Redes sociais são utilizadas por 60% dos profissionais para se comunicar

Pesquisa da Adecco entrevistou 500 funcionários brasileiros e descobriu que apenas 2% já foram advertidos pelo que compartilham.
A crescente popularidade das redes sociais no Brasil tem contribuído para modificar o comportamento dos funcionários. Segundo pesquisa conduzida pela Adecco, empresa de gestão de recursos humanos, 58% deles as utilizam para se comunicar profissionalmente.
O número pode não ser expressivo, mas mostra que portais como Facebook, Twitter e Orkut deixaram de ser vistos apenas como opções de lazer na web – o LinkedIn, embora também tenha entrado no estudo, sempre teve o público corporativo como alvo.
Para Fabiane Cardoso, coordenador da companhia no Brasil, os usuários devem ficar atentos já que seus perfis nas redes podem ser vistos como “espelhos de suas personalidades”.
“Em um processo seletivo, certos posts podem ser determinantes para conquistar um novo emprego. Claro que esse tipo de consulta na Internet varia de empresa para empresa. Por isso, o mais recomendável é o bom senso sempre”, disse.
Os setores que mais acompanham a vida online de empregados e candidatos são, na ordem, os de segurança, finanças e indústria. “Muitas fotos em festas, onde se nota a presença de bebida alcoólica ou outros vícios, costumam levar à desclassificação”, disse Fabiane, tomando os processos conduzidos pela Adecco como referência.
De acordo com estudo, um terço dos funcionários não tem acesso às redes sociais do escritório – o que prova que boa parte leva trabalho para casa – e apenas 27% das empresas não fazem qualquer tipo de restrição quanto à sua utilização.
Somente 2% dos 500 entrevistados já receberam algum tipo de advertência da companhia pelo o que compartilham. A baixa porcentagem pode ser explicada por outros dois índices: 73% afirmaram não falar sobre trabalho nas redes sociais, enquanto que 10% disseram comentar tais assuntos diariamente.
Vale lembrar que a maioria dos portais permite limitar o acesso a determinadas publicações. Tanto no Facebook quanto no Orkut, por exemplo, é possível deixar uma foto visível apenas para os amigos mais próximos.

Comentários

Eduardo Campos disse…
Atualizado às: 07 de julho, 2005 - 05h31 GMT (02h31 Brasília)


Sob pressão, líderes do G8 se reúnem na Escócia

Márcia Freitas
enviada especial a Gleneagles





Os líderes do G8 jantaram com a rainha Elizabeth 2ª nesta quarta

Em meio a pressões de ONGs e manifestantes, os líderes do G8 (grupo dos sete países mais ricos do mundo mais a Rússia) dão início nesta quinta-feira às discussões em Gleneagles, na Escócia.

O primeiro compromisso dos líderes foi um jantar oferecido pela rainha Elizabeth 2ª nesta quarta-feira, que abriu oficialmente a cúpula do grupo formado pelos sete países mais ricos do mundo mais a Rússia.

Antes mesmo do início do evento, no entanto, os músicos Bono, do U2, e Bob Geldof, que organizaram os shows do Live 8 no último sábado, disseram à imprensa que parece não haver até agora um acordo que possa ser considerado satisfatório.

"Existe uma impressão de que não há ainda um acordo em relação aos US$ 50 bilhões em ajuda anual à África e também em relação ao abatimento da dívida dos países africanos", afirmou Bono.

Geldof disse que eles se encontraram nesta quarta-feira com o primeiro-ministro britânico Tony Blair, com o presidente americano, George W. Bush, e com o chanceler alemão, Gerhard Schröder.

Segundo o músico britânico, este encontro do G8 está se mostrando muito diferente dos outros do grupo porque não há ainda, no primeiro dia da cúpula, um acordo sobre qual será a declaração final.

Os músicos falaram ao lado do cantor senegalês Yossou N’Dour e do ator americano George Clooney.

Propostas

Os ativistas da campanha Make Poverty History (ou Faça da Pobreza uma Coisa do Passado) afirmam que não haverá o que eles consideram um avanço em nenhum dos três pontos referentes à questão da África – comércio, ajuda financeira e abatimento da dívida.

Eles dizem, por exemplo, que a proposta de abatimento da dívida de 18 países deveria ser ampliada para incluir cerca de 60 nações.

