Artur Bruno vence a Enquete no Blog da Dilma - @opovoonline @BlogdoEliomar

O Blog da Dilma encerrou a enquete sobre as eleições municipais de Fortaleza, com a desistência do presidente da Câmara dos Vereadors de Fortaleza, Acrísio Sena. Apurados 3.471 votos(fechamento: 23h32min - dia 30/12/2012), resultado: Artur Bruno(Deputado Federal) foi o vencedor com 1.474 votos(42%), em segundo ficou o articulador político da Prefeitura de Fortaleza,Waldemir Catanho com 1.067 votos(30%), em terceiro ficou o Secretário da Educação de Fortaleza, Elmano de Freitas com 755(21%), e na quarta colocação: Vereador Acrísio Sena com 175 votos(5%). O Blog da Dilma fará uma segunda ENQUETE com os seguintes pré-candidatos do PT de Fortaleza: Artur Bruno, Camilo Santana, Catanho, Elmano de Freitas e o vereador Guilherme Sampaio.

Comentários

Eduardo Campos disse…
Brasil será o menor do Bric em 2020

30 de dezembro de 2011 • 17h09 • atualizado 17h53


O Brasil terá a menor economia entre os países que compõem o Bric (grupo formado por Rússia, Índia, China e o Brasil) em 2020, segundo relatório divulgado pelo Centro de Economia e Pesquisa de Negócios (CEBR, em inglês). De acordo com as projeções, o País terá Produto Interno Bruto (PIB) de US$ 4,262 trilhões, enquanto que a economia da Índia será de US$ 4,501 trilhões. Já Rússia e China terão PIBs de US$ 4,584 trilhões e US$ 17,888 trilhões, respectivamente.





Atualmente, segundo dados do relatório, o Brasil, em sexto, está acima de Rússia e Índia, que ocupam a nona e décima colocação, com economias de US$ 1,885 trilhão e US$ 1,843 trilhão, respectivamente. Apenas a China, entre as nações do Bric, conta com PIB superior ao brasileiro. O movimento projetado até 2020 prevê que países tradicionalmente com economias fortes, como Alemanha e França, caiam no ranking, dando lugar aos atuais emergentes Índia e Rússia. O país alemão ocuparia a sétima colocação, enquanto que a França, a nona.





Este centro foi mesmo que, nesta semana, colocou o Brasil em sexto no ranking das maiores economias do mundo, ultrapassando o Reino Unido. A crise bancária de 2008 e a consequente recessão foram os pivôs da queda britânica, que pela primeira vez é ultrapassada por um país sul-americano. O topo da lista é ocupado pelos Estados Unidos, seguidos por China, Japão, Alemanha e França.



Confira a lista das maiores economias em 2020:
1 - Estados Unidos - US$ 21,278 trilhões
2 - China - US$ 17,888 trilhões
3 - Japão - US$ 7,630 trilhões
4 - Rússia - US$ 4,584 trilhões
5 - Índia - US$ 4,501 trilhões
6 - Brasil - US$ 4,262 trilhões


http://economia.terra.com.br/noticias/noticia.aspx?idNoticia=201112301909_TRR_80666517
Eduardo Campos disse…
Projeções | 30/12/2011 12:14

Em 2020 não haverá potências europeias entre as 5 maiores economias

Estudo de consultoria britânica diz que Alemanha e França darão lugar aos emergentes Rússia e Índia

Países emergentes como Brasil e os asiáticos desbancarão potências econômicas da Europa até o fim da década

São Paulo – A crise econômica na zona do euro vai mudar drasticamente o cenário mundial até o fim da década. Um relatório publicado pelo Centro de Pesquisas em Economia e Negócios (CEBR, na sigla em inglês) afirma que em 2020 nenhuma das atuais potências europeias estará entre as cinco maiores economias do mundo.

Alemanha e França, que hoje integram o quinteto na quarta e quinta posições, respectivamente, em 2020 terão dado lugar aos emergentes Rússia e Índia.

“Nosso relatório mostra que o mapa da economia mundial está mudando, com países asiáticos e produtores de commodities subindo degraus enquanto a Europa cai”, diz o artigo da CEBR.

A consultoria foi a primeira a anunciar que o Brasil ultrapassou o Reino Unido e se tornou a sexta maior economia do mundo. De acordo com o estudo, a economia brasileira permanece nesta posição até 2020, contrariando a projeção otimista do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que vê o Brasil entre as cinco maiores até 2015.

