que o seu esporte favorito é atacar o governo, ocupando o lugar da oposição demotucana. Segundo o sítio Meio&Mensagem, o ministro Guido Mantega baixou duas medidas que reduzem os tributos das empresas de comunicação, acatando proposta do senador Francisco Dornelles”.
“O decreto beneficia diretamente os setores de jornais, revistas, livros, rádio, televisão e internet. Ele reduz as contribuições sociais das empresas, de 20% da folha de pagamento para 1% a 2% do faturamento”, acrescentou.
“Estima-se que o setor de mídia venha a economizar R$ 1,2 bilhão por ano a partir de janeiro de 2014, quando o benefício entra em vigor”, revela o jornalista Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa.
“Para piorar, o governo não impôs qualquer contrapartida, como a manutenção do emprego dos trabalhadores. Desde o final do ano passado, os impérios midiáticos têm desempregado centenas de profissionais. Nesta semana, o Estadão demitiu um quarto dos seus jornalistas. Como antídoto contra a crise mundial, o governo desonera a folha de pagamento e não exige qualquer contrapartida. Baita presentão! Uma bondade, à custa dos cofres públicos, de R$ 1,2 bilhão. Se a intenção é acalmar a ira dos barões da mídia, não passa de mais uma ilusão da presidenta Dilma no seu “namorico” com o principal partido da direita nativa. Lamentável!”, critica Borges. Fonte: Correio do Brasil.

Comentários

Salomão disse…
quinta-feira, 28 de março de 2013 | 07:29


Comparados ao pós-graduado Sergio Cabral, os candidatos Lindbergh e Garotinho ainda estão no jardim de infância em matéria de corrupção
Carlos Newton

Está eletrizante a disputa da sucessão no Estado do Rio de Janeiro. O governador Sergio Cabral, para defender o candidato peemedebista Luis Fernando Pezão, municiou a revista Época com material contra o petista Lindbergh Faria, denunciando que ele teria recebido propinas quando estava na prefeitura de Nova Iguaçu.



Cabral dança “na boquinha da garrafa”, em Paris

A acusação não representa novidade, pois é motivo de processo no Supremo Tribunal Federal, que Lindberh diz não temer. A grande surpresa nesse caso é ver dois políticos corruptos ao extremo, como o atual governador e seu vice (que poderiam até formar a dupla caipira “Mão Grande e Pezão”, como sugeriu o comentarista Darcy Leite, aqui na Tribuna), denunciando justamente por corrupção um adversário que ainda não foi nem julgado. E mesmo se fosse condenado, Lindbergh ainda precisaria roubar muito – mas muito, mesmo – para se igualar a eles.

Cabral “Mão Grande” é o chefe da quadrilha e Luis Fernando “Pezão” é o subchefe, até as paredes do Palácio Guanabara conhecem essa realidade. Outro grande destaque da gangue é o secretario de Saúde Sergio Cortes, que se tornou milionário de uma hora para outra, comprou uma cobertura triplex na Lagoa Rodrigo de Freitas, com cinco vagas na garage, em dinheiro vivo, não é para qualquer um. E se tornou vizinho de Cabral no luxuoso condomínio Portobello em Mangaratiba.

Cabral, menino de classe média baixa, criado no subúrbio de Cavalcanti, nunca trabalhou na iniciativa privada e ficou rapidamente milionário na política, graças ao envolvimento com empresários e fornecedores do governo, especialmente Fernando Cavendish, da construtora Delta, que durante algum tempo foi seu concunhado, quando Cabral largou a esposa para ficar com Fernanda Kfouri, que morreu no acidente de helicóptero na Bahia e era irmã de Jordana, mulher do empreiteiro.

Quem está gostando dessa briga é o deputado Anthony Garotinho, do PR, que também vai disputar a sucessão de Cabral. Perto da riqueza do atual governador, tanto Lindbergh como Garotinho são apenas aprendizes e estão no jardim de infância. Nenhum dos dois faz demonstrações ostensivas de enriquecimento ilícito. Quanto a Cabral, é um profissional consagrado e tem pós-graduação em corrupção, feita em Paris, é claro, com os colegas da famosa “Turma do Guardanapo”.

PESQUISA GNPP

Em quem você votaria para Governador do Estado do Rio se a eleição fosse hoje?

Garotinho 17,6% / Lindberg 17,4% / Cesar Maia 15,3% / Pezão 11,6% / Sirkis 2,3% / Branco+Nulo 19,7% / Não sabe 16,2%.

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