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Eduardo Campos disse…
Atualizado às: 07 de julho, 2005 - 05h31 GMT (02h31 Brasília)


Sob pressão, líderes do G8 se reúnem na Escócia

Márcia Freitas
enviada especial a Gleneagles





Os líderes do G8 jantaram com a rainha Elizabeth 2ª nesta quarta

Em meio a pressões de ONGs e manifestantes, os líderes do G8 (grupo dos sete países mais ricos do mundo mais a Rússia) dão início nesta quinta-feira às discussões em Gleneagles, na Escócia.

O primeiro compromisso dos líderes foi um jantar oferecido pela rainha Elizabeth 2ª nesta quarta-feira, que abriu oficialmente a cúpula do grupo formado pelos sete países mais ricos do mundo mais a Rússia.

Antes mesmo do início do evento, no entanto, os músicos Bono, do U2, e Bob Geldof, que organizaram os shows do Live 8 no último sábado, disseram à imprensa que parece não haver até agora um acordo que possa ser considerado satisfatório.

"Existe uma impressão de que não há ainda um acordo em relação aos US$ 50 bilhões em ajuda anual à África e também em relação ao abatimento da dívida dos países africanos", afirmou Bono.

Geldof disse que eles se encontraram nesta quarta-feira com o primeiro-ministro britânico Tony Blair, com o presidente americano, George W. Bush, e com o chanceler alemão, Gerhard Schröder.

Segundo o músico britânico, este encontro do G8 está se mostrando muito diferente dos outros do grupo porque não há ainda, no primeiro dia da cúpula, um acordo sobre qual será a declaração final.

Os músicos falaram ao lado do cantor senegalês Yossou N’Dour e do ator americano George Clooney.

Propostas

Os ativistas da campanha Make Poverty History (ou Faça da Pobreza uma Coisa do Passado) afirmam que não haverá o que eles consideram um avanço em nenhum dos três pontos referentes à questão da África – comércio, ajuda financeira e abatimento da dívida.

Eles dizem, por exemplo, que a proposta de abatimento da dívida de 18 países deveria ser ampliada para incluir cerca de 60 nações.

Outra crítica feita em relação ao abatimento da dívida é de que ele estaria sendo oferecido sob condições "obscenas", de privatização e liberalização dos mercados dos países pobres, segundo Kumi Naidoo, representante da campanha Global Call Against Poverty, que participa da coalizão Make Poverty History.

Em relação à promessa feita por alguns líderes do G8 de dobrar a ajuda financeira para a África, os representantes da campanha afirmam que isso deve significar a disponibilização de recursos agora, e não apenas em cinco anos.

Os líderes de Estados Unidos, Japão, Canadá e União Européia afirmaram em ocasiões anteriores que iriam dobrar a ajuda à África até 2010.

Eles também estão insatisfeitos com a falta de acordo no que diz respeito à derrubada de barreiras e subsídios por parte dos países desenvolvidos, o que é considerado imprescindível para que os produtos africanos tenham mais acesso aos mercados internacionais.

Geldof disse que o presidente americano voltou a afirmar que está disposto a acabar com os subsídios que oferece atualmente aos seus produtores agrícolas, caso a União Européia faça o mesmo.

Já o presidente da Comissão Européia, José Manuel Barroso, afirmou nesta quarta-feira em Gleneagles que o bloco está disposto a acabar com subsídios dados a produtos de exportação caso os outros parceiros no mercado mundial também o façam.

Discussões

A questão da África só estará em discussão na cúpula do G8 na sexta-feira.

Também participarão do evento os líderes de Nigéria, África do Sul, Etiópia, Tanzânia, Argélia, Gana e Senegal.

Nesta quinta-feira, quando acontece a primeira reunião de trabalho da cúpula, os líderes tentarão obter um consenso sobre como avançar na questão de mudança climática, considerado um dos pontos mais controversos do encontro.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os líderes de China, Índia, África do Sul e México, também estarão em Gleneagles para discutir o assunto.


http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2005/07/050707_marcia2.shtml
Eduardo Campos disse…
Atualizado às: 05 de julho, 2005 - 09h17 GMT (06h17 Brasília)


Análise: Acordo do G8 promete muita retórica e poucos detalhes

David Lyon






Questão da África pode não ser resolvida, mais uma vez, apesar do Live 8

O encontro do G8 começa nesta quarta-feira, na Escócia, com duas metas bem claras: chegar a um acordo sobre como acabar com a pobreza na África e alcançar um consenso sobre como evitar mudanças climáticas causadas pela poluição.

