DISCURSO DE LULA NA UNIÃO AFRICANA

São Paulo, 30 de junho de 2011
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva acaba de fazer em Malabo, Guiné Equatorial, seu discurso diante da 17º Sessão da Assembleia-Geral da União Africana. A fala do ex-presidente começou 12:30, horário local (8:30 em Brasília). O arquivo do discurso na íntegra segue anexo.
Lula lembrou que a sua presença como chefe da missão do governo brasileiro para o encontro, além de convidado especial da União Africana, reforça a importância dada pela presidenta Dilma Rousseff em estreitar cada vez mais as relações entre o Brasil e a África.

No seu discurso, Lula também agradeceu o apoio dos países africanos à candidatura brasileira para a direção da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO). “A eleição de (José) Graziano é um trunfo dos países em desenvolvimento e um reconhecimento do crescente papel que desempenham num mundo cada vez mais multipolar.”
Sobre o tema do encontro, a juventude, Lula destacou a importância do protagonismo dos jovens na vida política do país.:
“Aprendi nos oito anos que governei o Brasil, que além de investir na melhoria da educação e da oferta de empregos de qualidade para os jovens, o que os entusiasma é a esperança e a confiança de que terão um futuro melhor.
Foi o que conseguimos no Brasil, ao tratar a juventude não como um problema, mas como uma solução.
Criamos um processo virtuoso, de inclusão social e redução das desigualdades, num ambiente amplamente democrático.”
O ex-presidente encerrou seu discurso falando sobre a cooperação e troca de experiência entre Brasil e África.
“Temos especificidades culturais e trajetórias históricas próprias. Não buscamos modelos únicos nem unanimidades. Nossa força está na capacidade de construir a unidade a partir de projetos soberanos. Mais do que nunca é hora de fortalecer o processo de cooperação solidária entre a África e o Brasil”.
No final do discurso, Lula fez um improviso, reforçando a responsabilidade dos países desenvolvidos sobre a atual crise financeira global, e dizendo que é inadmissível que a África e América do Sul não tenham assentos permanentes no Conselho de Segurança das Nações Unidas.
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José Chrispiniano - Assessoria de Imprensa - Instituto Cidadania -imprensa@icidadania.org

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