Sarney dá apoio aos servidores prejudicados pelo PDV

Os servidores públicos federais que aderiram aos programas de Demissão Voluntária (PDV) de 1996 e 1999 e que tentam voltar ao trabalho ganharam um reforço de peso. Foram recebidos nesta quarta-feira, 26, pelo senador José Sarney (PMDB-AP). Rejane Ávila Cavalcante Bezerra e Sueli Severina do Nascimento Silva, coordenadoras do Movimento Nacional Unificado pela Readmissão/reintegração dos “Pedevistas” (MURP) se reuniram com o senador para pedir que o ex-presidente interceda junto ao Presidente Lula para que a solução do problema venha do Executivo federal. Isto porque, segundo as representantes, a Justiça não tem sido muito favorável aos ex-servidores que aderiram ao PDV em ações em que eles pedem o retorno à repartição pública. Já existe, inclusive, entendimento pacificado que não teria havido coação e que a adesão aos programas teria sido voluntária. Por isso, a solução seria “eminentemente político. Dependeria de uma decisão do Presidente”. Segundo elas, o advogado trabalhista, Ulisses Borges de Resende, defende a aprovação de uma lei de anistia, pois o Governo Federal tem se empenhado para readmitir os servidores demitidos no governo Collor. Resende afirma ser necessário o mesmo empenho em relação aos pedevistas. Para Rejane Ávila "essas pessoas concordaram com o programa de forma viciada. Vários servidores, inclusive, assinaram sob coação e ameaça de demissão. É necessário corrigir essa injustiça." A promessa do governo FHC era que haveria a indenização para saída do servidor, garantindo-lhe a reinserção no mercado de trabalho e também o preparando para a abertura de seu próprio negócio ou ainda garantindo sua requalificação e aperfeiçoamento profissional. O Ministério do Trabalho, o CODEFAT, o SEBRAE e o Banco do Brasil seriam os órgãos governamentais responsáveis para a efetivação do contrato que seria então celebrado entre Servidor Público Federal e o Governo Federal. Mas, segundo as representantes, “nada foi feito e há oito anos as representantes do MURP tentam uma ajuda com deputados, senadores e até mesmo com o Presidente Lula. Blog do Said Dib.

Palavra do DESABAFO: O período governador pela QUADRILHA DE FERNANDO HENRIQUE CARDOSO foi um dos piores para o funcionalismo público federal, estaduais e municipais. Mais de 400 mil servidores foram colocados no olho da rua. O vampiro JOSÉ SERRA, apadrinhado pela MÍDIA BURGUESA, faz de tudo para se tornar o presidente da República em 2010. DEUS NOS LIVRE!

Comentários

Anônimo disse…
Daniel, o que você me diz da transferência de R$ 2,8 mi da Saúde para a UNE?
Gostaria de uma opinião sua.
Grata,
Cora.
Anônimo disse…
Olá Daniel, primeiramente parabens pelo Blog é realmente muito bom.

Por outro lado sou pedevista ex-CONAB e gostaria de entrar em contato com as senhoras Rejane Ávila Cavalcante Bezerra e Sueli Severina do Nascimento Silva, coordenadoras do Movimento Nacional Unificado pela Readmissão/reintegração dos “Pedevistas” (MURP), voçe poderia me dar u e-mail delas?

um abraço de Belém do Pará

Augusto Souza
joaoaugusto444@hotmail.com
Anônimo disse…
Olá Daniel,

Concordo que o Presidente Lula é quem tem nas mãos a solução para o problema criado pela matilha do FHC. Os pedevistas, tanto os servidores públicos como os do Banco do Brasil entre outros de Sociedades de Economia Mista, foram todos prejudicados e merecem receber uma atenção especial por parte do Executivo, pois do Judiciário estamos vendo que não se pode esperar muito no atual estágio - estão aí as vendas de sentença que temos visto estampadas nos noticiários -. Já está mais do que na hora de uma atitude do nosso Presidente. Será que ele decepcionará os brasileiros se fazendo de surdo a tanto clamor de pessoas que só querem ter direito a trabalhar?

