Lula recebe alta após retirada de cateter

NOTA À IMPRENSA
São Paulo, 14 de junho de 2012
Abaixo nota do hospital Sírio-Libanês sobre a alta do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na tarde de hoje (14).
Fotos da saída do ex-presidente do hospital após operação para retirada do cateter disponíveis em PICASA.
AVISO DE ALTA
14/06/2012 - 16h15
O ex-presidente da República, Sr. Luiz Inácio Lula da Silva, recebeu alta hoje do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, após serem concluídas com sucesso a reavaliação da laringe e a remoção do cateter empregado para quimioterapia.
A reavaliação da laringe, que incluiu avaliação endoscópica e tecidual, revelou ausência de neoplasia. Novos exames de rotina serão realizados no futuro.
O paciente é assistido pelos Profs. Drs. Roberto Kalil Filho, Paulo Hoff, Artur Katz, Luiz Paulo Kowalski, João Luiz Fernandes da Silva e Julio Cesar Saucedo Marino.
Dr. Antonio Carlos Onofre de Lira - Diretor Técnico Hospitalar
Dr. Paulo Cesar Ayroza Galvão - Diretor Clínico

Comentários

Anônimo disse…
É triste, saber que o Lula teve a oportunidade de se mostrar que veio da Classe trabalhadora e proteger aqueles que deram um pouco da sua vida profissional para o Brasil e ver o tão quanto foi esperto para aproveitar a época, o dia e a hora "Copa de 2010, Brasil e Chile" , para vetar o fator previdenciário (mantê – lo prejudicando o trabalhador na hora de se aposentar). Onde todos estavam com olhar voltado para o jogo que nem perceberam o quanto foram apunhalados pelas costas, pela então o que se dizia "Companheiro".
Hoje vejo o quanto me desperdicei apoiando a CUT, o PT, a ponto de os defenderem e levantar a sua bandeira.
ESQUERDA NEOFACISTA NUNCA MAIS, Abraços a todos que lideram pela causa de um país aonde nossos filhos, nossos netos sejam respeitados.
Observação: Peço a todos internautas que divulguem o meu manifesto.
Eduardo Campos disse…
Globalização do poder financeiro

Com a queda das Bolsas dos países asiáticos, no dia 27 de outubro do ano passado, o mundo viu, por um instante, o fantasma da depressão que em 19 de outubro de 1987 e em 28 e 29 de outubro de 1929 assombrou os países capitalistas.

Quem controla os mercados? Os estados ou as instituições financeiras?

Na primeira semana de dezembro de 1997 a editora Galilée lançava em Paris a terceira edição do livro de Ignacio Ramonet, Geopolítica do caos — Mundialização, cybercultura e caos político, que questionava, polemicamente, o futuro das economias globalizadas. O autor, que além de ser economista é também o diretor do conceituado mensal francês Le Monde Diplomatique, em apenas 168 páginas, evidenciava todas as deformações estruturais e políticas da globalização econômica e financeira, desvendando a eficácia das temáticas neoliberais com relação ao poder ajustador do mercado, à livre concorrência e aos fluxos do capital "volátil".

De fato o jornal O Globo — que sempre defendeu a ideologia neoliberal alugando suas páginas ao deputado Roberto Campos —, desta vez não recorreu às prosaicas palavras de seu comentarista "de honra", como fez no mês de setembro, quando Roberto Campos assinou uma "crítica global" contra o livro O horror econômico — o primeiro, publicado nos últimos três anos, que questiona a fundo as teorias econômicas do neoliberalismo. No caso de Geopolítica do caos, O Globo e Roberto Campos se calaram, pois não havia como argumentar e manipular os leitores, logo após a amargura do "pacotão" de Fernando Henrique.

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Eduardo Campos disse…
Continuação 1 :

Bretton Woods e o dólar

Ignacio Ramonet chega a afirmar que "...A globalização financeira criou seu próprio Estado multinacional, que dispõe de estruturas, poder de influência e uma metodologia de intervenção própria, elaborada e materializada através da ação do Fundo Monetário Internacional (FMI), o Banco Mundial; a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento (OCDE) e a Organização Mundial do Comércio (OMC, ex-GATT)...— sublinhando que — ... O poder desse Estado mundial, que representa o sistema financeiro, é cada vez mais onipresente nas atuais sociedades que, diante disso, acabam de perder seu poder original e a soberania..".