Outra crítica feita em relação ao abatimento da dívida é de que ele estaria sendo oferecido sob condições "obscenas", de privatização e liberalização dos mercados dos países pobres, segundo Kumi Naidoo, representante da campanha Global Call Against Poverty, que participa da coalizão Make Poverty History.

Em relação à promessa feita por alguns líderes do G8 de dobrar a ajuda financeira para a África, os representantes da campanha afirmam que isso deve significar a disponibilização de recursos agora, e não apenas em cinco anos.

Os líderes de Estados Unidos, Japão, Canadá e União Européia afirmaram em ocasiões anteriores que iriam dobrar a ajuda à África até 2010.

Eles também estão insatisfeitos com a falta de acordo no que diz respeito à derrubada de barreiras e subsídios por parte dos países desenvolvidos, o que é considerado imprescindível para que os produtos africanos tenham mais acesso aos mercados internacionais.

Geldof disse que o presidente americano voltou a afirmar que está disposto a acabar com os subsídios que oferece atualmente aos seus produtores agrícolas, caso a União Européia faça o mesmo.

Já o presidente da Comissão Européia, José Manuel Barroso, afirmou nesta quarta-feira em Gleneagles que o bloco está disposto a acabar com subsídios dados a produtos de exportação caso os outros parceiros no mercado mundial também o façam.

Discussões

A questão da África só estará em discussão na cúpula do G8 na sexta-feira.

Também participarão do evento os líderes de Nigéria, África do Sul, Etiópia, Tanzânia, Argélia, Gana e Senegal.

Nesta quinta-feira, quando acontece a primeira reunião de trabalho da cúpula, os líderes tentarão obter um consenso sobre como avançar na questão de mudança climática, considerado um dos pontos mais controversos do encontro.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os líderes de China, Índia, África do Sul e México, também estarão em Gleneagles para discutir o assunto.


http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2005/07/050707_marcia2.shtml
Eduardo Campos disse…
Atualizado às: 04 de julho, 2005 - 02h59 GMT (23h59 Brasília)

Cúpula da África deve aumentar pressão sobre G8


O líder líbio, Muammar Kadafi, recebeu os líderes na cidade natal dele

Líderes de países que fazem parte da União Africana devem pressionar as nações mais ricas do mundo numa cúpula na Líbia.

"A África tem vontade, mas não tem os meios", disse o ministro das Relações Exteriores da Somália, Abdullahi Sheekh Ismail.

Nesta semana, na Escócia, o G8 - formado pelos sete países mais ricos do mundo e a Rússia - vai discutir a postura em relação à África.

Mas o primeiro-ministro da Etiópia, Meles Zenawi, disse à BBC que é pouco provável que as nações ricas concordem em oferecer à África um "ambiente de comércio mais justo".

Live 8

A cúpula da União Africa ocorre depois do Live 8, que reuniu milhões de pessoas ao redor do mundo em shows para pressionar o G8.

"O G8 tem os meios e todo o suporte logístico. É muito importante que a vontade política seja combinada como os recursos que o G8 tem para ajudar a África", disse Ismail.

"Há três problemas: a pobreza, as doenças e as situações de conflito. Então, o G8 deve tomar uma série de medidas para cobrir essas três necessidades do continente."

O líder líbio, Muammar Kadafi, está sediando o encontro na cidade natal dele, Sirte.

O secretário-geral da ONU, Kofi Annan, estará presente.

A mensagem dele certamente será centralizada em como a África pode trabalhar com os países ocidentais para ajudar a resolver os problemas do continente.


http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/story/2005/07/050704_libiamt.shtml
Eduardo Campos disse…
Atualizado às: 04 de julho, 2005 - 08h16 GMT (05h16 Brasília)

G8 terá maior policiamento já visto na Grã-Bretanha


Policiais preparam-se para protesto anarquista nesta segunda-feira

O encontro de líderes do G8 (o grupo dos sete países mais ricos do mundo mais a Rússia) na Escócia será marcado pela maior mobilização policial já vista na Grã-Bretanha.

Cerca de 10,6 mil policiais britânicos estarão em Gleneagles e nas proximidades de Edimburgo para patrulhar a reunião e manifestações paralelas.

Em torno de 2 mil policiais da Inglaterra e do País de Gales já foram enviados para a Escócia e mais 4 mil devem viajar para lá antes de quarta-feira, quando começa a reunião.

Nesta segunda-feira, centenas de manifestantes estão bloqueando uma base submarina da marinha britânica em Faslane, localizada a cerca de 45 km da cidade de Glasgow.