Em 2011

País PIB (US$ bilhões)
1º Estados Unidos 15,065
2º China 6,988
3º Japão 5,855
4º Alemanha 3,629
5º França 2,808
6º Brasil 2,518
7º Reino Unido 2,481
8º Itália 2,246
9º Rússia 1,885
10º Índia 1,843


Em 2020

País PIB (US$ bilhões)
1º Estados Unidos 21,278
2º China 17,888
3º Japão 7,630
4º Russia 4,584
5º Índia 4,501
6º Brasil 4,262
7º Alemanha 4,187
8º Reino Unido 3,975
9º França 3,689
10º Itália 2,678


http://exame.abril.com.br/economia/mundo/noticias/em-2020-nao-havera-potencias-europeias-no-top-5-das-economias-mundiais
Eduardo Campos disse…
Jim O"Neill: 'Brasil pode se tornar desenvolvido em 20 anos'

O Estado de S. Paulo - 27/11/2011



Para economista criador dos Brics, Brasil, Rússia, Índia e China não podem mais ser considerados países emergentes

DANIELA MILANESE , CORRESPONDENTE / LONDRES - O Estado de S.Paulo

Antes do fim desta década, um representante dos Brics ocupará a chefia do Fundo Monetário Internacional. Até 2020, o yuan e o real passarão a compor o Direito Especial de Saques (SDR, na sigla em inglês), "moeda" do FMI, ao lado do dólar, euro, iene e libra. O Brasil tem as maiores chances de se tornar um país desenvolvido, o que pode ocorrer em 20 anos.

Jim O"Neill continua sonhando com o futuro dos Brics. A história da criação do conceito, a evolução dos países e suas perspectivas estão no livro The Growth Map: Economic opportunity in the Brics and Beyond (O Mapa do crescimento: as oportunidades econômicas nos Brics e além), que terá lançamento global em 5 de dezembro e deverá ter versão em português em 2012.

Em entrevista exclusiva à Agência Estado, em Londres, ele mantém o tom sempre otimista e contemporizador. Admite que a grave crise da zona do euro afetará os Brics, mas acha que a China, longe de ser uma bolha prestes a estourar, tem capacidade de contrabalançar os problemas do velho continente.

Para ele, os Brics não têm coerência como grupo político, por serem países muitos diferentes. Porém, precisam fazer parte da governança global. O"Neill prevê que eles se tornarão parte de um novo grupo, um G-9, menor e mais efetivo do que o G-20, a ser formado também por Estados Unidos, Japão, zona do euro, Reino Unido e Canadá.

Fanático por futebol e torcedor do Manchester United, ele diz que estará no Brasil para a Copa de 2014 - afinal, esteve em todos os quatro últimos mundiais. A seguir, os principais trechos da entrevista:

O sr., em algum momento, imaginou que o conceito dos Brics se tornaria tão famoso?

Eu nunca imaginei, isso mudou minha vida profissional. É extraordinário.

Se pudesse voltar no tempo, teria feito alguma escolha diferente?


http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2011/11/27/jim-o-neill-brasil-pode-se-tornar-desenvolvido-em-20-anos/
Eduardo Campos disse…
Continuação 1 :

Nos três primeiros anos, eu pensei sobre o México. Mas, quando olho para trás, não me arrependo. Na época, a escolha do Brasil foi a mais controversa.

A inclusão do Brasil foi sua maior aposta. Arriscado, não?

(Risos) Foi muito arriscado. Pessoas no Brasil dizem isso ainda hoje. Mas, como eu já estava no mercado há muitos anos, eu sabia da importância das metas de inflação. Isso foi o que realmente me influenciou.

No livro, o sr. menciona a resistência do seu colega do Goldman Sachs, Paulo Leme. Ele foi contra a inclusão do Brasil?

Ele ficou surpreso, não estava muito disposto. Mas, depois, ele deu muito apoio.

O sr. diz que a maior conquista do Brasil foi o controle da inflação. Algumas pessoas acreditam que o BC acaba de abandonar as metas de inflação. Como avalia?

Não acho que tenha abandonado. Mas não está tão independente como já foi. Talvez tenha apenas sido muito astuto quando olhou os problemas externos três meses atrás.

O sr. está preocupado com o controle da inflação no Brasil?

