Quem tem medo da verdade e da justiça?

Todos sabem da vocação brasileira para os processos sucessórios baseados na hereditariedade.


Ninguém duvida que existem processos nebulosos que explicam - ou não – a formação de dinastias.

Muito dificilmente em sua cidade não haja um filho (a), neto (a), sobrinho (a), tio (a) ou esposo (a) que chega a ocupar um cargo valendo-se do nome da família.

Constroem-se clãs.

Dai a gente pensa: como esse cara é vereador, prefeito, deputado, senador, governador, juiz, ministro?

São desígnios supremos talvez que venham ungir estes?

Certamente que não. Existe uma estrutura de poder construída no Brasil que eventualmente um ou outro que não pertença às elites chega e – imediatamente – é usado para justificar a exclusão dos demais.

Assim é quando um das classes populares chega ao Legislativo, Executivo e Judiciário.

O Presidente Lula foi um destes fatos, mas ainda circula nas cidades como um rastilho de pólvora intencionalmente colocado e direcionado, a dúvida incerta em comentários ou veiculada na imprensa de que não possui estrutura – em outras palavras dinheiro – sempre que surge com o fim claro de desestabilização e desestímulo para que as estruturas ideologicamente construídas não sejam ameaçadas.

Atualmente, se discute o controle externo ao Poder Judiciário e novamente se percebe que ficou preservado o dom papal da infalibilidade.

Ninguém quer que haja o mínimo de controle e de investigação sobre atos praticados por esses superdotados seres.

Isso não é nenhuma novidade também.

As prerrogativas que possuem são ilimitadas.

Uma vez ou outra surge um movimento para reformular algumas situações, mas, logo são calados por estranhos entendimentos.

É preciso se perguntar na sociedade qual é o percentual de cidadãos que acredita na independência e lisura dos poderes?

É preciso verificar se o cidadão não acredita na Lei ou em quem aplica a Lei? E porque não acredita?

Simplesmente porque a biologia já demonstrou desde algum tempo que características hereditárias não permitem, me perdoem a metáfora, transformar um pangaré em puro sangue.

Obviamente que aqueles que pertencem às castas nobres jamais serão defensores do proletariado. Podem até fazer alguma encenação, mas, é cortina de fumaça.

E, não se enganem não é apenas o Supremo Tribunal Federal que não quer controle externo, o Legislativo também é complacente – senão omisso. Mas, e daí o que eu posso fazer?

Evidente que Lei e Ordem significam manutenção, secularização de uma situação.

Ninguém está proclamando a desordem social, nem legal.

Mas, se pensarmos que podemos começar a ruir essas estruturas postas, através do voto.

Sim.

Na hora de votar identifique o que representa aquela pessoa e porque ela quer o cargo, quem irá defender e quais interesses estão motivando ela a disputar esse cargo.



O que isso vai significar?

Ainda que não sejam demovidas todas as estruturas de poder já alicerçadas, é possível que se mude a conduta.

Quando me referi ao Presidente Lula, na verdade, a sua eleição não mudou a estrutura, mas, começou a mudar condutas.

O que quero dizer é que o controle externo ao Poder Judiciário não vai mudar imediatamente, contudo, forçará a mudança de conduta de seus membros, especialmente aqueles que mais temem a perda desses privilégios e de dons que supostamente são dotados.

Se nesse processo eletivo próximo elegermos o maior número de pessoas compromissadas com as reformas estruturais, por certo, a interpretação conforme a Constituição merecerá a reconsideração para a “interpretação constitucional conforme a vontade da sociedade” no seu tempo.

Mais que lei suprema, a Constituição Federal deve ser o espírito da vontade soberana do povo brasileiro e não simples livro de consulta para a exegese legal.


Não creio que, se fizer uma consulta, por qualquer meio, não seja outra a vontade da sociedade brasileira em ter um efetivo controle social dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.

Hilda Suzana Veiga Settineri

Comentários

Eduardo Campos disse…
O BRICS(BRASIL, RÚSSIA, ÍNDIA, CHINA) NO CENÁRIO ECONÔMICO E POLÍTICO MUNDIAL, INTERNACIONAL( SÓ DÁ BRICS, BRICS, BRICS,...) :

O NOSSO VICE-PRESIDENTE MICHEL TEMER DO PMDB-SP SABE O QUE É MELHOR PARA O BRASIL SEGUIR MUDANDO COM LULA E A FORÇA DO POVO !!!!!!!!!!!!!!!!!