Um acordo sobre a África é muito mais provável do que sobre o clima.

Já há acordos-chave fechados em relação à dívida externa de países africanos e também à ajuda a esses países.

Os 18 países mais pobres do continente vão ter suas dívidas totalmente perdoadas pelo FMI (Fundo Monetário Internacional), Banco Mundial e também pelos países credores, enquanto o esquema de redução da dívida está sendo ampliado.

A Nigéria, o país mais populoso da África, que antes não havia se qualificado para entrar no esquema, conseguiu convencer os credores nos últimos dias de que está fazendo o suficiente para combater a corrupção, garantindo assim o perdão de parte de suas dívidas.

Na questão da ajuda, o presidente americano, George W. Bush, anunciou na semana passada que vai dobrar a ajuda para a África até 2010.

O anúncio segue o exemplo da Itália, Alemanha, França e Grã-Bretanha, que já haviam prometido aumentar a ajuda para o continente. Ao todo, a África deve receber US$ 25 bilhões em ajuda a mais por ano.

Comércio

Se a ajuda já está garantida, reformas no sistema de comércio mundial para garantir condições mais justas para a África serão muito mais difíceis de ser alcançadas.

O objetivo é diminuir os subsídios pagos aos agricultores e reduzir as tarifas de importação, para que fazendeiros africanos tenham melhores condições de competir no mercado internacional.

A União Européia aprovou algumas reformas, está cortando alguns subsídios e transferindo outros, para que os agricultores sejam beneficiados por não poluir o ambiente, e não pela produção.

Mas a Grã-Bretanha quer cortes mais radicais. O secretário de Desenvolvimento Internacional, Hillary Benn, disse recentemente em um discurso que a "Europa não pode liderar o mundo na questão do desenvolvimento, enquanto suas políticas de agricultura e subsídio enfraquecerem a habilidade de comércio dos países em desenvolvimento, que os ajudaria a se livrar da pobreza".

A discussão ainda nem começou nos Estados Unidos e Japão, que pagam altos subsídios aos agricultores, apoiados por poderosos lobbies.

O comunicado final em Gleneagles, provavelmente, será rico em retórica, mas pobre em detalhes.

O que tornará mais fácil para os países desenvolvidos evitar concessões na próxima rodada de negociações na Organização Mundial do Comércio em Hong Kong, em dezembro, apesar de esta estar sendo chamada de "rodada dos países em desenvolvimento".


http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2005/07/050704_g8retoricaba.shtml
Eduardo Campos disse…
Atualizado às: 02 de julho, 2005 - 08h58 GMT (05h58 Brasília)

Estrelas reais são os líderes do G8, diz Geldof


Bob Geldof organizou também o primeiro Live Aid, em 1985

Os líderes do G8 (grupo dos países mais ricos do mundo) são as verdadeiras "estrelas do show", disse Bob Geldof, o idealizador dos concertos do Live 8, em uma carta aberta publicada em jornais britânicos.

O fracasso em "dar um passo histórico" no encontro da próxima semana do G8 na cidade escocesa de Gleneagles seria uma traição aos pobres do mundo, disse ele.

Geldof disse que o G8 teria o maior "mandato para ação na história" para acabar com a pobreza que "mata 50 mil pessoas por dia".

Os concertos do Live8 estariam acontecendo para que os líderes possam dar este passo definitivo para acabar com a pobreza, diss o ex-vocalista da banda Boomtown Rats.

Reivindicações

"Não vamos aplaudir meias medidas ou a política de sempre", disse Geldof.

"Hoje vai haver barulho, música e diversão, a alegria de se vislumbrar grandes possibilidades."

"Na sexta-feira, vai existir um grande silêncio enquanto o mundo aguarda o veredicto de vocês."

A carta pede para os líderes doarem cerca de outros US$ 25 bilhões (pouco menos de R$ 60 bilhões) para a África, além de destinarem a mesma quantia para os outros países mais pobres do globo.

O encontro de quarta-feira também deve confirmar o cancelamento da dívida externa de todos os países que necessitarem do perdão, disse ele.

Devem ser tomadas "medidas definitivas" para permitir que os países pobres construam suas próprias economias e acabem com acordos comerciais injustos, escreveu Geldof.

"Não nos frustrem, não criem uma geração de cínicos, não traiam os desejos de bilhões e as esperanças dos mais pobres do mundo."



http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/story/2005/07/050702_geldofrc.shtml
Eduardo Campos disse…
líderes dos países mais ricos do mundo se encontraram em Julho de 2005