Site BAND: Os deputados do DEM querem retomar, no ano que vem, os esforços para ressuscitar a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar as denúncias de irregularidades contra os ministros do governo Dilma Rousseff. As ações devem ganhar fôlego novo, após as manobras de deputados governistas para criar uma comissão que investigará as privatizações de estatais durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).
O deputado federal ACM Neto (DEM-BA) está otimista com a retomada da chamada CPI da Corrupção. A oposição tentou este ano criar uma comissão mista, mas não conseguiu o número de assinaturas suficientes para a sua criação.
“O governo deu mostras de que não quer investigação”, afirmou ACM Neto. “Mesmo assim vamos continuar tentando criar a comissão no ano que vem. Faltam poucas assinaturas no Senado”, completou.
Privataria
Em dezembro, o deputado Protógenes Queiroz anunciou a intenção de criar a CPI da Privataria, para investigar as denúncias contidas no livro “A Privataria Tucana”, do jornalista Amaury Ribeiro Jr. O parlamentar encaminhou o pedido de criação da comissão na quarta-feira ao presidente da Câmara, Marco Maia.
O pedido foi apresentado com 197 assinaturas, mas após a conferência pela Secretaria-Geral da Mesa Diretora da Câmara foram consideradas válidas 185 delas. São necessárias no mínimo 171 assinaturas de deputados para a criação de uma CPI.
Até mesmo alguns deputados da oposição assinaram o pedido para criar a CPI da Privataria, inclusive integrantes do DEM, como Onyx Lorenzoni.
Para ACM Neto, o ideal seria englobar as privatizações em uma comissão mais ampla. “Poderíamos até mesmo englobar estas investigações na CPI da Corrupção. Ela já está pronta para ser retomada”, afirma. “Há muitas outros assuntos para ser tratados, como as irregularidades na Caixa Econômica Federal e no Banco Panamericano”, afirma.
Comentários
15 de Dezembro de 2011
Meio ambiente perderia com divisão de estados brasileiros, diz especialista
Mesmo após a derrota no plebiscito sobre o desmembramento do estado do Pará em outros três estados federais, ainda tramitam no Congresso outras propostas de divisão de estados brasileiros. Para o geógrafo Hervé Thery, pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa Científica da França e professor associado da Universidade de São Paulo, esta é uma tendência mundial. Mas ele alerta que novas administrações locais na região Amazônica prejudicariam o meio ambiente. Por sua vez, o pesquisador do Centro de Pesquisa e Documentação sobre a América Latina, François-Michel Le Tourneau indica que existe uma sub-administração das áreas amazônicas e que a rixa entre Belém e o interior do Pará persiste.
Com a colaboração de Carla Tomazini.
http://www.portugues.rfi.fr/geral/20111215-meio-ambiente-perderia-com-divisao-de-estados-brasileiros-diz-especialista
Polêmica sobre triplo A francês é mais política que econômica
Sede da Standard & Poor's, uma das três principais agências financeiras do mundo que ameaçam baixar a nota da França.
ReutersVictória Alvares
A perda do precioso triplo A francês é inevitável segundo o maior jornal financeiro do país, o Les Echos. O diário se baseia nas últimas previsões do Instituto Francês de Estatística e de Estudos Econômicos (Insee), que na última quinta-feira previu um recuo de -0,2% do produto interno bruto francês no 4° trimestre de 2011. O triplo A é a nota máxima dada pelas agências de classificação de risco a um país com relação à qualidade de crédito. Segundo o economista e professor Jaime Marques Pereira, a nota de crédito é muito distante da economia real dos cidadãos e toda a polêmica sobre o tema é mais uma questão de política do que de economia.
http://www.portugues.rfi.fr/economia/20111220-polemica-sobre-triplo-frances-e-mais-politica-que-economica