Temer defende união entre países do BRIC

02/12/2011 às 15h00


O vice-presidente da República, Michel Temer, participou nesta sexta-feira, na Universidade de Columbia, em Nova York, do Painel "Why the BRIC?", que teve como moderador o editor da Bloomberg James Crombie.

Temer defendeu uma união mais sólida entre Brasil, Rússia, Índia e China, mas considera difícil que haja uma formalização do BRIC como bloco. O grupo representa 18 por cento da economia global, perdendo apenas para os Estados Unidos, com 23 por cento.

Participaram ainda do debate Stephen King, economista-chefe do HSBC; Sergei Guriev, reitor da New Economic School of Moscou; Ann Lee, professora da Universidade de Nova York e da Universidade de Pequim. Presentes na plateia estavam cerca de 500 pessoas, entre alunos, professores e estudiosos do tema. O painel teve o patrocínio do Financial Times, Bloomberg, CNN e HSBC.

Escute aqui a entrevista coletiva concedida pelo vice-presidente após o evento.


http://www2.planalto.gov.br/vice-presidente/noticias/temer-defende-uniao-entre-paises-do-brics
Eduardo Campos disse…
PARA O DESPRAZER DA VELHA MÍDIA BRASILEIRA $$$$$$$$$$$$$$$$$$$

BRICS(BRASIL, RÚSSIA, ÍNDIA, CHINA) ESTÃO MUDANDO A GEOPOLÍTICA MUNDIAL, INTERNACIONAL OCUPANDO ESPAÇOS IMPORTANTES, ESTRATÉGICOS NO MUNDO TODO NA POLÍTICA E E NA ECONOMIA MUNDIAL, INTERNACIONAL !!!!!!!!!!!!!!!!!

nov
28Brics dão aviso aos EUA e a Israel sobre invasões no Oriente Médio

Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul unidos: os colonizados desses pagos não gostaram.
(Não deu na velha imprensa privada — privada nos dois sentidos, tá? — ou ela privadamente escamoteou)
O aviso dos Brics em Moscou foi claro e altissonante: “Não mexam com o Irã e a Síria!”
A Síria anunciou o apoio de navios russos em suas águas, pois embarcações de guerra dos EUA navegam perto da costa do país árabe. Os Brics não querem outra Líbia, país que tinha IDH alto para os padrões africanos e com serviços sociais razoavelmente desenvolvidos. Afeganistão, Iraque, Líbia são exemplos atuais do que os europeus ocidentais e os EUA são capazes para satisfazer seus interesses geopolíticos e seus apetites de rapinagem e pirataria, por intermédio da Otan. A Síria e o Irã são considerados as “bolas da vez”, porque, diferentemente de países árabes como o Egito e a Arábia Saudita, não são aliados dos yankees e dos europeus ocidentais imperialistas, exemplificados na Inglaterra, na França e em outros que os seguem a reboque. O aviso também serviu para Israel. (Davis Sena Filho)

Bhadrakumar, Indian Punchline

A reunião dos vice-ministros de Relações Exteriores dos países Brics em Moscou, no dia 25, sobre a situação no Oriente Médio e Norte da África é evento de grande importância, como se vê pelo comunicado conjunto. Os principais elementos do comunicado são:

a) Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul (Brics) assumiram posição comum sobre o que hoje se conhece como “Primavera Árabe”. Identificaram-se os princípios básicos dessa posição: o foco deve ser diálogo nacional pacífico; nada justifica qualquer tipo de intervenção estrangeira; o papel central nas decisões compete ao Conselho de Segurança da ONU;

b) Os Brics adotaram posição comum sobre a Síria. A frase chave do comunicado: “Fica excluída qualquer tipo de interferência externa nos assuntos da Síria, que não esteja conforme o que determina a Carta das Nações Unidas;

c) Os Brics exigiram “revisão completa” para avaliar a adequação [orig. appropriateness] da intervenção da Otan na Líbia; e sugeriram que se crie missão especial da ONU em Trípoli para conduzir o processo de transição em curso; dessa comissão deve participar, especificadamente, a União Africana;

d) Os Brics rejeitaram a ameaça de força contra o Irã e exigiram negociações e diálogo continuados. Muito importante, os Brics criticaram as ações de EUA e União Européia de impor novas sanções ao Irã, chamando-as de medidas “contraproducentes” que só “exacerbarão” a situação;


http://jblog.jb.com.br/palavralivre/2011/11/28/brics-bloqueiam-os-eua-no-oriente-medio/
Eduardo Campos disse…
Continuação 1 :

e) Os Brics saudaram a iniciativa do Conselho de Cooperação do Golfo, que encontrou saída negociada para o Iêmen, como exemplo a ser seguido.

