Verônica Serra rebate acusações de "A privataria tucana" - @Veja

Reproduzido Terra Magazine:
A empresária Verônica Serra, filha do ex-governador José Serra (PSDB), divulgou uma nota em que rebate as acusações do livro "A privataria tucana", do jornalista Amaury Ribeiro Jr. "São notícias plantadas desde 2002 - ano em que meu pai foi candidato a presidente pela primeira vez - e repetidas em todas as campanhas posteriores, não obstantes os esclarecimentos prestados a cada oportunidade", afirma Verônica.
Ela desmente que tenha sido sócia de Verônica Dantas, irmã do banqueiro Daniel Dantas, do Opportunity, preso pela Operação Satiagraha da Polícia Federal, em 2008. "Da mesma forma como eu fui indicada para representar o IRR no Conselho de Administração da Decidir, a Sra. Veronica Dantas foi indicada para participar desse mesmo conselho pelo Fundo Opportunity. Éramos duas conselheiras (e não sócias), representando fundos distintos, sem relação entre si anterior ou posterior a esta posição no conselho da empresa", explica.

A filha de Serra diz que os "caluniadores e difamadores não podem provar uma só de suas acusações e vão responder por isso na justiça". "Em 1998, quando houve a privatização, eu morava há quatro anos nos Estados Unidos, onde estudei em Harvard e trabalhei em Nova York numa empresa americana que não tinha nenhum negócio no Brasil, muito menos com a privatização", relatou Verônica.
Amaury Ribeiro Jr. relata casos de desvios de recursos e pagamentos de propinas durante o processo de privatizações no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Segundo o autor, houve um esquema de lavagem de dinheiro com conexões em paraísos fiscais, unindo membros do PSDB, como o ex-ministro da Saúde e ex-governador paulista José Serra, ao banqueiro Daniel Dantas.
O texto de Verônica foi republicado no site do cientista político Eduardo Graeff, ex-secretário-geral da Presidência no governo FHC. Confira a íntegra da nota:
"Nos últimos dias, têm sido publicadas e republicadas, na imprensa escrita e eletrônica, insinuações e acusações totalmente falsas a meu respeito. São notícias plantadas desde 2002 - ano em que meu pai foi candidato a presidente pela primeira vez - e repetidas em todas as campanhas posteriores, não obstantes os esclarecimentos prestados a cada oportunidade. Basta lembrar que, em 2010, fui vítima de quebra ilegal de sigilo fiscal, tendo seus autores sido indiciados pela Polícia Federal. E, agora, uma organizada e fartamente financiada rede de difamação dedicou-se a propalar infâmias intensamente através de um livro e pela internet. Para atingir meu pai, buscam atacar a sua família com mentiras e torpezas.
1. Quais são os fatos?
- Nunca estive envolvida nem remotamente com qualquer tipo de movimentação ilegal de recursos.
- Nunca fui ré em processo nem indiciada pela Polícia Federal; fui, isto sim, vítima dos crimes de pessoas hoje indiciadas.
- Jamais intermediei nenhum negócio entre empresa privada e setor público no Brasil ou em qualquer parte do mundo.
- Não fui sócia de Verônica Dantas, apenas integramos o mesmo conselho de administração.
Faço uma breve reconstituição desses fatos, comprováveis por farta documentação.
2. No período entre Setembro de 1998 e Março de 2001, trabalhei em um fundo chamado International Real Returns (IRR) e atuava como sua representante no Brasil. Minha atuação no IRR restringia-se à de representante do Fundo em seus investimentos. Em nenhum momento fui sua sócia ou acionista. Há provas.
3. Esse fundo, de forma absolutamente regular e dentro de seu escopo de atuação, realizou um investimento na empresa de tecnologia Decidir. Como conseqüência desse investimento, o IRR passou a deter uma participação minoritária na empresa.
4. A Decidir era uma empresa "ponto.com", provedora de três serviços: (I) checagem de crédito; (II) verificação de identidade e (III) processamento de assinaturas eletrônicas. A empresa foi fundada na Argentina, tinha sede em Buenos Aires, onde, aliás, se encontrava sua área de desenvolvimento e tecnologia. No fim da década de 90, passou a operar no Brasil, no Chile e no México, criando também uma subsidiária em Miami, com a intenção de operar no mercado norte-americano.
