Jornalismo de Resultados x Jornalismo Investigativo



Pronto, confesso: assisti ao Fantástico ontem (mea culpa, mea culpa, mea máxima culpa...)!

As chamadas sobre as 1ªs Damas tinham me deixado curioso e não resisti, esperei a matéria para ver quais 1ªs Damas e, principalmente, a abordagem que seria utilizada!

Como sempre na Plim-Plim, apesar de caracterizarem as acusações contra cada uma delas, os partidos foram omitidos.

Todos os partidos? Claro que não. Foi citado o partido do Prefeito de Campinas, cassado, que é do PDT (efeito Lupi?), com suspeitas de repasse de dinheiro para campanhas eleitorais. Ora, todos sabemos que o financiamento de campanhas como é feito hoje em dia não só possibilita, mas incentiva este tipo de ação. Somente com financiamento público EXCLUSIVO, nos livraremos desta sina.

E os partidos dos outros prefeitos?

Uma simples busca no site do TSE me esclareceu: 1 do PDT, 1 do PMDB, 1 do PSC e 2 do PP!

Não era relevante a informação? Era!

Mas no Jornalismo de Resultados isto fica em segundo plano, assim como as diversas investigações contra os Governos de MG e SP que tem tão pouco espaço no PIG.


O suplente de senador, preso, tinha ligações com tucanos de alta-plumagem e isto é abafado (afinal o senador é do DEM e o suplente do PSDB), as relações com a Alston nem entram em pauta, etc. etc.

E outras tendencialidades que pululam no PIG, no aguardo de nossa Ley de Medios.

Luiz Settineri - SAROBA

Comentários

Eduardo Campos disse…
SERÁ QUE O BON VIVANT ESTÁ NO MEIO, ESTÁ DENTRO, OU FOI PEGO EM OUTRA BLITZ DO BAFÔMETRO NO RIO DE JANEIRO ????????????

PF investiga prostituição de garotas de TV
30/05/2010
Esquema descoberto pela Polícia Federal pagava até R$ 20 mil para dançarinas e modelos se prostituírem

Escutas revelam que mulheres eram levadas inclusive para outros países onde realizavam programas sexuais

FLÁVIO FERREIRA
DE SÃO PAULO

O cliente do Paraná liga e diz que quer sair com “alguém consagrado”. A agenciadora cita os nomes de uma modelo, de uma dançarina de um programa de TV, de uma ex-capa de revista masculina. E lista os preços: R$ 6.000, R$ 4.000…

Em outra ligação, uma famosa assistente de palco de TV relata a uma agenciadora detalhes do programa que lhe rendeu R$ 10 mil.

Diálogos interceptados pela Polícia Federal mostram que uma rede de prostituição de luxo, descoberta em uma operação de 2009, intitulada Harém, cooptou modelos, atrizes e dançarinas de programas de TV, oferecendo cachês de até R$ 20 mil.

A Operação Harém chegou a ser divulgada pela PF no ano passado, mas agora a Folha teve acesso às escutas que mostram detalhes do filão mais lucrativo da quadrilha: o das “famosas” da TV e de revistas. E também de seus principais clientes: políticos, empresários e jogadores de futebol.

Em uma das gravações, um agenciador diz que um governador está interessado em uma dançarina de um programa de TV. Outra aliciadora diz que não seria possível, pois ela estava “namorando um playboyzinho”.

Em outra escuta, uma paulista que já posou várias vezes para revistas masculinas e é destaque de escolas de samba foi enviada à França pelo grupo para atender a um jogador de futebol francês. Ganhou R$ 6.000.

O preço mais alto discutido pelos agenciadores grampeados pelos agentes da Polícia Federal foi de cerca de R$ 20 mil. Eles negociaram uma a noite com uma mulher casada e com filhos.

Nas escutas, os aliciadores citam também muitas mulheres que consideram impossíveis ou difíceis de serem cooptadas pela rede de prostituição de luxo.

INVESTIGAÇÃO

Das 12 mulheres indicadas como testemunhas de acusação pelo Ministério Público, três frequentam as telas da TV e duas já foram capa de revistas masculinas.

O caso da modelo que foi para França foi usado nos relatórios da PF para comprovar que os aliciadores cometeram crimes de tráfico internacional de pessoas para exploração sexual.

De acordo com a PF, o esquema era liderado por Yzamak Amaro da Silva, conhecido como “Mazinho”, e Luiz Carlos Oliveira Machado, o “Luiz da Paulista”.

Ao todo, 11 pessoas foram denunciadas à Justiça por quatro crimes ligados à exploração da prostituição, além de formação de quadrilha. As penas podem chegar a 26 anos de prisão.

O processo criminal do caso está na fase de depoimento de testemunhas.

Como a prostituição não é crime, nem as garotas nem os clientes foram denunciados, e a Folha decidiu não publicar seus nomes.

http://noticiasdodireito.com/2010/05/