Elaine.
Anônimo disse…
Doação do nosso patrimônio
Exigências do FMI:
FHC cumpriu integralmente
Por Hélio Fernandes
Já contei aqui há muito tempo o que se chamou de "Acordos de
Washington". Realizados no Brasil e na capital dos Estados Unidos.
Participaram economistas "engajados" de lá e daqui. E mais importante.
Estavam presentes FHC, ainda não presidente, e Nelson Rockefeller, um
dos donos do mundo, por herança do nome.
Esses encontros eram preparados, planejados e monitorados pelos grandes
bancos do mundo, sempre os mesmos. Os países ricos, muito bem
assessorados pelos economistas do FMI, convenceram os países pobres
(pobre, lógico, é força de expressão, principalmente em relação ao
Brasil) de que só poderiam crescer e se desenvolver com AJUDA dos bancos
multinacionais.
A primeira reunião ocorreu no Brasil em 1983, estávamos praticamente
saindo da ditadura, quando a DÍVIDA EXTERNA cresceu bastante, a INTERNA
ainda não existia.
A DÍVIDA EXTERNA, que pulou de 1 BILHÃO em 1960 para 60 BILHÕES nesse
1983, a partir daí passou a dar saltos fenomenais. É que os juros foram
aumentados barbaramente, o que, logicamente, jogou o principal lá para o
alto.
No ano de 2000, essa DÍVIDA EXTERNA estava em 240 BILHÕES. O grande
incentivador desse crescimento foi FHC, que participou do fato
duplamente. Como simples convidado em 1983 (aqui na filial) e em 1985
(lá na matriz), e depois como presidente.
Como o assunto é vastíssimo e afeta diretamente a nossa soberania, hoje
vou escrever unicamente sobre a monstruosa DÍVIDA INTERNA.
Até 1992 não havia DÍVIDA INTERNA. Começou timidamente com Itamar
Franco, já com FHC como ministro da Fazenda, logo a seguir. Quando o
próprio FHC assumiu a presidência em 1º de janeiro de 1995, a DÍVIDA
INTERNA estava em 62 BILHÕES. (Tanto faz de dólar ou de real, inventaram
a absurda paridade). Cumprindo como presidente o que fora acertado em
1983 e 1985, FHC foi elevando a DÍVIDA.
De 62 bilhões passou quase a 100 bilhões em 1997, 250 bilhões em 1998,
já então com a REEELEIÇÃO comprada não pelo mensalão e sim paga à vista,
a tanto por cabeça. Quando foi obrigado a deixar o governo (não obteve o
terceiro mandato), essa DÍVIDA já beirava os 750 BILHÕES.
E mais grave ainda: FHC criou a Comissão de DESESTATIZAÇÃO, e colocou
nela homens que passaram a exibir um ENRIQUECIMENTO COLOSSAL, sem
qualquer explicação.
O próprio FHC ia para a televisão, várias vezes, muitas vezes, inúmeras
vezes, sempre com o mesmo discurso: "Temos que vender empresas estatais
para poder pagar os juros da DÍVIDA INTERNA". Só que as estatais de
todos os setores iam sendo entregues e a DÍVIDA crescendo cada vez mais.
Com FHC, os juros para pagamento dessa DÍVIDA chegaram a 48 por cento,
não sei que palavra usar para rotular essa bandalheira. (Talvez seja
essa mesma, b-a-n-d-a-l-h-e-I-r-a).
Essas estatais, que nas palavras do próprio FHC "estavam sendo
vendidas", na verdade eram apenas DOADAS, por causa dos preços
inacreditavelmente baixos. Só para citar a Vale, cujo patrimônio era de
3 TRILHÕES, entregue por 3 BILHÕES. E ainda financiados pelo BNDES, que
entregou fortunas ao Bradesco-Bradespar e a outros "donos" de bancos
falidos, que passaram a potências financeiras e até políticas.
Até mesmo a Petrobras ia sendo entregue, só que FHC não teve coragem de
DOÁ-LA. Mas assinou a Lei 9478, que arruinou uma parte da empresa e
criou as inacreditáveis L-I-C-I-T-A-Ç-Õ-E-S. O governador Requião quis
tornar essa LICITAÇÃO no que era, inconstitucional. Ganhava por 4 a 0,
Jobim fez um gesto, um ministro "pediu vista", entregou o processo meses
depois. O governador Requião perdeu por 7 a 4.
PS - Entregaram tudo, Furnas foi salva por causa do espírito público do
seu presidente, Luiz Carlos Santos. Perdemos riquezas e não apenas
minérios. Todos os bancos estaduais se transformaram em multinacionais.
PS 2 - O presidente Lula poderia ter REESTATIZADO tudo. Os países do
mundo não inventaram, agora, o SOCIALISMO-ESTATAL? Lula poderia ter se
antecipado.
-
Augusto,
envie e-mail. Um abraço.
A Única Oração Que Eu Conheço