É momento sumamente importante para os Brics – e também para a diplomacia russa. Cresceu consideravelmente a credibilidade dos Brics como voz influente no sistema internacional. Espera-se que, a partir da posição comum agora construída sobre as questões do Oriente Médio e do Norte da África, os Brics passem a construir posições comuns também em outras questões regionais e internacionais.

Parece evidente que a Rússia tomou a iniciativa para o encontro de quinta-feira e o comunicado conjunto mais ou menos adota a posição que os russos já declararam sobre a Primavera Árabe. É a vitória da diplomacia Russa por ter obtido o endosso dos países Brics também no que diz respeito às graves preocupações quanto à situação síria, ante ao risco, cada dia maior, de o Irã sofrer ataque de intervenção ocidental semelhante ao que ao que a Líbia sofreu.

Recentemente, Sergey Lavrov, ministro das Relações Exteriores, manifestou vigorosamente as crescentes preocupações da Rússia. Moscou se mostrou frustrada com o ocidente e a Turquia, que têm interferido claramente no caso sírio, não só contrabandeando armas para o país e incitando confrontos que, cada vez mais, empurram os sírios para uma guerra civil, mas, também, sabotando ativamente todas as tentativas para iniciar um diálogo nacional entre o regime sírio e a oposição.

A posição dos Brics também será bem recebida em Damasco e em Teerã. Mas, ao contrário, implica dificuldades para os EUA e seus aliados, que investem muito em fazer crescer a tensão contra a Síria e o Irã. A Índia ter participado da reunião em Moscou, bem como assinado o comunicado conjunto também é notícia particularmente importante. Washington registrará. A Rússia, na prática, conseguiu que os Brics assinassem clara censura às políticas intervencionistas dos EUA no Oriente Médio[2].

Muito claramente, não há caminho aberto, agora, para que os EUA consigam arrancar autorização do Conselho de Segurança da ONU para qualquer tipo de intervenção na Síria. A Turquia, em relação à Síria, pode ter dado passo maior que as pernas. E Israel também recebeu uma reprimenda.

A formulação que se lê no comunicado conjunto dos Brics – “segurança igualitária e confiável” para os países do Golfo Persa, a partir de um “sistema de relações” – pode ser vista, sim, como repúdio ao advento da Otan como provedor de segurança para a região. O comunicado conjunto dos países Brics pode ser lido em http://www.itamaraty.gov.br/sala-de-imprensa/notas-a-imprensa/comunicado-conjunto-por-ocasiao-da-reuniao-de-vice-ministros-de-relacoes-exteriores-do-brics-sobre-a-situacao-no-oriente-medio-e-no-norte-da-africa-2013-moscou-24-de-novembro-de-2011 (hoje, ainda em inglês. Aliás, por que em inglês?! Já deveria, evidentemente, lá estar, é claro, em português).


http://jblog.jb.com.br/palavralivre/2011/11/28/brics-bloqueiam-os-eua-no-oriente-medio/
Eduardo Campos disse…
O BRICS(BRASIL, RÚSSIA, ÍNDIA, CHINA) ESTÃO OCUPANDO O PAPEL PRINCIPAL E DEIXARAM DE SER COADJUVANTES NO CENÁRIO GEOPOLÍTICO, ECONÔMICO, MUNDIAL( SÓ DÁ BRICS, BRICS, BRICS,...)


Mundo

BRICS bloqueiam os EUA no Oriente Médio
04.12.2011
A reunião dos vice-ministros de Relações Exteriores dos países BRICS em Moscou, ontem, sobre a situação no Oriente Médio e Norte da África é evento de grande importância, como se vê pelo Comunicado Conjunto. Os principais elementos do Comunicado são:

a) Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul (BRICS) assumiram posição comum sobre o que hoje se conhece como "Primavera Árabe". Identificaram-se os princípios básicos dessa posição: o foco deve ser diálogo nacional pacífico; nada justifica qualquer tipo de intervenção estrangeira; o papel central nas decisões compete ao Conselho de Segurança da ONU.

b) Os BRICS adotaram posição comum sobre a Síria. A frase chave do Comunicado é "Fica excluída qualquer tipo de interferência externa nos assuntos da Síria, que não esteja conforme o que determina a Carta das Nações Unidas."

c) Os BRICS exigiram "revisão completa" para avaliar a adequação [orig. appropriateness] da intervenção da OTAN na Líbia; e sugeriram que se crie missão especial da ONU em Trípoli para conduzir o processo de transição em curso; dessa comissão deve participar, especificadamente, a União Africana.


d) Os BRICS rejeitaram a ameaça de força contra o Irã e exigiram negociações e diálogo continuados. Muito importante, os


BRICS criticaram as ações de EUA e União Europeia de impor novas sanções ao Irã, chamando-as de medidas "contraproducentes" que só "exacerbarão" a situação.

e) Os BRICS saudaram a iniciativa do Conselho de Cooperação do Golfo, que encontrou saída negociada para o Iêmen, como exemplo a ser seguido.