Ainda nesta segunda-feira, uma outra manifestação, organizada por anarquistas, está programada para ocorrer em Edimburgo.

Limpeza

Quase cem garis ajudaram a limpar as ruas de Edimburgo depois que foi realizado um protesto contra a pobreza, no sábado, com cerca de 225 mil pessoas.

A manifestação fez parte da campanha "Make Poverty History" ("Faça da Pobreza Coisa do Passado", em tradução livre) no mesmo dia em que foram feitos shows de música em dez cidades do mundo, incluindo Londres.

Os policiais elogiaram a multidão pelo bom comportamento durante a manifestação e pelo "planejamento meticuloso e cooperação" dos seus organizadores.

Mas o porta-voz da Polícia disse que eles estão preocupados com o protesto desta segunda-feira por causa da expectativa de atos anarquistas.



http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/story/2005/07/050704_policiag8as.shtml
Eduardo Campos disse…
Atualizado às: 02 de julho, 2005 - 12h58 GMT (09h58 Brasília)

Marcha contra a pobreza reúne 120 mil em Edimburgo


Os manifestantes querem formar um cordão humano na cidade

Cerca de 120 mil pessoas estão participando da marcha contra a pobreza em Edimburgo, na Escócia, segundo dados da polícia local.

Os organizadores dizem esperar que o evento transmita uma mensagem pacífica aos líderes presentes no encontro do G8,que acontece na cidade escocesa de Gleneagles, na próxima quarta-feira.

O início da marcha foi atrasado devido ao grande comparecimento popular.

A intenção é formar um cordão humano ao redor do centro da cidade. Os organizadores pediram para que manifestantes usassem branco.

Polícia

O ministro da Fazenda da Grã-Bretanha, Gordon Brown, líderes escoceses, celebridades e autoridades religiosas devem discursar para a multidão. Uma mensagem do papa Bento 16 também será lida.

O perdão da dívida externa e melhores acordos comerciais para os países mais pobres são as reivindicações principais dos manifestantes.

Vários deles reclamaram por terem sido fotografados e revistados pela polícia, a caminho de Edimburgo.

Para o domingo, está prevista uma manifestação anti-guerra e, na segunda-feira, um carnaval de rua.

Este preocupa a polícia, que se diz preparada para manifestações violentas de anarquistas.



http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/story/2005/07/050702_edimbrarc.shtml
Eduardo Campos disse…
Atualizado às: 02 de julho, 2005 - 08h58 GMT (05h58 Brasília)

Estrelas reais são os líderes do G8, diz Geldof


Bob Geldof organizou também o primeiro Live Aid, em 1985

Os líderes do G8 (grupo dos países mais ricos do mundo) são as verdadeiras "estrelas do show", disse Bob Geldof, o idealizador dos concertos do Live 8, em uma carta aberta publicada em jornais britânicos.

O fracasso em "dar um passo histórico" no encontro da próxima semana do G8 na cidade escocesa de Gleneagles seria uma traição aos pobres do mundo, disse ele.

Geldof disse que o G8 teria o maior "mandato para ação na história" para acabar com a pobreza que "mata 50 mil pessoas por dia".

Os concertos do Live8 estariam acontecendo para que os líderes possam dar este passo definitivo para acabar com a pobreza, diss o ex-vocalista da banda Boomtown Rats.

Reivindicações

"Não vamos aplaudir meias medidas ou a política de sempre", disse Geldof.

"Hoje vai haver barulho, música e diversão, a alegria de se vislumbrar grandes possibilidades."

"Na sexta-feira, vai existir um grande silêncio enquanto o mundo aguarda o veredicto de vocês."

A carta pede para os líderes doarem cerca de outros US$ 25 bilhões (pouco menos de R$ 60 bilhões) para a África, além de destinarem a mesma quantia para os outros países mais pobres do globo.

O encontro de quarta-feira também deve confirmar o cancelamento da dívida externa de todos os países que necessitarem do perdão, disse ele.

Devem ser tomadas "medidas definitivas" para permitir que os países pobres construam suas próprias economias e acabem com acordos comerciais injustos, escreveu Geldof.

"Não nos frustrem, não criem uma geração de cínicos, não traiam os desejos de bilhões e as esperanças dos mais pobres do mundo."



http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/story/2005/07/050702_geldofrc.shtml
Eduardo Campos disse…
líderes dos países mais ricos do mundo se encontraram em Julho de 2005