Crise? Que crise? Todas as indústrias fabricantes de geradores de energia eólica da Ásia e da Europa revelaram ontem, no congresso mundial do setor, que se realiza em Pequim, o seguinte: estão operando com 100% de sua capacidade instalada e até agora nenhum pedido foi cancelado. O cearense Lauro Fiúza Júnior, presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica, que lidera a representação do Brasil no evento, disse a este blog, falando diretamente da capital chinesa, que o Governo daquele País anunciou a criação, em 2009, de linhas de crédito especiais para fomentar as exportações de geradores produzidos pelas suas 40 fábricas espalhadas pelo imenso território chinês. Por enquanto, toda essa produção destina-se ao mercado interno da China, cujas autoridades consideram a energia eólica assunto de alta prioridade. Tanto é assim, que os bancos chineses, todos estatais, mantiveram inalterado o crédito para quem fabrica geradores éolicos. Diante do que já ouviu e está ouvindo no congresso — que se encerra hoje — Lauro Fiúza mostra-se otimista: ´A energia eólica, que é 100% correta e limpa do ponto de vista ambiental, já se provou também viável social e economicamente. As fazendas de vento que várias empresas implantam no Brasil, principalmente no Ceará, são apenas o começo de uma grande e silenciosa revolução tecnológica´. Lauro Fiúza retornará domingo ao Brasil. Escrito por Egídio Serpa.

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