5. Era uma empresa real, com funcionários, faturamento, clientes e potencial de expansão. Ao contrário do que afirmam detratores levianos, sem provar nada, a Decidir não era uma empresa de fachada para operar negócios escusos. Todas e quaisquer transações relacionadas aos aportes de investimento eram registradas nos órgãos competentes.
6. Em conseqüência do investimento feito pelo IRR na Decidir, passei a integrar o seu Conselho de Administração (ou, na língua inglesa, "Board of Directors"), representando o fundo para o qual trabalhava.
7. À época do primeiro investimento feito pelo IRR na Decidir, o fundo de investimento Citibank Venture Capital (CVC) - administrado, no âmbito da América Latina, desde Nova Iorque - liderou a operação.
8. Como o CVC tinha uma parceria com o Opportunity para realizar investimentos no Brasil, convidou-o a co-investir na Decidir, cedendo uma parte menor de seu aporte. Na mesma operação de capitalização da Decidir, investiram grandes e experientes fundos internacionais, dentre os quais se destacaram o HSBC, GE Capital e Cima Investments.
9. Nessa época, da mesma forma como eu fui indicada para representar o IRR no Conselho de Administração da Decidir, a Sra. Veronica Dantas foi indicada para participar desse mesmo conselho pelo Fundo Opportunity. Éramos duas conselheiras (e não sócias), representando fundos distintos, sem relação entre si anterior ou posterior a esta posição no conselho da empresa.
10. O fato acima, no entanto, serviu de pretexto para a afirmação (feita pela primeira vez em 2002) de que eu fui sócia de Verônica Dantas e, numa ilação maldosa, de que estive ligada às atividades do empresário Daniel Dantas no processo de privatização do setor de telecomunicações no Brasil. Em 1998, quando houve a privatização, eu morava há quatro anos nos Estados Unidos, onde estudei em Harvard e trabalhei em Nova York numa empresa americana que não tinha nenhum negócio no Brasil, muito menos com a privatização.
11. Participar de um mesmo Conselho de Administração, representando terceiros, o que é comum no mundo dos negócios, não caracteriza sociedade. Não fundamos empresa juntas, nem chegamos a nos conhecer, pois o Opportunity destacava um de seus funcionários para acompanhar as reuniões do conselho da Decidir, realizadas sempre em Buenos Aires.
12. Outra mentira grotesca sustenta que fui indiciada pela Polícia Federal em processo que investiga eventuais quebras de sigilo. Não fui ré nem indiciada. Nunca fui ouvida, como pode comprovar a própria Polícia Federal. Certidão sobre tal processo, da Terceira Vara Criminal de São Paulo, de 23/12/2011, atesta que "Verônica Serra não prestou declarações em sede policial, não foi indiciada nos referidos autos, tampouco houve oferecimento de denúncia em relação à mesma."
13. Minhas ligações com a Decidir terminaram formalmente em Julho de 2001, pouco após deixar o IRR, fundo para o qual trabalhava. Isso ressalta a profunda má fé das alegações de um envolvimento meu com operações financeiras da Decidir realizadas em 2006. Essas operações de 2006 - cinco anos após minha saída da empresa - são mostradas num fac-símile publicado pelos detratores, como se eu ainda estivesse na empresa. Não foi mostrado (pois não existe) nenhum documento que comprove qualquer participação minha naquelas operações. Os que pretendem atacar minha honra confiam em que seus eventuais leitores não examinem fac-símiles que publicam, nem confiram datas e verifiquem que nomes são citados.
14. Mentem, também, ao insinuar que eu intermediei negócios da Decidir com governos no Brasil. Enquanto eu estive na Decidir, a empresa jamais participou de nenhuma licitação.
Encerro destacando que posso comprovar cada uma das afirmações que faço aqui. Já os caluniadores e difamadores não podem provar uma só de suas acusações e vão responder por isso na justiça. Resta-me confiar na Polícia e na Justiça do meu país, para que os mercadores da reputação alheia não fiquem impunes."