As indagações de Ramonet não influenciaram apenas os economistas "não liberais" de Paris. Elas já começam a contemplar profundos trabalhos de análise crítica ao neoliberalismo fora da França, como o estudo recentemente realizado pelo Grupo de Quebec, presidido pelo professor Michel Choussudovsky (A social-democracia diante da Mundialização) e pelo grupo de Lisboa, dirigido por Ricardo Petrella, que brevemente vai publicar em Bruxelas o estudo Desarmamento financeiro.

Entretanto todos esses trabalhos têm um ponto de partida em comum: Bretton Woods e a Guerra Fria. De fato, em 1944 os Estados Unidos, aproveitando-se do difícil desfecho da Segunda Guerra Mundial, obrigavam seus aliados a aceitar o sistema de paridade fixa do dólar, que, assim passava a ser o indexador principal de todos os sistemas econômicos e cambiais do mundo. Em pouco tempo, a estabilidade das moedas e o volume de reservas adquiriram uma característica ideológica no conflito com o bloco soviético. Pois, para impor o modelo de desenvolvimento capitalista, os estados europeus e os EUA transferiram para as "instituições financeiras" a tarefa de financiar os investimento para o crescimento das infra-estruturas e o desenvolvimento da indústria privada.

O Plano Marshall foi a principal operação da época que permitiu às "instituições financeiras" medir seu poder de influência na definição política e programática das sociedades. Assim foi na "reconstrução" da Alemanha Ocidental com Adenauer e os antigos banqueiros do nazismo. Na Itália com De Gasperi e a aristocracia financeira e industrial monarquista que apostou seu enriquecimento no fascismo. Assim foi nos outros países europeus, no Japão e até na neutra Suécia, onde a poderosa família Wallemberg, após ter trabalhado com o marco do Reicht de Hitler, colocava seus bancos à disposição dos dólares e das libras!!!

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Eduardo Campos disse…
Continuação 2 :

Petrodólares e FMI

Em 1971 diante do volume de petro-dólares que inundava os bancos ocidentais, os EUA decidiram acabar com a paridade fixa com o dólar, dando ao setor financeiro ocidental a oportunidade de começar a gerenciar as conseqüências que a crise do petróleo e a política do FMI começavam a determinar nas moedas dos países emergentes.

Durante a década de 80, Ronald Reagan e Margareth Thatcher ao manipular sua política cambial conseguiram transferir o ônus da dívida norteamericana e britânica para os Bancos Centrais dos países do Terceiro Mundo. A valorização do dólar seguida pelas medidas "sugeridas" pelo FMI, entre as quais uma desvalorização progressiva em relação ao dólar e a tomada de empréstimos "em dólares", fez com que os países emergentes do Terceiro Mundo ficassem atolados no pântano da dívida externa, contraída com as instituições financeiras norte-americanas e européias.

Com uma dívida quase impagável em função dos juros altos aplicados pelas instituições financeiras, públicas e privadas do Ocidente, o Citybank, o Barkley, o Banco de Boston, o Standard Chartered, o Merryl, a UBS, o Commerzial Bank, o Banque de Paris, o Credit Lyonnaise e tantos outros, finalmente podem começar a intervir diretamente na política interna dos países devedores. Assim, eles têm a garantia de que não haverá moratória, e o fluxo de pagamentos das taxas de juros continuará constante. Pois o aumento da dívida externa dos países emergentes é fundamental para as instituições financeiras ocidentais, uma vez que é com o fluxo do pagamento das taxas de juros que elas financiam (desta vez a juros baixíssimos) os projetos das multinacionais nos países devedores.

Parece absurdo mas os dólares que o governo brasileiro pedia emprestado ao FMI para pagar o Citybank de Nova Iorque, depois eram redepositados nos cofres do Citybank de São Paulo para financiar os investimentos da Ford ou da General Motors!!!

Entretanto, a produção "moderna" das multinacionais nos países emergentes do Terceiro Mundo, obrigava seus governos a "modernizar também seus mercados com a abertura às importações dos países ocidentais e com a transferência dos lucros do investidor estrangeiro. Por exemplo: o Banco do Japão lucrava com o contínuo refinanciamento da dívida externa de vários países emergentes da Ásia, que pagavam, em média, taxas de 12% a até 18% ao ano. Com esse montante o mesmo banco financiava a implantação de complexos industriais no exterior, vendendo dólares às suas multinacionais (Toyota, Mitsubishi, Honda, JVC, Panasonic etc.) à taxa de 4,2% ao ano, ou dava uma cobertura aos contratos de exportação com um empréstimo em dólares entre 6% e 8%.

