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Planalto vai tirar Dilma da 'vitrine eleitoral' para 2010
Para o governo, excessiva exposição da ministra da
Casa Civil atiçou a fúria da oposição.

O governo vai tirar a ministra Dilma Rousseff da vitrine eleitoral até a temperatura da CPI dos Cartões baixar. A decisão foi tomada com o argumento de que a Casa Civil virou alvo de disputa política. No Palácio do Planalto, há certeza de que a excessiva exposição da chefe da Casa Civil - favorita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a sua própria sucessão, em 2010 - "foi um erro" que provocou não apenas a fúria da oposição como o fogo amigo nas fileiras do PT. O esforço do governo, agora, é para blindar a "mãe do PAC".

Dilma manterá sua agenda de viagens para inaugurar obras do Programa de Aceleração do Crescimento, mas vai reduzir sua participação em encontros político-partidários e em reuniões relacionadas a disputas municipais. Cumprindo o cronograma técnico do PAC, ela estará na segunda-feira no Rio, ao lado de Lula. Na sexta, também com o presidente, participará de evento da Petrobrás em Rio Grande (RS) e, depois, seguirá para Porto Alegre. No fim de abril, Dilma irá a Tóquio, onde cobrará reciprocidade do Japão nos negócios com o Brasil. Além desse recuo estratégico, o Planalto deve encontrar alguém para punir exemplarmente no caso do vazamento do dossiê sobre gastos no governo Fernando Henrique. Mas não será Dilma. Por enquanto, a retórica oficial é a de que "não há cabeças a cortar". O desfecho, porém, pode não ser assim: Lula já foi informado de que virá "chumbo grosso" na CPI e o governo quer agir rápido para neutralizar os ataques do PSDB e do DEM. Se a situação piorar, a sindicância interna na Casa Civil terminará em guilhotina.

Depois que a CPI aprovou requerimento solicitando informações sobre gastos dos últimos dez anos com cartões corporativos, operações em cheque ou dinheiro vivo, o núcleo do governo vasculhou novamente as despesas. A conclusão foi de que haverá "farto material" de confronto daqui para a frente. Motivo: circulam no Planalto rumores de que mais ministros cometeram "deslizes" com dinheiro público, como pagamento de almoços e jantares. A prática também alvejaria auxiliares de FHC. Embora Lula e colaboradores neguem a existência do dossiê - admitindo apenas a organização de um "banco de dados" -, o governo montou há tempos uma operação para reagir à esperada ofensiva de adversários na CPI dos Cartões. Desde fevereiro, como revelou o Estado, ministérios e repartições da administração direta foram orientados a revirar gastos com suprimentos de fundos (cartões corporativos e contas tipo B) tanto na gestão Lula como na de FHC.

O Planalto sempre quis comparar os dados, na tentativa de mostrar que o governo Lula não cometeu pecados nem caprichou nos gastos excêntricos. "Antes, servia-se vinho importado no Palácio da Alvorada. Hoje, a ordem do presidente é servir vinhos nacionais, e o último que vi lá foi da Casa Valduga", disse um ministro habituado a freqüentar o Alvorada. Conhecida por manter a cabeça fria na crise, Dilma bate na tecla de que todas as acusações, até agora, são uma tentativa de "escandalizar o nada". Na sexta-feira, ela conversou com a secretária-executiva da Casa Civil, Erenice Guerra, e tranqüilizou-a. Erenice garante que não pediu a nenhum servidor para "pinçar dados" sobre despesas específicas do governo FHC.

Apesar de ter tomado gosto pela política, a chefe da Casa Civil avalia que é hora de se resguardar e deixar a pré-candidatura para 2010 na prateleira. Na prática, tenta se proteger do vendaval provocado pelo dossiê anti-tucano. Sabe que os parlamentares a acusam de não ter jogo de cintura e tem muitos desafetos não só na oposição como na base aliada. Além disso, seus companheiros no PT reclamam de perseguição a petistas no governo. Pior: prometem aumentar o tom da chiadeira. Jornal O Povo.

Acesse o blog da Jussara Seixas:

Comentários

Anônimo disse…
DANIEL,
Peço divulgar, já que nenhum brasileiro de bem, e do bem, pode esquecer esta data:

44º aniversário da Contra-Revolução de 31 de março

31 de março de 2008, data em que comemoramos com júbilo 44º (quadragésimo quarto) aniversário da Contra-Revolução de 31 de março de 1964.