Comentários

Eduardo Campos disse…
NESSAS HORAS SALVAM-SE POUCOS, ALGUNS DO PT(PARTIDO DOS TRABALHADORES SE SALVAM !!!!!!!!!!!!!!!!!!

O PARTIDO PT(PARTIDO DOS TRABALHADORES) TEM QUE SER CONTRA AUMENTO DE SALÁRIOS ESTRATOSFÉRICOS, SALÁRIOS EXORBITANTES, SUPER-SALÁRIOS, MARAJÁS !!!!!!!!!!!!!!!!

O PT TEM QUE SER CONTRA A FARRA DO BOI E O TREM DA ALEGRIA COM O DINHEIRO PÚBLICO DO POVO BRASILEIRO !!!!!!!!!!!!!!!!

O PT NÃO PODE DEIXAR AUMENTAR OS GASTOS PÚBLICOS, A GASTANÇA, AUMENTO DAS CONTAS PÚBLICAS, AUMENTO DO DÉFICIT PÚBLICO !!!!!!!!!!!!!!!!
Eduardo Campos disse…
16/12/2011 - 20h16 Vereadores de Belo Horizonte aprovam aumento de 61% nos próprios salários

Rayder Bragon
Do UOL Notícias, em Belo Horizonte

Vereadores de Belo Horizonte aprovaram nesta sexta-feira (16), por 22 votos a favor e 3 contrários, projeto de lei que reajusta os próprios salários em 61,8% e passará a valer a partir de 2013, quando começa a próxima legislatura. Dos atuais R$ 9.200, os parlamentares passarão a ganhar R$ 15 mil, o que representa 75% do que ganha um deputado estadual.

A justificativa para o aumento, que foi proposto pela Mesa Diretora da Câmara, baseou-se no lastro dado pela Constituição Federal, que permite a remuneração nesse percentual para cidades com mais de 500 mil habitantes.

“De forma a evitar qualquer problema quanto ao cumprimento do princípio temporal pertinente, que aconselha a votação de tal lei antes do início do processo eleitoral, em prol do princípio da impessoalidade, já se coloca a presente proposta em apreciação desde já”, trouxe o projeto de lei nº 2.045/11, que foi aprovado em tempo recorde.

Conforme o texto, os vencimentos dos políticos ainda serão reajustados anualmente pelo valor do IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado) apurado no ano anterior.

A vereadora Neusinha Santos (PT) afirmou ter votado contra o projeto e disse que ele não se justifica por conta, segundo ela, da crise financeira mundial que afeta, principalmente, os mercados europeus e poderá atingir o Brasil.

“Eu considero que nós estamos vivendo um momento de uma crise [financeira] mundial muito grave. O Brasil está preparado para enfrentar a crise, mas não podemos descartar que ela produzirá efeitos, mesmo que minorados, no país”, disse.

A parlamentar ainda considerou que o aumento encontrará críticos severos na população belo-horizontina, que enfrentou uma quinta-feira caótica na cidade por conta de estragos da chuva.

“Nós estamos em um dia muito triste para Belo Horizonte. Pessoas tiveram suas casas destruídas pela chuva. Não era o momento indicado para se discutir um aumento nesses percentuais”, afirmou.

Outro que votou contra foi o vereador Iran Barbosa (PMDB). O político afirmou ser favorável apenas ao reajuste que permitisse a recomposição da perda salarial dos vereadores provocada pela inflação dos últimos quatro anos.

