Os trabalhadores brasileiros têm muito a comemorar no próximo 1º de maio, data dedicada à sua luta histórica por melhores salários e condições dignas de vida. Em 30 anos de luta após o início do movimento de reorganização sindical no Brasil, a classe trabalhadora vive agora o seu melhor período de vitórias. Nos últimos quatro anos foram alcançadas importantes conquistas, como ganhos reais nos salários, ampliação significativa das vagas de trabalho com carteira assinada em todo o país, abertura de diálogo com todas as entidades sindicais, além da política de recuperação do salário mínimo que foi implantada pelo Governo Lula. Em comparação com os oito anos de governo FHC, os avanços obtidos pelos trabalhadores nesse período são extremamente superiores. Basta conferir os números divulgados sobre todas as questões referentes ao mundo do trabalho para se ter uma idéia dessas transformações sociais.

Mais empregos - Nos primeiros quatro anos de governo Lula houve um salto de 4,651 milhões de novos empregos com carteira assinada e a expectativa, segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, é de que haja um salto de 8,5 milhões de novas ocupações nos próximos quatro anos, contando com o conjunto do mercado brasileiro. Para se ter uma idéia do significado histórico dessas conquistas, durante os oito anos de governo do PSDB apenas 796.967 empregos formais foram criados. E neste primeiro trimestre de 2007, uma outra boa notícia: o Cadastro Geral de Empregados (Caged), do Ministério do Trabalho, registrou em março deste ano a criação de 146.141 novos empregos com carteira assinada. O resultado, o melhor desde 1947, corresponde a um aumento de 91% em relação à geração de empregos com carteira assinada em março de 2006 e um aumento geral de 0,52% no número de trabalhadores regidos pela CLT no país. Com a consolidação do Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC, novos postos de trabalho devem ser criados, principalmente para a execução das obras de infra-estrutura que estão previstas na iniciativa, que tem como objetivo alavancar o desenvolvimento econômico e social do país.

Valorização do salário mínimo - O valor do salário mínimo atual acumula um crescimento nominal de 90% e incremento do valor real em torno de 30%, saindo de R$ 200 para R$ 380, o que amplia o poder de compra da classe trabalhadora. Assim, o governo federal colocou em prática uma política bastante efetiva de valorização do salário mínimo, que é uma reivindicação antiga dos trabalhadores. A partir de deste ano, o salário mínimo terá uma política constante de reajuste até 2023, resultado de um acordo entre o governo e as centrais sindicais. Com isso, trabalhadores e governo não precisarão negociar todo ano o aumento do salário mínimo. A política prevê que a correção do salário será feita com base na variação da inflação e do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos anteriores. Por exemplo, o reajuste de 2008 será calculado pela inflação acumulada em 11 meses, mais a taxa de crescimento real do PIB de 2006. Além disso, serão realizadas revisões do acordo a cada quatro anos por causa dos planos plurianuais do governo. A primeira ocorrerá em 2011. Outra mudança é a antecipação do pagamento do reajuste em um mês a cada ano. Em 2010, o aumento passará a vigorar a partir de janeiro. Essas alterações promovidas pelo governo Lula na política para o mínimo foram consideradas pelos representantes de todas as centrais sindicais como uma das mais importantes desde que o salário mínimo passou a vigorar no país. De acordo com previsão do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), o salário mínimo de R$ 380 vai injetar na economia R$ 16 bilhões, proporcionando aumento do poder de compra dos trabalhadores e melhora na dinâmica do panorama econômico nacional.

Aumento recorde da renda - O IBGE anunciou na sexta-feira (27) os resultados da Pesquisa Mensal de Empregos (PME) que apontam uma alta recorde de 7,7% do rendimento médio real da população brasileira ocupada nas seis maiores regiões metropolitanas do país, assim como uma alta de 5% nos rendimentos na comparação entre março deste ano e março de 2006. A alta, registrada na comparação dos resultados de fevereiro de 2007 com igual mês de 2006, foi a maior já calculada desde 2002 pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O resultado surpreendeu os pesquisadores do órgão e foi o maior da série histórica, totalizando R$ 22,5 bilhões. Poder de compra dos salários - Segundo dados do Dieese, das 656 negociações de reajuste salarial no país em 2006, 96% garantiram a manutenção do poder de compra dos salários estabelecidos na data-base anterior, com reajustes iguais ou superiores à variação acumulada do índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ainda segundo a pesquisa, 86% das negociações registradas no Sistema de Acompanhamento de Salários (SAS) do Dieese tiveram reajustes superiores à inflação, ou seja, foram conquistados ganhos salariais reais em relação ao ano anterior.

Combate ao trabalho escravo - O governo federal também vem executando um vigoroso combate contra o trabalho escravo em todo o território brasileiro, ação já destacada pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). O presidente da República criou no início do seu governo, em 2003, a Comissão Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo (Conatrae), que é formada por representantes de ministérios, instituições da Justiça e do Ministério Público e entidades da sociedade civil. Foi criado também um cadastro de empregadores responsáveis pela submissão de trabalhadores à escravidão, a chamada "Lista Suja". Isso impede que esses empregadores tenham acesso a crédito em bancos oficiais e em órgãos como agências de desenvolvimento, além de informar e alertar a sociedade brasileira, à indústria e aos mercados consumidor, varejista, atacadista e exportador da existência de mão-de-obra escrava na origem da produção de muitas mercadorias que hoje são comercializadas no país.

