José Dirceu comenta:
Um bom debate - Vale a pena ler o artigo “Redefinição”, no Globo de sábado, do deputado do PT de Goiás, Rubens Otoni, relator da reforma política na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados e membro do Diretório Nacional do PT, pela sua objetividade e clareza. O artigo trata do Senado Federal e de suas funções constitucionais.

A chantagem da Veja - A CPI da TVA-TELEFÔNICA apavora a Editora Abril e sua congênere a revista VEJA. A edição dessa semana está um primor. A matéria “O caixa dois da turma de Ideli” (só para assinantes) ataca a senadora Ideli Salvati, como já havia feito na semana passada, na matéria "Renan ameaça os petistas". Na edição da semana passada, a Veja também fez média com a Polícia Federal, na entrevista "Prender e manter preso", com o novo diretor da Polícia Federal, Luiz Fernando Côrrea. Ou seja, aplica uma vacina na hipótese de ser investigada, e faz pura chantagem contra o PT. Vendeta política barata, como fez contra mim, mesmo sabendo que não tive nenhuma participação na proposta ou coleta de assinaturas para a CPI, fazendo tudo para desmontar a CPI. Por fim, na matéria “A conta das contas”, defende as tarifas bancárias. Lógico, defendendo suas verbas publicitárias, que vem em grande parte dos grandes bancos. Isso é que é autenticidade.

Olha a diferença - Enquanto isso, o BIRD reduz os juros em 0,25% para o Brasil e o México, voltando às taxas pré- crise asiática de 1988. Aqui, o Banco Central insiste que o aumento da demanda trará mais inflação e pode deter a queda dos juros que já dura dois anos.

Paulo Henrique Amorim comenta:
POR QUE A MIRIAM PODE
DIZER O QUE QUISER?

. O Ministro Franklin Martins quer discutir “novas regras para a mídia”.
. (Clique aqui para ler, só para assinantes da Folha)
. Disse Martins: “Eu não vejo por que as emissoras se sentiriam pressionadas se a sociedade debatesse a necessidade de ter regras. Isso é normal. No mundo todo existem (regras). O que não é normal é você não ter regra nenhuma. E (ter) vale-tudo.”
. Talvez só uma emissora se incomodasse com essa discussão: a Globo.
. E, desde já, o Conversa Afiada, modestamente, sugere a inclusão de um item na pauta dessa discussão: por que uma emissora de televisão (a Globo) pode ter o direito de enfiar pela goela abaixo dos espectadores a opinião – sempre de um lado só – de seus “colunistas”, na verdade, editorialistas?
(Clique aqui para ler a entrevista de Marilena Chauí ao Conversa Afiada, em que ela trata da invenção da crise na tragédia da TAM e, por fim, quem são esses assim chamados “colunistas”)
. É muito simples.
. Explorar televisão é uma concessão.
. O sinal é publico, é dos cidadãos brasileiros.
. O sinal é gratuito.
. Todo cidadão brasileiro tem direito a ele, sem precisar pagar.
. Portanto, não é uma coisa pela qual eu pague, porque esteja especialmente interessado naquele produto.
. Por que uma rede de televisão (a Globo) se acha no direito de usar um bem publico, em regime de concessão, gratuito, para defender SÓ as suas próprias idéias?
. Ou seja, idéias que ajudem a derrubar o Presidente Lula ?
. Por que a Miriam Leitão e o Arnaldo Jabor podem dizer o que bem entendem num produto que é resultado da exploração privada, sob concessão, de um bem público ?
. Nos Estados Unidos – e nos países acima do Equador, de maneira geral, existe a “fairness doctrine” – ou seja, a Miriam Leitão diz que o Brasil não presta; em seguida tem que entrar alguém que diga que o Brasil, desculpe, mas presta ...
. E por aí vai...
. Só aqui, onde a Globo, com 50% da audiência controla 70% da publicidade ( e a tevê tem 50% de toda a mídia *), só aqui, na nossa proto-democracia é possível conviver com essa anomalia, por tanto tempo..
(*) Logo, de cada 1 real investido em publicidade no Brasil, R$ 35 centavos vão para uma única emissora, a Rede Globo de televisão. Pode ?
. (Clique aqui para ler Record News, a Globo entendeu o recado e clique aqui para ler que a Globo tentou impedir o Presidente Lula de ir à festa da Record)

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