O UOL Notícias tentou entrar em contato com parlamentares que votaram favoravelmente ao projeto de reajuste dos próprios vencimentos, mas não obteve êxito. Agora, fica a cargo do prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), vetar ou sancionar o projeto aprovado pelos vereadores.


http://noticias.uol.com.br/politica/2011/12/16/vereadores-de-belo-horizonte-aprovam-aumento-de-61-nos-proprios-salarios.jhtm
Eduardo Campos disse…
12/12/2011 - 20h55 / Atualizada 13/12/2011 - 07h25

Vereadores de Campinas (SP) aumentam salário em 126% e são atacados com ovos

Maurício Simionato
Do UOL Notícias, em Campinas (SP)

Em uma sessão tumultuada, a Câmara Municipal de Campinas aprovou na noite desta segunda-feira (12), por 28 votos a 2, um projeto de lei que aumenta o salário dos 33 vereadores em 126% na próxima legislatura, a partir de 2013.

Com isso, o salário de cada vereador saltará de R$ 6,6 mil para R$ 15 mil. Dois vereadores estavam ausentes na votação.

Em uma sessão tumultuada, a Câmara Municipal de Campinas aprovou na noite desta segunda-feira (12), por 28 votos a 2, um projeto de lei que aumenta o salário dos 33 vereadores em 126% na próxima legislatura, a partir de 2013. Após o projeto ser aprovado em menos de um minuto, manifestantes protestaram com gritos de "vergonha". Houve confusão no plenário e guardas municipais foram chamados Denny Cesare/Futura Press

Organizações não-governamentais como a Voto Consciente Campinas e dezenas de manifestantes protestaram em plenário contra o aumento salarial. Eles levaram cartazes e faixas como “O povo não quer este aumento”, “Aumento de 126% é imoral”, “Corrupção legalizada” e “É ou não é piada de salão?”.

Após o projeto ser aprovado em menos de um minuto, manifestantes protestaram com gritos de “vergonha”. Houve confusão no plenário e guardas municipais foram chamados para conter os manifestantes. A sessão precisou ser suspensa porque algumas pessoas jogaram ovos nos vereadores. A Guarda Municipal reagiu e usou pistola de choque e gás de pimenta para conter o protesto.

O projeto foi proposto pela Mesa Diretora da Câmara e o autor do projeto foi o presidente da Câmara, vereador Pedro Serafim (PDT).

Serafim chegou a tomar posse como prefeito da cidade interinamente por 14 dias quando o prefeito da cidade, Demétrio Vilagra (PT), foi afastado do cargo entre novembro e o começo de dezembro. O petista retomou o poder após decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo.

Aumento
O aumento mais do que dobra os gastos anuais do Legislativo com salários, que passam de R$ 2,613 milhões para R$ 5,94 milhões, somados os salários dos 33 vereadores.

Para o presidente Pedro Serafim, o projeto segue a Constiuição Federal, que estipula que, em cidades com mais de 500 mil habitantes, o vereador possa receber o equivalente a até 75% do salário pago a um deputado estadual.

“Nada disso é para esta legislatura e sim para a próxima. Acho imoral o vereador aumentar seus próprios salários”, disse Serafim, que não votou nesta noite por estar presidindo a sessão.

O presidente afirmou que o aumento não vai onerar ainda mais os cofres públicos pois está previsto no projeto a redução da verba de gabinete dos vereadores a partir de dezembro de 2013.

“A verba de gabinete de cada vereador seria reduzida de aproximadamente R$ 43 mil para cerca de R$ 35 mil”, disse Serafim.

No entanto, a proposta de redução da verba de gabinete não agradou nem aos vereadores de oposição e nem aos de situação, e ainda será discutida pelo vereadores.


http://noticias.uol.com.br/politica/2011/12/12/vereadores-de-campinas-sp-aumentam-salario-em-126.jhtm
Eduardo Campos disse…
O BRASIL TEM QUE ADOTAR POLÍTICAS DE AUSTERIDADE IGUAL A FRANÇA !!!!!!!!!!!!!!!!!!!