“Só vos peço uma coisa: se sobreviverdes a esta
época, não vos esqueçais nem dos bons, nem dos
maus(..) Eles eram pessoas e tinham nomes, ros
tos, desejos e esperanças, e a dor do último não
era menor do que a dor do primeiro, cujo nome há
de ficar...”

(Júlio Fuchik, 1980, in, Brasil Debates,
Testamento Sobre a Forca)

Sempre fui ateu. Não posso acreditar na hipótese de que, quem fez, fez para destruir depois. Sempre fui um emérito comunista de carteirinha e filosofia. Um marxista teórico, comunista científico e socialista-democrático, em defesa de um sentido ético-plural-comunitário, para a vida em sociedade, com um humanismo de resultados.

Sempre achei que a religião é o ópio do povo. Uma burrice pegajenta no refluxo do inconsciente coletivo. Uma antiga invenção política para pôr freios na falsa moral burguesa, que nunca foi exemplar nas suas alcovas e bastidores do poder real. Acho até que a religião teria sido inventada pelo próprio diabo, se é que ele também existe, sentado no rabo da histórica hipocrisia social. Se todo homem é um animal político, como disse o filósofo Sócrates faz mais de dois mil anos, todo homem é também um animal antes de tudo sexual e por isso mesmo pervertido e cruel. Comida, sexo e poder. Esse é o destino do homem que, como todas as coisas, nasce, cresce, tripudia sobre cadáveres e serventias de sobrevivência amoral e decadente, fica tolo, senil, esclerosado e morre. Não há nada depois da morte. Viemos do nada e ao nada voltaremos. Somos esse vazio existencial entre o antes e o depois de. Sempre pensei assim. Do pó viemos e ao pó voltaremos, parece ser a única coisa certa escrita na Bíblia.

Mas resolvi de, assim mesmo, relatar o que se passou comigo em tempos ordinários, difíceis, regime de exceção.

Vivíamos o período tenebroso das trevas de uma ditadura militar incompetente, corrupta, violenta e senil. A Canalha de 64, cantada como Redentora, e seu capitalhordismo americanalhado, bancado por setores conservadores da ala reacionária da Igreja, mais as senhoras de Santana, sórdidos empresários agiotas e amigos do alheio, e um projeto babaquara denominado hipocritamente de Tradição, Família e Sociedade, mas, na verdade, bancado por ratos olivas com coturnos, todos com medo do socialismo moreno-tropical do Comandante Fidel Castro que poderia se alastrar por toda a Latrina América terceiro-mundista, em detrimento de suspeitos interesses de agiotas do capital estrangeiro sediados no Washingtom Cloaca.

Eu, como muitos camaradas de um aparelho pego em flagrante, delatados por uns porcos empresários de grosso calibre, estávamos presos no DOPS, os chamados podres porões da hedionda polícia paulistana liderada pelo nefasto Delegado Fleury e seus chacais de antro de escorpiões que depois foi assassinado como queima de arquivo.

