A CONFSSÃO DE MAINARDI
De modo surpreendente, no seu podcast de hoje Diogo Mainardi acabou entregando o jogo em que se meteu no caso Opportunity. leia aqui ou ouça aqui:

Li que a procuradora Anamara Osório cuida do caso Kroll, a empresa contratada por Daniel Dantas para espionar a Telecom Italia. Nesse caso, antes de me acusar de maneira absurdamente leviana, ela deveria ter se informado a meu respeito com a antiga diretoria da Telecom Italia, aquela que combateu a Kroll. Isso teria evitado que ela quebrasse a cara de um jeito vexaminoso. Paolo dal Pino, o presidente da Telecom Italia na época da batalha contra Daniel Dantas, é meu amigo fraterno. Nossa amizade sempre me impediu de considerá-lo uma fonte. Mas ele acompanhou de perto meu trabalho. E me apresentou a uma penca de dirigentes da Telecom Italia. Com o tempo, esses dirigentes se tornaram minhas fontes, e me ajudaram a entender o que ocorria no setor de telefonia, fornecendo-me documentos e testemunhos diretos do envolvimento da companhia com o governo. Daniel Dantas? Daniel Dantas era o inimigo dessa gente toda. O inimigo de minhas fontes.

O curioso é que, no ataque que fez contra mim na Veja, Mainardi me acusa de trabalhar para a Telecom Itália - o mesmo grupo que ele admite, no podcast, ser sua fonte através do seu fraterno amigo, dal Pino. Em todo esse período joga com a confusão para obter álibis. Chega a hora em que a esperteza acaba por comer o esperto - para usar um provérbio mineiro.

Em “O Caso de Veja”, no capítulo “O quarteto de Veja” (escrito meses e meses atrás) situo claramente o momento da adesão de Veja e Mainardi a Daniel Dantas. Em meados de 2005, provavelmente entre maio e junho, a relação se amplia. 18 de maio de 2005 é a data do último ataque (de Veja) a Dantas; 15 de junho de 2005 o início ostensivo da mudança de rota.No dia 28 de abril de 2005 foi anunciado o acordo entre a Telecom Itália e Daniel Dantas, amplamente noticiado na imprensa. Leia aqui na “Folha”:

A paz entre o banco Opportunity e a Telecom Italia foi selada ontem. O acordo custou 341 milhões, cerca de R$ 1,2 bilhão, aos italianos e a renúncia do Opportunity ao controle da Brasil Telecom, operadora de telefonia fixa da região Centro-Oeste. Ou seja, quando Mainardi entrou de cabeça no jogo, ao contrário do que ele tenta passar, Telecom Italia e Opportunity já tinham se tornado aliados. E o mentor da aliança, do lado italiano, foi justamente seu fraterno amigo Paolo dal Pino. Sua outra fonte, conforme ele próprio já admitiu, era Daniel Dantas.

Na época, Mainardi fazia o jogo de Dantas; e fazia o jogo da Telecom Italia. E fazia porque a Telecom Italia passou a fazer o jogo de Dantas.No recente episódio do Inquérito italiano, e sua tentativa de influenciar o Inquérito da Kroll, no Brasil, o jogo só tinha um lado interessado, Daniel Dantas, já que a parceria com os italianos se encerrou há tempos e eles só estão envolvidos no inquérito que corre na Itália. Não sei se por pânico ou o quê mais, por desespero atrás de um álibi qualquer, Mainardi acabou entregando-se de bandeja, jogando com datas e imaginando que o engodo passaria em branco.

Por Daniel Pinheiro
Boa noite, Nassif. Aqui quem escreve é Daniel, editor do site da CartaCapital, tudo bem? Gostaria de te fazer uma sugestão: reunimos todo o material que a Carta já publicou sobre Daniel Dantas em um dossiê, que está disponível no nosso site. Aqui está o link: clique aqui Se você puder divulgar isso no seu blog, seria fantástico. Fonte: Luis Nassif.

Comentários

Anônimo disse…
Os esquerdopatas, definitivamente, não entendem o que lêem!!!
MASQUINO disse…
Os direitopatas,definitivamente,não entendem o que vêem!!!
Anônimo disse…
Tem gente que adora colocar denominações, mas argumentação que é bom, nada. O Caso Veja do Nassif não é uma questão de direita ou esquerda, é antes de tudo uma denúncia de manipulação jornalística, de safadeza mesmo. E o anônimo aí leitor do RA diz para ele parar de babar de raiva e mostrar argumentos melhores em defesa de seu coleguinha, DM. Já está ficando monótona essa tática de ficar somente nos xingamentos, falta conteúdo.
Anônimo disse…
"Os esquerdopatas, definitivamente, não entendem o que lêem!!!": os direitoputos tambem nao.
Anônimo disse…
"Já está ficando monótona essa tática de ficar somente nos xingamentos, falta conteúdo": mas que direitoputos eh um perfeito neologismo eh sim...
MASQUINO disse…
Eles não são direitopatas.Isso é para gente inteligente como Eugênio Gudin.Geralmente oriundos de péssimas faculdades privadas,pensam que sua argumentação rasa com uma pizza é suficiente para chamar a esquerda de truculenta.O que eles são,mesmo,é filhinhos de papai que se acham capitalistas mas mamam no Estado com suas sinecuras em empresas financiadas com dinheiro do BNB,BB,BEC e CEF.São socialistas!!Vivem do papai Estado,mas o Estado só pode ajudar a eles e suas famílias.Pode chamar isso de populismo chique!Se o Estado começar a ajudar gente pobre,lá vem eles com aqueles chavões da Veja:"populismo"!!!Não dá.Vão estudar e se identifiquem,por favor!!!!