A FRANÇA ADOTA POLÍTICAS DE AUSTERIDADE CONTRA A GASTANÇA, CONTRA AUMENTO DOS GASTOS PÚBLICOS, CONTRA AUMENTO DAS CONTAS PÚBLICAS, CONTRA AUMENTO DO DÉFICIT PÚBLICO !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

A FRANÇA É O MAIOR EXEMPLO PARA O BRASIL CORTAR GASTOS PÚBLICOS, CONTER A GASTANÇA PÚBLICA, CONTER GASTOS PÚBLICOS, CORTAR O DÉFICIT PÚBLICO, COM POLÍTICAS DE AUSTERIDADE !!!!!!!!!!!!!!!!

A FRANÇA DÁ UMA AULA PARA O BRASIL CORTAR GASTOS PÚBLICOS, DIMINUIR O DÉFICIT DAS CONTAS PÚBLICAS, DIMINUIR O DÉFICIT FISCAL, DIMINUIR O DÉFICIT PÚBLICO !!!!!!!!!!!!!!!
Eduardo Campos disse…
Em BH, vereadores enfrentam protesto após aumento de salário

Prefeito de Belo Horizonte, que precisa decidir se aprova ou veta reajuste de 60%, assume que tem um "pepino" na mão

Denise Motta, iG Minas Gerais |

21/12/2011 19:34

“Pepino ocorre sempre. O papel de prefeito não é um papel fácil, e temos que tratar de cada assunto a seu tempo. Eu não quero fazer julgamento pessoal sobre esse assunto”, afirmou nesta quarta-feira (21) o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), ao ser questionado se tinha nas mãos um pepino, referente à sanção ou veto do projeto de lei dos vereadores da capital que aumentaram em 60% os próprios salários.



Foto: Denise Motta/iG Ampliar O presidente da Câmara de Vereadores de BH, Léo Burguês (PSDB)
Léo Burguês: 'Povo não tem que reclamar que aumentou salário de político'

O reajuste vale para a legislatura que começará em 2013. Os vereadores, que atualmente ganham R$ 9 mil, passarão a receber mensalmente um salário de R$ 15 mil. Na manhã desta quarta, cerca de 300 pessoas fizeram manifestação em frente à prefeitura para pedir veto do prefeito e há também mobilização em redes sociais.

Lacerda tem um prazo legal de 15 dias para vetar ou sancionar o projeto, que está em fase de redação final. Na internet, eleitores se mobilizam em uma campanha para que o prefeito vete o aumento salarial. Mas, caso o prefeito vete, os vereadores poderão derrubar o veto. Outra alternativa de Lacerda é deixar correr o prazo e não se posicionar. Se fizer isso, o projeto automaticamente vira lei. A expectativa é de que o posicionamento do prefeito só ocorra em 2012.

O aumento


O aumento dos salários dos vereadores foi aprovado no último dia 16, com 22 votos favoráveis e três contrários. Um dos que rejeitou o aumento foi o vereador Iran Barbosa (PMDB), que comprometeu-se a doar a diferença para escolas públicas, caso seja eleito para a legislatura de 2013 a 2016. Oposição, Barbosa acredita que o prefeito vai “lavar as suas mãos” e não se posicionar sobre o projeto, para evitar desgaste político em ano que tenta reeleição.

Nesta tarde de quarta, um fato curioso chamou a atenção de jornalistas e parlamentares na Câmara Municipal de Belo Horizonte. O vereador Geraldo Félix (PMDB) disse que encaminhou ao prefeito pedido para que ele vete o aumento. Félix votou favoravelmente ao projeto, mas disse que “seu espírito era contra”.