Eu tinha perdido bolsa na faculdade de Direito de Guarulhos (um bocó de professorzinho-major me fichara em desconfiança), também perdera emprego numa locadora de imóveis dias antes de ter sido promovido (o diretor era um janota coronel de reserva da aeronáutica), minha família foi vigiada, corríamos risco de passar fome, até que viram um artigo meu com Codinome Comando Alfa, denominado “A Corrupção Financia a Revolução” e assim eu fui levado de camburão como um bandido, seqüestrado por um bando de recos com fuça de hienas, para medo de meus amigos, familiares e inteligentíssimos colegas de esquerda. O país agonizava, era uma eterna noite com um falso verniz de arapongagem e montados milagres econômicos que tinham um alto custo social, como depois se revelara a partir de um montado medo do Jango e outras tramóias de imbecis de terno, gravata, e farda, os reacionários de aluguel fundando novos covis de salteadores.

Fichados, éramos interrogados, cobravam nomes, documentos, atentados, datas, aparelhos, panfletagens, e muita gente morreu nessa época, incrivelmente muito mais do que se sabe, se identificou, inclusive por uma ala internacional da ONG Tortura Nunca Mais.

Essa ONG aliás, era baseada na Europa, mais agora está vigente no Brasil S/A, nesses tempos de tenebroso neoliberalismo-globalizado, mais uma terceirização neoescravista com privatizações-roubos e reformas que dão flanco ao contrabando informal, e permitem aos narcotraficantes substituírem um estado propositalmente falido pela elite na sua essência básica de prover os excluídos sociais.

Diariamente vinha uma trinca de recos levar ou outro colega comuna de cela. Que era torturado de todas as maneiras. Se resistisse, voltaria a passar por outra sessão severa, de pau-de-arara a sodomia, de pancadaria e loucuras indescritíveis. Nem que eu tivesse um milhão de anos, eu esqueceria esses horrores. Muitos morriam no interrogatório. Então montavam fugas, falsos suicídios como o de Vlado Herzog, atentados, máscaras e camuflos para jogar areia na dura verdade, atirar fumaça nos crimes cometidos pela aparelhagem do estado militarista historicamente incompetente, sempre ao lado de latifundiários, estrangeiros, banqueiros, e uma burguesia decadente, amoral e insensível com as riquezas injustas, os lucros impunes e as propridades-roubos. Muito ouro e pouco pão.

Sou uma testemunha da história. De certa forma sobrevivi, na medida do possível, mesmo para assistir, com nojo, ex-marxistas bandearem de mala e cuia pro lado do inimigo, e até darem seu apoio a banqueiros irracionais, aumentando a falsa dívida externa, saqueando as empresas estatais que foram vendidas a preço de banana e moedas podres. E os piores comunistas são os falsos, de ocasião, que se abancam em cargos públicos por interesses mesquinhos, tipos ególatras como melancias, vermelhos por dentro mas verdes por fora. E como testemunha é que me cabe aqui relatar sobre a única oração que eu aprendi na cadeia, em estado desesperador.

Detido no DOPS, via chegar e sair os suspeitos de sempre, via entrar e sair um torturado vencido pelo horror, via um bando de vaquinhas de presépio levando cadáveres para desovas em cemitérios clandestinos fomentados por políticos do estilo rouba e diz que faz, eminência parda à sombra dos três podres poderes. Era o regime de exceção. Era o arbítrio. Eu senti muito na pele a dor crucial dessa época. Um determinação legal da ONU dizia que um povo podia se voltar armado até, contra uma ditadura, mas nós estávamos desarticulados e ali nos restávamos aguardando a morte, o exílio, ou as seqüelas que hoje eu sinto que são para sempre.

Pendurado num pau-de-arara, sem água, sem luz e sem pão, eu não podia dizer muito, primeiro porque era pela não-violência, segundo porque nunca tinha atentado contra ninguém, minha única arma era a palavra escrita e falada, eu era bom de dialética e sabia ocupar meu espaço denunciando, reclamando, pedindo por eleições diretas e o fim das insanidades palaciais. Se eu soubesse muita coisa, de qualquer maneira, confesso que jamais contaria, eu não era um alcagüete e sabia suportar pressões. Mas apanhei muito. Várias vezes. Quase morri. Era uma sova atrás da outra.

