Polícia atira contra manifestantes em Cuiabá

Welington Sabino, repórter do GD

Policias militares dispararam balas de borracha e spray de pimenta contra manifestantes que protestavam diante da Prefeitura de Cuiabá, contra o processo de concessão da Sanecap proposto pelo prefeito Chico Galindo (PTB) através da lei de privatização aprovada a poucos dias pelo prefeito em exercício vereador Júlio Pinheiro. Pelo menos 3 manifestates foram atingidos por estilhaços de balas de festim e a adolescente G.D., 12., que estava acompanhada do pai Genadir Vieira dos Santos, 44, foi atingida com spray de pimenta nos olhos.

O pai da garota, que participa da coordenação do Movimento dos Sem Terra (MST), conta que a filha ao chegar perto dos policias para matar a curiosidade, já que mora em Tangará da Serra e não está acostumada com eventos dessa natureza, foi atingida com spray de pimenta. "Fico indignado, pois uma criança de 12 anos não oferece perigo para os polici
ais todos armados. Infelizmente a Polícia que deveria proteger os cidadãos de bem, preferem cuidar dos políticos corruptos, os que aprovaram a lei que privatiza a Sanecap", desabafa.
RODINEI CRESCêNCIO

Manifestação contra a privatização da Sanecap
Sindicalista Pedro Aparecido S
ouza, representante do Sindicato dos Servidores da Justiça Federal (Sindijufe) também levou um tiro no joelho esquerdo e conta que foi apenas um policial que desferiu todos os tiros dos quais 3 acertaram ainda uma mulh
er e mais de 40 atingiram a perna de um funcionário da Sanecap, que ele não sabe informar o nome. "Ele era o único que portava uma escopeta com balas
de cartucho 762, outros PMs nada fizeram além de empurrar alguns manifestantes que em momento algum invadiram a faixa de isolamento colocada por eles", afirma Pedro que acrescenta que quando foi atingid
o estava a mais de 3 metros longe do policial.
Indignado, o sindicalista conta ainda que ao invés de boletim na Polícia, vão divulgar em parceria com diversos sindicatos, uma nota of
icial durante à tarde em repúdio a ação truculenta do policial, que segundo ele agiu sob ordens de outra pessoa.
Cerca de 500 pessoas participavam da manifestação que começou na Praça Ipi
ranga e percorreu o trajeto até a prefeitura da Capital. De acordo com o vereador Lúdio Cabral (PT) contrário a lei de privatização, conta que ao chegar, os populares encontraram uma barreira montada com carros da PM diante do Palácio Alencastro para isolar a entrada. Diz ainda que os ma
nifestantes também montaram uma barreira entre eles para evitar um possível conflitos, que mesmo assim aconteceu e os PMs atiraram na direção dos populares.
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