Naquela data, brasileiros patriotas colocaram o BRASIL acima de tudo e impediram que maus brasileiros, brasileiros covardes e nojentos, transformasse o nosso PAÍS em mais uma Cuba.

Parabéns BRASIL !

Cézar Henrique

www.blogdaunr.blogspot.com
Anônimo disse…
O ridículo dessa gente não tem fim. Agora o governo admite a existência de um dossiê.

O papel de áulico nesses dias deve ser uma dureza. O subjornalismo a soldo fica em desespero porque é obrigado a defender, a cada hora, uma versão.
— Ordinário!
— Sim, comandanta!
— Escreva aí que não tem dossiê porcaria nenhuma. É tudo invenção daquela revista.
— Sim, comandanta! Pode deixar. Eu adoro inventar histórias.
— Não minta! Você adora é grana.
E lá vai o coitado: “O dossiê não passa de mais uma invenção etc, etc, etc...”
Aí a versão se desmoraliza.

— Ordinário!
— Pois não, minha gerenta...
— Escreva nessa porcaria aí que fizemos tudo obedecendo a um acórdão do TCU. Mas não mostre o acórdão, hein!? Ou vão saber que é mentira.
— Claro, generala! Eu adoro agasalhar o que existe e inventar o que não existe.
— Tá, tá, deixe de babar na minha sandália, que a baba corrói o couro.
— Desculpe...
— Não encha.
E lá vai o estafeta. “Tudo o que se fez estava previsto no acórdão do TCU...”

Aí alguém se lembra de ler o acórdão do TCU — publiquei ontem o link — e verifica que é tudo mentira, né? Não existe nem mesmo sugestão. Shuááá... grogloroute... Fiuuuuuvuuupt. É uma onomatopéia de uma versão mentirosa indo embora pelo ralo...

Aí a gente lembra, a evidência escancarada de que a versão da mera digitalização de documentos é falsa. Afinal, está no documento a sugestão de que teria havido uma intersecção entre os gastos de FHC e caixa de campanha. Ora, não tendo sido o governo anterior a ter deixado confessado um crime em documento oficial, a peça é obra dos malfeitores. Que, ademais, estão, então, adulterando papéis oficiais, o que é mais um crime. Na “digitalização” tão técnica da equipe de Dilma Rousseff, aparecem termos como “uiscão”. Não existe ordem cronológica. Pessoas são chamadas quase por apelido. Há até sugestão de nomes que devem ser convocadas pela CPI.

No Globo desta segunda, o ministro José Múcio (Articulação Institucional), um dos que participaram da decisão de se escarafunchar o governo passado, segundo uma reportagem do Estadão, admite a existência, sim, do dossiê. Mas atenção para a versão.

— Ordinário!
— Sim, czarina!
— Pare de frescura, rapaz! Aja como homem!
— Ah, magnânima…
— Huuummmpppfffttt...
— Fale, que eu escrevo, Grande Sacerdotisa, minha episcopisa!
— Credo! Que nojo! Diga aí que houve, sim, dossiê. Mas que se tratou de fogo amigo. Alguém com interesse em prejudicar o governo e a ministra pinçou documentos e vazou. Tudo uma trama sórdida porque a oposição está sem bandeira.
— Mas mestra... Eu já escrevi que não existia nada. Depois escrevi que era tudo coisa do acórdão do TCU. Agora vou escrever que é dossiê, sim, mas que foi vazado???
— Não encha o saco, pô! Você é pago pra quê?
— Mas acho que nem os idiotas que me lêem vão acreditar.
— Os poucos idiotas que o lêem acreditam em qualquer porcaria.
E lá correu o ordinário para cumprir a mais nova tarefa.
Anônimo disse…
Na Europa quem governa é premiê, no Brasil é dossiê.
Anônimo disse…
Mesmo com toda mutrata dos irmãos metralhas e da midia, meu voto em qualquer eleição é do PT. Jamais votei em tucanalhas, demônios ou palhaços. Se a Dilma for candidata, serei seu cabo eleitoral entre meus familiares e amigos. O povo na hora certa saberar dar o troco a tudo que eles estão fazando contra o Governo. A maior prova é o indice de aprovação do Governo LULA. Creio que a alguns dias, os metralhas não esão dormindo direito. Basta ver a tv camara ou senado.