É momento sumamente importante para os BRICS - e também para a diplomacia russa. Cresceu consideravelmente a credibilidade dos BRICS como voz influente no sistema internacional. Espera-se que, a partir da posição comum agora construída sobre as questões do Oriente Médio, os BRICS passem a construir posições comuns também em outras questões regionais e internacionais.

Parece evidente que a Rússia tomou a iniciativa para o encontro da 5ª-feira e o Comunicado Conjunto mais ou menos adota a posição que a Rússia já declarou sobre a Primavera Árabe. É vitória da diplomacia Rússia, que ganha diplomaticamente, ter obtido o endosso dos países BRICS também no que diz respeito às graves preocupações russas quanto à situação síria, ante ao risco, cada dia maior, de o Irã sofrer ataque de intervenção ocidental semelhante ao que ao que a Líbia sofreu.

Recentemente, Sergey Lavrov, ministro das Relações Exteriores da Rússia, manifestou vigorosamente as crescentes preocupações russas. Moscou mostrou-se frustrada com o ocidente e a Turquia, que têm interferido claramente no caso sírio, não só contrabandeando armas para o país e incitando confrontos que, cada vez mais, empurram o país para uma guerra civil, mas, também, sabotando ativamente todas as tentativas para iniciar um diálogo nacional entre o regime sírio e a oposição.


http://port.pravda.ru/mundo/04-12-2011/32559-brics_eua-0/
Eduardo Campos disse…
Continuação 1 :

A posição dos BRICS também será bem recebida em Damasco e em Teerã. Mas, ao contrário, implica dificuldades para os EUA e seus aliados, que investem muito em fazer crescer a tensão contra a Síria e o Irã. A Índia ter participado da reunião em Moscou, e ter assinado o Comunicado conjunto também é notícia particularmente importante. Washington registrará. A Rússia, na prática, conseguiu que os BRICS assinassem clara censura às políticas intervencionistas dos EUA no Oriente Médio[2].

Muito claramente, não há caminho aberto, agora, para que os EUA consigam arrancar autorização do Conselho de Segurança da ONU para qualquer tipo de intervenção na Síria. A Turquia, em relação à Síria, pode ter dado passo maior que as pernas. E Israel também recebeu uma reprimenda.

A formulação que se lê no Comunicado conjunto dos BRICS - "segurança igualitária e confiável" para os países do Golfo Persa, a partir de um "sistema de relações" - pode ser vista, sim, como repúdio ao advento da OTAN como provedor de segurança para a região. O Comunicado Conjunto dos países BRICS pode ser lido em http://www.itamaraty.gov.br/sala-de-imprensa/notas-a-imprensa/comunicado-conjunto-por-ocasiao-da-reuniao-de-vice-ministros-de-relacoes-exteriores-do-brics-sobre-a-situacao-no-oriente-medio-e-no-norte-da-africa-2013-moscou-24-de-novembro-de-2011 (hoje, ainda em inglês. Aliás... por que em inglês?! Já deveria, evidentemente, lá estar, é claro, em português [NTs]).



[1] Sobre o mesmo assunto, interessante ver, para comparar, o que diz a BBC Brasil ("Diplomacia dos Brics lança comunicado conjunto sobre a Primavera Árabe", 24/11/2011, Brasília, em http://www.bbc.co.uk/portuguese/ultimas_noticias/2011/11/111124_brics_primavera_arabe_rn.shtml. Fica-se sem saber se o jornalista e o jornalismo e o jornal são mesmo insanavelmente incompententes para o trabalho que deveriam saber fazer, mas não sabem, ou se há, mesmo, claro e ativo ânimo de desinformar [NTs].

[2] Em http://en.rian.ru/world/20111122/168948148.html



25/11/2011, MK Bhadrakumar, Indian Punchline
http://blogs.rediff.com/mkbhadrakumar/2011/11/25/brics-blocks-the-us-on-middle-east/



http://port.pravda.ru/mundo/04-12-2011/32559-brics_eua-0/