Não muito. Existe outro fator importante aqui: o Brasil tem o desafio da doença holandesa neste momento. O real subiu tão fortemente que as autoridades brasileiras precisam fazer algo. De certa forma, eu até admiro o fato de o Banco Central tomar certos riscos. Mas, eles precisam ter cuidados, é claro.

O sr. fala sobre o risco que a apreciação cambial traz ao País. Estamos vendo muita pressão no câmbio nos últimos dias com a crise europeia. Seria essa a reversão desordenada que o sr. teme?

A situação na Europa se tornou muito problemática nas últimas semanas, especialmente em relação à Europa. As autoridades europeias precisam ser mais decisivas, pois o mercado está muito nervoso. Falta confiança sobre as decisões políticas na Europa.

Essa turbulência pode afetar fortemente o real?

Já está afetando. A situação é muito frágil. Para ser honesto, muito vai depender da China. Se a China mostrar mais liderança, se a inflação lá cair e eles cortarem os juros e permitirem mais valorização da moeda, será muito importante para contrabalançar a crise na Europa.

Mas os Brics serão afetados pela crise europeia?

Claro, já estamos vendo isso. A zona do euro é um grande mercado. Isso afeta todo mundo, inclusive os Brics. Mas, deixe-me enfatizar: nos próximos 12 meses, o crescimento do PIB dos Brics será provavelmente igual a uma nova Itália. Precisamos manter essas coisas em perspectiva. É claro que a crise europeia pode afetar os Brics. Mas os Brics podem contrabalançar.

O sr. acredita que o Brasil entrará em recessão técnica?

Os dados mais recentes apontam que o PIB poderá se contrair no quarto trimestre. Mas acho que será temporário. Não tenho certeza de que o País entrará em recessão técnica.

Qual a taxa de crescimento que o sr. projeta para o Brasil nos próximos anos?

A tendência está entre 4% e 5%.

O sr. diz que os Brics não podem mais ser chamados de mercados emergentes. Qual é a perspectiva para que se tornem países desenvolvidos?

Acho que o Brasil tem, provavelmente, a maior chance. Até o fim desta década, a renda per capita terá dobrado. A economia está hoje perto de US$ 2 trilhões e o PIB per capita, próximo de US$ 15 mil. Talvez até o fim desta década seja de US$ 30 mil. Em 20 anos, o Brasil pode se tornar um país desenvolvido.

O que ainda precisa ser feito no Brasil?

Mais investimentos do setor privado e inovação.

Por que devemos acreditar que a China não é uma bolha, como o sr. argumenta? Há muita preocupação sobre a qualidade dos empréstimos, as dívidas locais e os preços das moradias.

Essa é uma visão muito popular. As pessoas precisam entender que os preços das casas na China estão caindo porque as autoridades estão tentando conter a alta. Não é um boom típico do Ocidente. É claro que não é o estouro de uma bolha, é o governo tentando conter.


http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2011/11/27/jim-o-neill-brasil-pode-se-tornar-desenvolvido-em-20-anos/
Eduardo Campos disse…
Continuação 2 :

O livro passa impressão de que o sr. não está tão entusiasmado com Rússia e Índia. É isso?

Interessante escutar isso. Eu estava tentando ser realista sobre os desafios. Sua conclusão está certa, eles ainda precisam fazer muitas coisas. O Brasil e a China estão à frente.

O sr. diz que os Brics têm limitações como grupo político porque são países muito diferentes.

O único ponto em comum é que eles têm populações muito grandes. E o desejo de ter mais sucesso.

Outro ponto em comum é a corrupção.

Sim. Mas há países do G-7 com esses problemas também. Muitas pessoas falam disso com mentalidade muito ocidental. Veja o que ocorreu na Itália nas últimas décadas: a Itália não está livre da corrupção.

Os Brics são ameaça ao G-7?

Não chamaria de ameaça. Os encontros de cúpula dos Brics destacam os acontecimentos econômicos do G-7. Foi como um oficial sênior do G-7 me disse recentemente: "Não podemos resolver nada sem a China".

Como deve evoluir a governança global?

Todos os quatro Brics se tornarão parte de um novo grupo, menor que o G-20. Até o fim da década, estarão entre as dez maiores economias. Se a zona do euro sobreviver, se tornará apenas um grupo. Então, teremos Estados Unidos, Japão, a zona do euro, os quatro Brics e talvez o Reino Unido e o Canadá, no que seria o novo G-9.

