Ministra Dilma flerta com a sucessão

Zero Hora: A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, provável candidata do PT à sucessão presidencial, afirmou ontem que a sociedade brasileira tem maturidade para eleger uma mulher presidente do país. – Hoje em dia o Brasil pode ter tudo, já teve um presidente metalúrgico, pode ter um presidente negro, pode ter uma ‘presidenta’. Dilma disse que a sociedade brasileira é madura o suficiente para saber que a sua multiplicidade pode ser representada de todas as formas. A declaração de Dilma foi feita após um café da manhã com a presidente do Chile, Michelle Bachelet, em São Paulo. A ministra evitou comentar sua possível candidatura em 2010. Ela disse apenas que vive uma situação similar a de Bachelet, já que é ministra e a colega é presidente.
– Talvez isso que eu esteja dizendo daqui a 10 anos não importe mais, porque teremos experiências de mulheres no âmbito municipal, estadual e federal. As mulheres vão crescentemente ocupando espaços e mudando a forma como o país enxerga uma mulher – afirmou Dilma.
O senador Eduardo Suplicy (PT-SP), que participou do evento em São Paulo, elogiou a escolha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva por Dilma para 2010.
– Eu considero que a ministra Dilma tem excelentes qualidades e compreendo as razões que levaram o presidente Lula a escolhê-la sucessora pelo nosso partido. Vou me empenhar na sua eleição – disse Suplicy.
O senador petista defendeu a presença de mulheres na política.
– É importante que mais e mais mulheres estejam assumindo postos de comando porque elas têm características diferentes. Alternar no comando das instituições, inclusive no âmbito das prefeituras, das instituições federais, dos ministérios e da Presidência, é algo que será muito saudável para o Brasil – afirmou.
No encontro entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Michelle Bachelet, ambos condenaram o golpe de Estado ocorrido em Honduras e pediram que o presidente deposto Manuel Zelaya seja restituído imediatamente ao poder. Os dois presidentes participaram de um evento no qual foram assinados seis protocolos de cooperação entre Brasil e Chile.

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