Veto à Emenda 3 - Em mais uma demonstração da sua preocupação com a defesa dos direitos dos trabalhadores e a preservação das relações trabalhistas, o presidente Lula vetou a Emenda nº 3 do projeto da Super Receita, aprovado pelo Senado Federal. A emenda proibia os auditores fiscais da Receita Federal de autuar ou fechar as empresas prestadoras de serviço constituídas por uma única pessoa, quando entendessem que a relação de prestação de serviços com uma outra empresa era, na verdade, uma relação trabalhista. A emenda, que transferia para o Poder Judiciário a definição de vínculo empregatício, beneficiando profissionais liberais que atuam como pessoas jurídicas e as empresas que utilizam seus serviços, em substituição ao contrato de trabalho pela CLT, na prática também inviabilizaria fiscalizações do Ministério do Trabalho e Emprego nos casos de trabalho escravo. O governo já anunciou que irá enviar um novo projeto ao Congresso para substituir a emenda e evitar assim uma possível derrubada do veto do presidente Lula, diante das pressões das grandes empresas de comunicação do país.
Leia também:

1º de Maio: Trabalhadores levantam suas bandeiras de norte a sul do país

Geraldo Magela, do Portal do PT

Comentários

Anônimo disse…
Mais mentira em benefício de uma corja de safados que bacorejam nos meandros do poder neste país. Nunca o salário esteve tão baixo em nossa História. Nunca a informalidade foi tão alta, simplesmente porque não há emprego para todos.
Você SABE disso, senhor blogueiro. SABE perfeitamente, mas faz questão de divulgar exatamente o oposto da realidade. Já votei para esse presidente que está aí, no primeiro mandato. Deu perfeitamente para sentir que seu projeto é eternizar-se no poder e continuar explorando o povo, onerando o contribuinte para manter sua máquina de sugar dinheiro. Em candidato do PT não voto nunca mais.
Denise foi disse "Nunca o salário esteve tão baixo em nossa História". Minha querida leia dados da Fundação Getúlio Vargas e DIEESE, que comprovam os melhores salários dos últimos 25 anos, leia e pesquise. A informalidade deve início nos governos neoliberais de Collor e FHC. Eles foram culpados quando destruíram o patrimônio público com as privatizações: mais de 500 funcionários públicos foram DEMITIDOS, gerando assim DESEMPREGO e jogando essas pessoas na INFORMALIDADE. Por que vc não culpa os políticos do PSDB/PFL? Vou dar um dado: FHC dispensou 40 mil militares que serviam as Forças Armadas, porque não podia pagá-los. Já pres. Lula recrutou 90 mil jovens para entrar nas Forças Armadas. Muita diferença de governar. Vc foi a favor da SABOTAGEM NORTE-AMERICANA na Base de Alcântara que matou mais de 25 engenheiros? Tudo com apoio de FHC? O Editor.
wager matias disse…
É colega, concordo q estão as coisas estão melhorando, mas gostaria q fosse de forma mais confesso que esperava que fosse mais rápido. Poxa o Lula tem o crédito para isso é dialogar com os movimentos sociais para da sustentação. Mas está bem melhor, mas reforço que só aumentou as migalhas, pois sonho com outro mundo.
Alexandre Core disse…
Nossa! O delirio habitual. A Denise falou da questão do emprego e da informalidade e você contra-atacou com FHC (não pode faltar nunca) e Base Aérea de Alcantara (o que isso tem a ver com a colocação da Denise?).

Quando julgam as coisas boas, foi iniciativa do Lula, mas quando são ruins, já vieram de governos anteriores como no caso da informalidade que você citou ter começado nos governos Collor e FHC. Assim é muito fácil governar...sempre atribuindo a culpa aos outros daquilo que não se consegue resolver. Só que esse não é o papel do governante. Lula confirmou que quando era de oposição fazia muitas bravatas. O problema é que agora ele é situação, mas continua se comportando da mesma forma, fazendo bravatas em cima dos governos anteriores.

Parece que nunca na história desse país as forças armadas estiveram tão valorizadas. Que a moral nunca esteve tão alta mesmo depois de Lula ter passado por cima da autoridade do ministro da Aeronáutica, Saito, com relação a prisão dos controladores grevistas, atropelando dois principios fundamentais (hierárquia e disciplina). Esqueceu também de comentar o corte de 25% a 38% no orçamento do Exército para este ano promovido pelo presidente Lula (sei que você lê o Alerta Total...está lá, pode conferir!).

Já com relação a possível sabotagem da Base Aérea de Alcantara...que eu ainda não descobri o que faz na sua resposta...acho que está aí só para que você pudesse citar FHC três vezes, tente deixar as teorias conspiratórias de fora e raciocinar comigo, a NASA que é a NASA e já conseguiu explodir dois ônibus espaciais, não foi? Por que diabos você acha que seria necessário sabotagem americana pra uma coisa que nós, brasileiros, ainda estavámos aprendendo e que necessita de uma gestão de segurança absurda visto o porte de um projeto dessa natureza? Que existia interesse americano na base aérea ninguém discorda, mas é preciso pensar que o primeiro interesse era o de te-la em funcionamento. Em vez de pensar em teorias da conspiração, sabotagem etc é bom pensar na possibilidade de ter sido resultado de um acidente por falta de uma gestão de segurança rigorosa.