Lembro-me, no entanto que, por aqueles labirintos amorais e desumanos, perambulava sempre, um peregrino cândido e terno que, certamente corrompia financeiramente as altas patentes todas (que eram facilmente corrompíveis) e ali nos vinha dar sua palavra de conforto, seu apoio moral, seu largo ombro amigo, na sua tez de seda.

Esse anjo em forma de gente, era o Cardeal Dom Paulo Evaristo Arns.

Volta e meia nós o víamos saindo de uma cela, tentando cobrar autoridades do arco da velha, entre paisanos boçais e militares babaquaras, e muitas vezes ele esteve comigo em meu solitário catre sujo de sangue seco, suor, lágrimas e um fulcro nodal de desespero.

Nunca gostei de orações, não acredito nelas. O homem e as circunstâncias, é o que vale. Nunca gostei do Pai-Nosso hebraico, muito menos da oração inventada pela Igreja das trevas em tempos profanos de cruzadas que matavam pessoas inteligentes, geniais, com medo das reformas de Martinho Lutero, e da invenção da imprensa que promovia cada vez mais a leitura da Bíblia sob diversas óticas, menos conduzidas por cabrestos abismais.

Quantas vezes ali, depois de apanhar bastante, machucado, sangrando, a pão, água e pesadelos, eu acordava sofrendo e, entre gemidos sósias, via ao meu lado o Cardeal de São Paulo. Ele me pensava como podia no rigor do momento, no apurado do trauma, com sua voz fina e meiga dizia, sempre, com a sua branquela mão direita cheia de sardas rosas no meu ombro esquerdo:

-Seja forte, meu filho. Procure suportar, meu irmão. Sê firme, amigo.

E eu o olhava ali, enorme, grandioso, sem nada que pudesse nos ligar, um padre e um comunista, uma borboleta e um escorpião, e o ouvia me dar forças, me encorajar, para que eu fosse firme, quando eu queria mesmo era findar logo, pegar de minha cinta e me dependurar num cano alto, morrer enforcado e acabar com aquilo tudo.

Para muitos ele foi um bálsamo. Para mim também. Para muitos ele foi a salvação, a âncora entre o inferno e o sonho. Para tantos ele foi o passaporte da agonia para a esperança. Um Ser Humano e tanto. Insubstituível. Nunca haverá outro como ele. É na dor, na tragédia, no desespero, no medo e na fome, que se conhece o caráter e o referencial de um homem de verve.

Confesso que nunca aprendi rezar, sinceramente ainda não acredito muito nisso.

No entanto, cresci, fiquei forte, escapei, virei escritor, fui sovado pela dura lida, e, claro, como ser humano tenho medo, tenho presságios, uma angústia-vívere, um ou outro surto psicótico, neuras, e o espírito às vezes atribulado, mais o risco do desemprego, o salário baixo, a falência dos serviços públicos essenciais, e assim até desenvolvi um medo do escuro, uma intuição de lobo acuado, um instinto tribal.

No entanto, nessas horas, vem-me à mente a imagem daquele homem santo ajoelhado ao meu lado, um ateu, e ele, Dom Paulo Evaristo Arns, é a oração em pessoa. Um santo? O sentido exato de uma prece na sua mais altaneira definição.

Então, alguma coisa em mim - meu espírito aventureiro, talvez; uma certa resiliência psicológica até - talvez uma porta para a luz, fala de mim para mim mesmo, a única oração que eu conheço, que eu aprendi na dor: Seja forte, Seja firme. E eu sinto um calor descomunal me passar pela espinha. Como se uma pilha-luz ligada no aparelho da memória recorrente, um arquivo neural que se assoma e me reconforta, me estimula, me incendeia. E me sustém ainda.

E, confesso, não há melhor oração do que a imagem e semelhança de um homem digno, puro.

Perdoem, mas essa foi a única oração que eu aprendi. Essas simples poucas palavras cruas, me dão um sentido enorme de energização. No entanto, somadas num imagético de um momento de terror, me dizem tudo, me sustentam, acho que até, intimamente, podem às vezes me ensinar técnicas de Vôos. Ou me salvar de mim mesmo.

