O Rio de Janeiro tomará cuidados ecológicos na preparação para o Live Earth. O show vai reunir artistas como Macy Gray (foto) e Lenny Kravitz na praia de Copacabana, dia 7 de julho, às 16h. Faz parte de um evento com 8 shows simultâneos em várias cidades do mundo. A maratona musical, promovida por Al Gore, visa chamar atenção para as mudanças climáticas.

Para entrar no clima ecológico, a organização e a prefeitura do Rio usarão geradores com biodiesel. Ruas de Copacabana serão bloqueadas, para que o público chegue a pé, de bicicleta ou de transporte público. O lixo coletado depois do show será reunido em 30 bases de reciclagem. O público será orientado por 350 voluntários do Live Earth. Eles usarão camisetas de algodão orgânico. (Fonte: Blog do Planeta).

Se fosse verdade, liberdade

À noite, estava zapeando e parei no Jô Soares . Peguei justamente na hora em que uma jornalista fazia um discurso inflamado em defesa da liberdade, se referindo à polêmica (saudável) a respeito da classificação indicativa para programas de TV. Fiquei impression ado. Ela disse algo como “Estarei sempre na trincheira da liberdade!”, inflamada, e começou a incitar a platéia, com apoio do Jô. Falou sobre o que significa a liberdade, a sua importância e tal. Foi um show.

Muito bom, mas seria bem educativo a platéia e os espectadores ouvirem alguém mostrar a outra versão dessa história. Aí, todos teriam a oportunidade de usufruir, de fato, da liberdade que a moça tanto defendeu.Eu mesmo tenho dúvidas, mas a Ordem dos Advogados do Brasil, por exemplo, não tem e apóia publicamente a classificação indicativa. Os caras, pelo menos, entendem de leis e não aceitariam nenhuma forma de censura. Mas eu não vi ninguém da Ordem dos Advogados no programa para defender veementemente a classificação indicativa. Só um monte de mulher – vejam só, “As Meninas do Jô”, é assim que ele as chama, carinhosamente – baixando a lenha no projeto.

Ensinar a defender a liberdade, tudo bem. O que é inaceitável é usar esse discurso para manipular a opinião de alguém em favor de uma idéia, sobretudo quando essa pessoa é uma jornalista, não um candidato a cargo público. Jornalista é para informar todo mundo sobre todas as tendências; se não, é comício. E comício faz o Arnaldo Jabor, hein - Jabor para presidente. A moça tem bom emprego, quer preservá-lo, tudo bem, a gente entende a posição. Mas eu não sabia que o Jô precisava entrar nesse jogada marota dos barões da mídia (que ingenuidade a minha!). Temos de estimular a moçada a ler Carta Capital, Caros Amigos, os mil blogues que andam por aí, para comparar as opiniões. Se não, o discurso fica cada dia mais homogênio. (Fonte: Antijornalismo).

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