pró-reforma constitucional
Pesquisas indicam que não há favoritos no referendo de domingo |
Vendedores de livros e camisetas do líder revolucionário Ernesto Che Guevara, do presidente cubano Fidel Castro e do próprio Chávez compunham o cenário ao longo da Avenida Bolívar, onde os manifestantes aguardavam o presidente para o discurso de encerramento da campanha. Estima-se que mais de 16 milhões de venezuelanos irão às urnas para definir se 69 artigos da Constituição de 1999 serão modificados ou não. As mais recentes pesquisas de intenção de voto mostram que não há favoritismo nem para o ‘sim’ nem para o ‘não’ no referendo.
Levantando cedo - Um dos manifestantes, o vendedor de milho Luiz Niño, disse à BBC Brasil que no próximo domingo levantará às 4h para ir votar a favor das reformas. "É a primeira vez que temos um presidente de verdade. Com o socialismo, nós os pobres estaremos atendidos", disse. “Voto no ‘sim’ porque a reforma dará oportunidade ao povo de participar na política”, comentou outro participante do evento, o eletricista Vicente Borges, se referindo à proposta de criação de um “poder popular”, diretamente vinculado às comunidades. “Agora decidiremos junto o que devemos fazer para avançar na revolução.” A estudante Edilia Lira explicou porque os manifestantes são a favor de um dos pontos mais polêmicos da proposta de reformas – o fim do limite de candidaturas de uma mesma pessoa à Presidência. Segundo ela, a Venezuela ainda não tem uma pessoa “que possa dar continuidade à revolução. Hoje só confiamos no Chávez."
Chávez ameaça 'varrer' oposição
se houver violência
Presidente Chávez comentou morte de trabalhador venezuelano |
A seis dias do referendo consultivo da polêmica reforma constitucional, o presidente venezuelano disse que "os setores enlouquecidos e desesperados da oposição começaram com um plano de violência".
Na manhã desta segunda-feira, um trabalhador de 19 anos da fábrica Petrocasa foi assassinado com dois tiros quando pretendia romper o bloqueio de um grupo de manifestantes que protestavam contra a reforma constitucional, na cidade de Valência. De acordo com o vice-presidente Jorge Rodríguez, 80 pessoas foram detidas no incidente. Chávez descreveu os manifestantes como grupos "enlouquecidos, envenenados pela campanha midiática e pela cartilha norte-americana". "São estes os que querem roubar-nos a pátria", disse o líder venezuelano, em um ato público de lançamento dos primeiros carros fabricados no país com tecnologia iraniana. Fonte: BBC Brasil.
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