Se Deus existe mesmo, quando for a hora do juízo final, amargedom, sei lá o quê mais, e quando eu for pesado na balança, e me cobrarem alguma falta, direi em minha legítima defesa que sei de uma oração de peso, e, certamente direi uma verdade inteira, expressando-a, recitando-a emocionado, com todo seu conteúdo de amor e luz.

Após repeti-la, curtinha que é, frase por frase (Sê firme, Sê forte!) direi que, como Oração mesmo, inteira e plena, táctil, presencial, personalizada, conheço mesmo só a exata pessoa do Cardeal Dom Paulo Evaristo Arns.

Independente de placa de igreja, ele foi um mito, um mensageiro, um visitador, um abençoado. E então, assim espero, os anjos de Deus (certamente seus irmãos celestes), com certeza me darão o passaporte da liberdade assistida num limbo qualquer.

Num purgatório qualquer muito além desse pardieiro chamado Planeta Água, a nave-cela da escória cósmica, um verdadeiro antro sideral de escorpiões.
-0-
Silas Correa Leite – Estância Boêmia de Itararé, São Paulo, Brasil
Contatos: E-mail: poesilas@terra.com.br
Site: www.itarare.com.br/silas.htm
Blogues: www.portas-lapsos.zip.net
Ou: www.campodetrigocomcorvos.zip.net
Livros “Porta-Lapsos, Poemas, Editora All-Print” e “Campo de Trigo Com Corvos, Contos, Editora Design”, à venda na Livraria Cultura: www.livrariacultura.com.br
Prêmio Ligia Fagundes Telles Para Professor Escritor
Texto da Série: “Memórias de Um Tempo Que Não Acabou Dentro da Gente” (Livro Inédito do Autor)
Unknown disse…
Boia noite, sou pedevista da aeronautica de 1999 gostaria de saber se foi encontrada alguma solução para o nosso retorno.Se o Lula já resolveu liberar a anistia.Lula, seu governo esta praticamente acabando todos nos acreditamos que ocorreria nosso retorno, mais até quando iremos esperar.O problema não é dinheiro., senão não sobraria milhares de milhares pra deputado costruir castelos com o dinheiro público.Isabel cristina rodrigues
CARLOS ROBERTO disse…
SOU PEDEVISTA DE 1996, GOSTARIA DE ENTRAR EM CONTATO COM COLEGAS PARA ME INTEIRAR COM OS ACONTECIMENTOS ETOU POR FORA DE TUDO. TEL 21 37679183 E 21 95633821 ME AJUDE.CARLOS ROBERTO. OBRIGADO E VAMOS NOS UNIR.
Anônimo disse…
É com esperança que leio esta notícia, sou filho de "pedevista", meu pai assinou o tal plano na época do FHC, prometeram a ele "inserção" e "orientação", etc. Meu pai, que toda a vida trabalhara como pacato servidor do governo, foi abandonado na rua com trinta mil reais na conta. O negócio que tentamos montar faliu e o banco que havia financiado a compra do equipamento tomou tudo e ainda jogou o nome de meu pai no SPC e SERASA.

De fato foi uma baita de uma injustiça, inda mais considerando a coação dissimulada que eu próprio, que na época só contava uns onze anos de idade percebia na repartição onde meu pai trabalhava.


Os anos de fome e miséria literal não poderão ser compensados, mas espero que ao menos meu pai possa retornar à sua função pública. Discordo de que não houve coação, houve coação sim, e o caso de meu pai e de vários de seus antigos colegas é prova disso.
Anônimo disse…
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- Daniel
Anônimo disse…
Olá Daniel! Agora que vi seu Blog. Sou pdvista da Caixa ( 2000 ), vc poderia me informar a "quantas" anda o movimento pela readmissão/reintegração dos servidores e empregados em empresas Estatais ? Vc teria o endereço do MURP ? Abraço ( ramiuzcardoso@yahoo.com.br )
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