“O salário atual não é tão ruim. Voltei atrás porque achei que tinha consenso. A opinião pública e a mídia tomaram uma posição e eu não vou contra a opinião pública e a mídia. Meu espírito era contra”, afirmou Félix, admitindo estar preocupado com a sua imagem no ano de pré-eleição. Ele está na sua quinta legislatura e responsabiliza uma “mídia mais ativa” à uma “população mais alerta”. Félix disse ainda que vai tentar mobilizar mais colegas para que mudem também de posição.

http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/em-bh-vereadores-enfrentam-protesto-apos-aumento-de-salario/n1597419338858.html
Eduardo Campos disse…
Continuação 1 :

O líder de governo, Tarcísio Caixeta (PT), acredita que não exista a possibilidade de Lacerda vetar o projeto. “Aumento de salário é questão de vereador. Como o prefeito vai mexer com isso? Não acredito em veto”, disse. Já o presidente da Casa, vereador Léo Burguês (PSDB), voltou a dizer que entende e respeita a revolta popular, mas que os eleitores devem é cobrar trabalho dos políticos a favor da sociedade. “Quando se fala em aumento de 60%, isso soa como uma bomba. As pessoas estão acostumadas a um aumento salarial anual, e o nosso vale por quatro anos”, defende-se.

Nesta quarta-feira, última reunião ordinária da câmara, os vereadores de BH aprovaram em segundo turno um projeto que cria cargos de recrutamento amplo com salário de até R$ 9 mil. A votação ficou com 21 votos a favor e apenas cinco contrários, além de oito abstenções. O impacto para a câmara será de pelo menos R$ 1 milhão anual, mas Burguês ressalta que sua gestão economizou mais de R$ 47 milhões neste ano. Este projeto não precisa ser sancionado pelo prefeito, pois trata-se de matéria do legislativo.


http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/em-bh-vereadores-enfrentam-protesto-apos-aumento-de-salario/n1597419338858.html
Eduardo Campos disse…
Por MARCELO PORTELA, estadao.com.br, Atualizado:

16/12/2011 19:37

Vereadores de BH aumentam o próprio salário em 61%

Debaixo de protestos e palavrões de manifestantes, os vereadores de Belo Horizonte aprovaram hoje um aumento de 61,8% nos salários dos parlamentares a partir de 1º de janeiro de 2013. Com isso, o vencimento de um vereador da capital saltará de R$ 9.288,05 para R$ 15.031,76. O aumento foi aprovado com 22 votos favoráveis e apenas três contrários, dos vereadores Arnaldo Godoy (PT), Iran Barbosa (PMDB) e Neusinha Santos (PT).

O projeto tramitou em tempo recorde de apenas cinco dias e atropelou outros textos na pauta porque os parlamentares queriam evitar o desgaste de aprovar o aumento de salário em 2012, quando boa parte deles deve disputar novamente as eleições.

O novo salário corresponde ao teto constitucional de 75% do vencimento de um deputado estadual. No fim de 2010, os deputados estaduais também aumentaram os próprios salários de R$ 12.384,17 para R$ 20.042,35. O texto aprovado hoje na Câmara também prevê reajuste anual com base no Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), desde que o valor não ultrapasse o limite constitucional.

Além disso, o projeto, apresentado pela Mesa Diretora da Câmara - composta pelos vereadores Léo Burguês (PSDB); Alexandre Gomes (PSB); Moamed Rachid (PDT); Cabo Júlio (PMDB); Ronaldo Gontijo (PPS) e Pricila Teixeira (PTB) -, mantém a chamada verba de paletó, que é equivalente ao salário e é paga em janeiro e dezembro de cada ano, além de mais um salário no fim do ano.

A reportagem tentou falar com o presidente da Casa, vereador Léo Burguês (PSDB), mas ele não atendeu o telefone. Na justificativa do projeto, os integrantes da Mesa alegaram que a pressa na tramitação da proposta é para 'evitar qualquer problema quanto ao cumprimento do princípio temporal pertinente, que aconselha a votação de tal lei antes do início do processo eleitoral, em prol do princípio da impessoalidade'.


http://estadao.br.msn.com/ultimas-noticias/vereadores-de-bh-aumentam-o-pr%c3%b3prio-sal%c3%a1rio-em-61percent