O sr. também escreve que uma moeda comum dos Brics é muito improvável. Mas e a inclusão do yuan e até do real no Direito Especial de Saques (SDR, na sigla em inglês), a "moeda" do Fundo Monetário Internacional?

Até 2020, sem dúvida é possível. Com base nas recentes definições do G-20, está claro que o yuan entrará até 2015. E o real poderia entrar até 2020.

E quando veremos um membro do Bric como chefe do FMI?

Em algum momento antes do fim desta década. Talvez o Armínio (Fraga, ex-presidente do Banco Central).

O sr. menciona isso no livro. Mas a indicação dele seria impossível no governo Dilma Rousseff.

Eu sei. Só estava tentando destacar que há pessoas preparadas.


http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2011/11/27/jim-o-neill-brasil-pode-se-tornar-desenvolvido-em-20-anos/
Eduardo Campos disse…
Atualizado em  30 de março, 2009 - 05:03 (Brasília) 08:03 GMT

Década de 2020 deve consolidar poder dos BRICs
Silvia Salek *

Da BBC Brasil em Londres


Crescimento acelerado pode fazer dos BRIC potências econômicas e políticas

Os anos 20 deste século podem marcar a consolidação do fortalecimento de países emergentes como potências econômicas e políticas, em um mundo cada vez mais multipolar. Segundo acadêmicos e instituições de pesquisa, os chamados BRICs (Brasil, Rússia, Índia e China) serão peças-chave dessa nova ordem.

Para investigar que desafios cada país do BRIC terá pela frente, no caminho para se tornar uma potência em 2020, a BBC Brasil produziu uma série especial que começa a ser publicada nesta segunda-feira, reunido reportagens multimídia de nossos repórteres no Brasil e enviados especiais a Rússia, Índia e China.

Em 2020, com 3,14 bilhões de habitantes (40% da população mundial naquele ano, segundo projeções da ONU), eles devem chegar mais perto das economias do G-7, após terem crescido a taxas muito superiores às de nações ricas.

O National Intelligence Council, entidade do governo americano ligada a agências de inteligência, prevê que já em 2025 todo o sistema internacional - como foi construído após a Segunda Guerra Mundial - terá sido totalmente transformado.

"Novos atores - Brasil, Rússia, Índia e China - não apenas terão um assento à mesa da comunidade internacional, mas também trarão novos interesses e regras do jogo", afirma a instituição

"Muito provavelmente, por volta de 2020 vamos nos dar conta de que existe um equilíbrio muito maior no mundo em termos econômicos e políticos com o fortalecimento de países emergentes como China, Índia, Brasil e Rússia. Com um maior poder econômico, virá também um maior poder político e uma participação ativa desses países em organismos internacionais", disse à BBC Brasil Stepháne Garelli, professor da Universidade de Lausanne, na Suíça, e autor de um estudo que traça cenários para 2050.

Conceito complexo

O conceito de sistema multipolar é complexo e, ainda que boa parte dos analistas concorde que o mundo caminha para isso, o tempo que levará para que a China tenha voz no Fundo Monetário Internacional (FMI), o Brasil tenha um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU ou o Banco Mundial seja dirigido por um russo ou indiano variam muito.

Mas a discussão já não se limita mais ao meio acadêmico. Diferentes aspectos do que pode vir a ser um mundo multilateral (ou multipolar) já começam a aparecer em discursos de autoridades que estão no centro do processo de tomada de decisões internacionais.

Um exemplo recente vem de Gordon Brown, o primeiro-ministro britânico, que, às vésperas do encontro do G-20, em Londres, declarou no Brasil que "o tempo em que poucas pessoas mandavam na economia acabou".

Também às vésperas do encontro, o diretor-gerente do FMI, Dominique Strauss-Kahn, disse em entrevista a uma TV francesa que "soluções globais supõem que a governança de instituições como o FMI seja mais legítima, mais democrática, com espaço para os países emergentes e pobres".


http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2009/03/090330_bricsabertura_ss.shtml
Eduardo Campos disse…
Continuação 1 :

Reunião do G-20

A reunião do G-20, grupo que une países emergentes aos países-membros do G-8, pode ser vista como um sinal dessas mudanças. A voz dos emergentes no cenário de crise ganha especial relevância.