Essa prática fez com que as moedas fortes — dólar, marco alemão, dólar canadense, iene japonês, libra e dólar de Hong Kong — começassem a viver de outro tipo de valorização, baseado não no crescimento do seu PIB nacional, mas, sim, na velocidade com que elas cruzavam as políticas cambiais dos países emergentes do Terceiro Mundo.

Praticamente essa é a época em que as multinacionais e os bancos privados estrangeiros se instalam solidamente em quase todos os países do Terceiro Mundo que possuem um potencial econômico ainda não explorado e com um mercado interno quase virgem.

Mas é também o período em que a corrida aos armamentos aeroespaciais alcança as suas extremas conseqüências e Reagan ganha a batalha estratégica sobre a URSS, cujo planejamento financeiro ficou completamente desarticulado, preanunciando sua gradual e definitiva crise.

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Eduardo Campos disse…
Continuação 5 :

Wall Street quebra em 87, em 97 e em 98

A 19 de outubro de 1987 a Bolsa de Valores de Nova Iorque quebrou, registrando uma queda brutal de 12,5% que zerou quase todos os ativos dos acionistas. Mas houve logo uma retomada, graças à intervenção da mídia, que justificou o tropeço de Wall Street apenas "...pelo irracional uso dos Junk Bonds (título de risco norte-americano de longo prazo)...". Nada foi dito e escrito do irracional uso do capital especulativo que já controlava a própria Bolsa de Nova Iorque. Os poucos jornalistas do Washington Post e do Daily Mirror que tentaram denunciar esse fato foram logo afastados das colunas de economia e finança até hoje!!!.

Por exemplo: Donald Trump, dono da American Lines, comprou 55% das ações desvalorizadas de uma pequena empresa de motores aéreos e 30% de seus Junk Bonds. Com a cumplicidade da mídia, jornais e televisões logo anunciavam a futura reestruturação da empresa e isso provocava a imediata valorização de suas ações em Wall Street. Logo a corretora de Donald Trump vendia grande parte de ações adquiridas anteriormente até o início da reestruturação, isto é: o fechamento da empresa, a dispensa "temporária" de 90% de seus trabalhadores até a nova diretoria definir novas opções de mercado. Imediatamente essa operação provocava um processo de desvalorização que acabava quando as corretoras ligadas a Donald Trump haviam conseguido recuperar 90% das ações e 100% dos Junk Bonds. A partir desse momento a empresa era automatizada com a introdução de tecnologia avançada e 35% do seu capital acionário era vendido na Bolsa a preços ainda maiores, enquanto os antigos Junk Bonds eram substituídos por outros, mas com prazo menor.

É claro que esse mecanismo especulativo quebrou em 1987, mas pelo fato de ser apenas norte-americano, não modificou o rumo que os neoliberais queriam continuar a dar à economia mundial, pois o mesmo mecanismo, para sobreviver se espalha para os países emergentes do Terceiro Mundo. E não é por acaso que Alan Greenspan, presidente da Reserva Federal dos EUA, desautorizava qualquer tipo de crítica, afirmando que em 1987 houve apenas "erros irracionais que não influem no sistema global das transações".

Na realidade a crise de 1987 foi apenas um prelúdio norte-americano que teve alguns reflexos em 1991 e em 1995, para depois explodir violentamente na Ásia em 1997 e continuar a provocar contínuas baixas em todo o mundo já no início de 1998.

Agora, para os neoliberais o grande problema é como salvar o modelo macro-econômico neoliberal e suas instituições políticas. No Brasil, diante da incapacidade de André Lara Rezende e Antônio Kandir de criar uma alternativa que não destrua o palanque do Plano Real, essa operação está sendo realizada pela mídia que tenta desviar a atenção da população, em particular da classe média pelo menos até as eleições de novembro!!!

De fato, para salvar a imagem do Plano Real e do presidente Fernando Henrique —que como os presidentes da Tailândia, das Filipinas, da Malásia e de Cingapura, construiu o processo de estabilidade cambial do Real apoiando-se exclusivamente no fluxo de capital especulativo —, respeitáveis jornais, entre os quais a Gazeta Mercantil e a Tribuna da Imprensa, chegaram a acusar os irmãos bilionários George e Paulo Soros do ataque especulativo à Bolsa de São Paulo, pretendendo convencer seus leitores de que sem os "maldosos gregos bilionários" a Bolsa de São Paulo e o Real estariam fortes e seguros como em 1996!!!

Achille Lollo
Editor do Jornal Nação Brasil

Órgão Oficial da Associação dos Empregados de Furnas

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Eduardo Campos disse…
NOVOS TIGRES ASIÁTICOS TAILÂNDIA CAPITAL ESPECULATIVO