Segundo boa parte dos analistas ouvidos pela BBC Brasil, eles não apenas serão menos afetados do que os países desenvolvidos pela crise, como também podem se recuperar mais rapidamente.

Essa possível recuperação mais rápida se baseia em alguns pilares que serão também propulsores do crescimento de longo prazo.

"A situação das economias desses países é muito diferente. Mas, de maneira geral, os BRIC estão mais bem posicionados para a recuperação do que muitas outras economias", disse Markus Jaeger, responsável por análises de longo prazo no Deutsche Bank.

Para Alfredo Coutinho, analista mexicano da agência Moody's nos Estados Unidos, a crise revela ainda a vulnerabilidade das economias desenvolvidas e deixa clara a necessidade de equilíbrio na economia global.

"É uma oportunidade para as economias emergentes, que devem liderar a recuperação", disse Coutinho.

Crise

Em entrevista à BBC Brasil, Jim O'Neill, economista-chefe do Goldman & Sachs, que criou a sigla BRIC em 2001, prevê que a crise até mesmo acelere a escalada dos emergentes, e diz que já em 2020 a economia desses quatro países encoste nas dos países do G-7, o grupo das atuais nações mais ricas do mundo.

Não faltam céticos em relação à projeção de O'Neill. John Bowler, diretor do Serviço de Risco por País (CRS na sigla em inglês) da Economist Intelligence Unit é um deles.

"Acho que esse processo será mais demorado. Há uma série de obstáculos à confirmação dessas projeções tanto no campo econômico quanto político", disse Bowler.

Apesar das ressalvas feitas por muitos dos ouvidos pela BBC Brasil, o "otimismo" de O'Neill não é isolado.

Um relatório da consultoria Ernst&Young, Global Megatrends 2009, por exemplo, afirma que "a fome de crescimento, junto com a rápida industrialização das economias e populações em expansão, põe os emergentes no caminho da recuperação mais rapidamente, e os países do BRIC são claramente os atores principais".

Essa fome de crescimento vem, em parte, da nova classe média que tem revolucionado o consumo nesses países. Segundo o Banco Mundial, 400 milhões de pessoas se encaixavam nessa categoria em 2005 nos países em desenvolvimento. Em 2030, deverão ser 1,2 bilhão de pessoas.

"A classe média, principalmente dos países do BRIC, será o novo motor da economia mundial", prevê Stepháne Garelli, da Universidade de Lausane e diretor do índice de competitividade, publicado pelo Institute of Management Development, que avalia 61 países em 312 critérios.

"É uma classe média ávida por comprar seu primeiro carro, seu primeiro celular de última geração. Não é conservadora como a classe média do atual mundo rico. Ela quer 'comprar felicidade'", acrescentou.


http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2009/03/090330_bricsabertura_ss.shtml
Eduardo Campos disse…
Continuação 2 :

Padrão de vida

O valor do PIB dará posição de destaque a esses países no ranking global de economias, mas não será suficiente para levar as populações desses países a padrões de vida próximos ao dos países hoje considerados ricos.

O PIB per capita da Índia, por exemplo, deverá praticamente dobrar num período de 15 anos até 2020, segundo um estudo do departamento de pesquisas do Deutsche Bank. Ainda assim, representará apenas 40% da renda per capita nos Estados Unidos.

De olho em indicadores como o PIB per capita, Françoise Nicolas, economista do Instituto Francês de Relações Internacionais, prevê a ascensão das "superpotências pobres".

"Será um mundo multipolar bizarro. Os BRIC serão superpotências pobres com mais peso econômico, mas o discurso ainda não estará no mesmo nível dos países ricos", prevê Nicolas.

Além da pobreza, esses países enfrentam outros desafios, como a proteção ao meio ambiente.

"Eles querem ter maior poder de decisão e, ao mesmo tempo, em certas questões como o meio ambiente, querem continuar a ser tratados como países emergentes, que não podem cumprir as mesmas exigências dos ricos", disse Thomas Klau, chefe do escritório de Paris do Council of Foreign Relations.

*Colaboraram nesta reportagem: Bruno Garcez, da BBC Brasil em Washington, Daniela Fernandes, de Paris para a BBC Brasil, e Marina Wentzel, de Hong Kong para a BBC Brasil


http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2009/03/090330_bricsabertura_ss.shtml